Uma CEO melhor

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Naquela Manhã

Como pai de um recém nascido, dormir não era algo tão fácil para mim, sempre acordava mais cedo do que o planejado, mas acabava sorrindo ao notar que era o choro do meu filho que me acordava e dava o meu melhor para acalmá-lo quando isso acontecia, mas quando era acordado pelo despertador as coisas eram diferentes e minha vontade era de tacar o aparelho na parede até que ele se silenciasse. Infelizmente foi com o telefone que acordei e o toque insistente me fez correr para fora do quarto na tentativa de atender antes que a Jane se incomodasse com o barulho.

— Espero que a empresa esteja pegando fogo para me ligarem a essa hora. — Afirmo irritado enquanto coçava os olhos ao notar que era o telefone da empresa.

— Ainda não, mas pode acontecer coisa pior se você não vier para cá rápido. O vice presidente financeiro que está na Tailândia ligou para a sua mãe dizendo que o dono da empresa Tailandesa com quem você fechou aquele negócio bilionário está querendo cancelar, agora que soube de rumores sobre a troca de presidente. — Jinhee explicou com a voz irritada e estranhei ao ouvir sua voz em um número que era da empresa.

— Jinhee? O que está fazendo na empresa a essa hora? — Perguntei curioso e olhei para o relógio na parede me certificando que eu não estava atrasado, ela que tinha se adiantado demais.

— Eu não consegui dormir trabalhando nos planos de negócio e acabei chegando aqui muito cedo. — Ela explicou e arqueei as sobrancelhas surpreso.

Ela realmente estava levando isso a sério e senti uma pontada de orgulho por ela não ser mais irresponsável como eu me lembrava.

— E então, você está vindo ou eu preciso ligar para que sua mãe vá te buscar pelos cabelos? — Ela perguntou, impaciente.

— Não! Não manda minha mãe vir aqui não! — Peço e ela fica muda do outro lado, mas dá risada.

— Parece que algumas coisas não mudam né? Você ainda tem medo da mamãe! — Ela provocou e revirei os olhos me sentindo um adolescente.

— E você continua insuportável! — Afirmei, com um sorriso, pois sempre nos provocamos assim e pude ouvir a risada do outro lado.

— Vem logo pra cá! — Ela exigiu e desligou o telefone me deixando perplexo encarando a tela do celular.

— Ela pensa que manda em mim? — Resmunguei e vi a porta do quarto do Oliver abrindo.

— Falando sozinho Senhor Park? — Amélia perguntou e me encolhi, colocando a mão sobre o peito com o susto.

— Meu Deus Dona Amélia, que susto! Não, não estava falando sozinho, estava no telefone. — Expliquei e quando ia dizer com quem estava falando, travei completamente pois sabia que ela conhecia bem a Jinhee afinal de contas pegou boa parte do nosso namoro, então menti. — Com a minha mãe, estava falando com a minha mãe. — Completei e ela me encarou atentamente como se analisasse minhas palavras e estremeci pois às vezes ela parecia enxergar minha alma, mas o Oliver resmungou e ela voltou a atenção para ele, e só então percebi que estava prendendo a respiração.

— Já acordou reclamando, filho? — Perguntei e ele parecia responder com os barulhinhos fofos que fazia.

— É, esse menino é muito mal humorado. — Ela comentou e ele mexeu as sobrancelhas como se a entendesse. — O senhor acordou cedo, quer ficar com ele ou vai tomar café da manhã? — Ela perguntou e eu neguei com a cabeça.

— Na verdade eu preciso ir correndo para a empresa por causa de um problema que tive. — Expliquei e ela concordou com a cabeça.

— Espero que não seja nada grave. — Ela disse e eu suspirei.

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