Eu podia ver a decepção nos olhos da minha tia. Eu havia feito a única coisa que ela pediu que eu não fizesse, me apaixonar pelo patrão, e agora eu estava aqui em frente aos policiais que me encaravam confusos, defendendo o Jay das falsas acusações da Jennie. Eu sabia que ela estava mentindo, afinal desde que cheguei aqui tudo que ela tinha feito era mentir e manipular todos ao seu redor. Por um instante eu cheguei a sentir pena dela quando ela me contou sua história, mas hoje em dia eu consigo ver com clareza a cobra que ela é. Eu odeio ver injustiças e se o Jay não estivesse me segurando, acho que teria dado uns tapas nela na frente dos policiais e aí quem estaria encrencada seria eu.
Policial - O Sr confirma que passou a noite com essa jovem?
Ele assente com a cabeça e eu relaxo um pouco saindo da minha posição defensiva, me acalmo mais ainda ao perceber que mesmo depois de eu ter parado de tentar agredir a Jennie o Jay não me soltou, ele manteve suas mãos em minha cintura e ocasionalmente acariciava a mesma com seu polegar.
Jay - Sim, eu confirmo, e se tiverem alguma dúvida podem verificar os vídeos das câmeras de segurança da casa, tem uma em cada corredor então será possível ver que eu não estive no quarto da Jennie e sim no da S/N.
Policial - Bem, nesse caso a Senhora pode explicar como conseguiu esse olho roxo?
O policial olha sério para a Jennie que agora parecia perdida, ela pareceu ainda mais perdida ao notar as mãos do Jay que me acariciavam e o engraçado é que ele parecia estar fazendo isso sem perceber, como se fosse algo natural. O silêncio em que a minha tia se encontrava me assustava, pois pelo que pude perceber ela era muito parecida com a minha vó e enquanto a minha vó estava brigando, então estava tudo bem, mas quando ela se calava era sinal de problema. Os policiais ficaram ali aguardando explicações da Jennie que parecia tentar buscar algo em sua mente diabólica, mas não pareceu encontrar justificativa, então apenas começou a chorar e disse.
Jennie - Eu mesma fiz isso...Mas ele está me mantendo em cárcere privado! Eu não posso sair, não posso usar telefone e nem ter contato com ninguém!
Policial - Isso é verdade Sr?
Jay - Sim, mas eu posso explicar... Ela me traiu e eu a expulsei de casa, ela implorou para ficar e eu impus as minhas condições, disse que ela não sairia, além de ficar sem celular e ela aceitou.
Policial - O Sr tem provas do que está falando?
Jay - Tenho as fotos que comprovam a traição e as damas presentes podem confirmar que ela aceitou ficar sob essas condições.
Policial - Bem, vejo que não houve nenhum crime da parte do Sr Park, já a Sra, sabia que falsa acusação dá cadeia? O Sr deseja prestar queixa?
O Jay baixa o olhar e balança a cabeça em negativa.
Policial - Já que a Sra está reclamando, deseja ir conosco? Podemos te levar até onde a Sra se sinta segura.
O olhar dela ficou vago e percebi que as lágrimas que rolavam pelo seu rosto agora eram verdadeiras.
Jennie - Não, infelizmente esse lugar não existe...
Seu tom de voz era melancólico, ela realmente não tinha para onde ir. Os policiais se olharam e deram de ombros.
Policial - Nesse caso não temos nada a fazer aqui. Tenham um bom dia!
Eles deixaram a sala de jantar sendo acompanhados pela minha tia que os acompanhou até a porta. A Jennie ficou alguns minutos com o olhar vago até que esse olhar parou nas mãos do Jay que se mantinham na minha cintura. Ela deu um meio sorriso e pude ver a mágoa em seus olhos.
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The Maid
Fiksi PenggemarUma jovem do interior do Brasil ganha uma bolsa de estudos em Artes na Coréia do Sul e para se manter lá pede ajuda a sua tia que trabalha a anos como Governanta da família Park, por indicação de sua tia a jovem começa a trabalhar na casa do filho m...