Substituta

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Não existia um pedido que esse homem me fizesse onde a minha resposta seria não. Nesse caso não seria diferente, é claro que eu iria com ele para onde ele quisesse, eu o seguiria até o inferno se ele estivesse segurando a minha mão. Eu não sabia que desculpa daria para a minha tia, mas nada me impediria de viajar com o homem que eu amo. Ele me encarava com seus lindos olhos puxados e eu sabia que era incapaz de dizer não pra ele.

S/N - Eu adoraria...

Ele sorriu para mim e eu sabia que não havia nada que eu não faria para manter esse sorriso no rosto dele, ele tinha me surpreendido de todas as formas possíveis ontem, eu nunca pensei que ele se esforçaria tanto para me surpreender e me deixar feliz e eu vou fazer de tudo para fazer ele tão feliz quanto ele está me fazendo. Nós ficamos algum tempo deitados em silêncio trocando carícias enquanto o som dos pássaros cantando invadia o quarto.

S/N - Eu tenho que ir para o meu quarto...

Ele me encarou sério como se estivesse me repreendendo.

Jay - Seu quarto é aqui...

S/N - Amor, minha tia vai acordar e perceber que eu não estou lá.

Jay - Fica só mais um pouco?

Ele estava com a voz tão manhosa que eu não resisti e comecei a beijá-lo enquanto acariciava seu peitoral. Após algum tempo eu tive que levantar e cheguei ao meu quarto com um sorriso tão insistente no meu rosto que já estavam fazendo minhas bochechas doerem. Eu tomei um longo banho e podia sentir ele presente por todo o meu corpo, meus seios e lábios estavam sensíveis de tanto que ele os sugou, minha pele tinha algumas marcas dos chupões que ele deixou, cada canto que eu tocava me trazia uma memória da noite anterior. Quando terminei meu banho eu me vesti rapidamente e apesar de não ter dormido eu estava feliz e cheia de energia. Eu notei que ainda estava cedo, então sentei na cama e peguei meu caderno de desenhos, fui traçando linhas que não pareciam ter muito sentido a primeira vista e nem eu mesma sabia o que eu estava desenhando, até que percebi, eram as linhas do pescoço do Jay. Eu dei um sorriso bobo e me perguntei se algum dia eu acharia algo que me trouxesse mais inspiração do que ele. Eu me perdi completamente no desenho, estava tão concentrada que não percebi as horas passando. Quando olhei no relógio percebi que já havia passado do horário que a minha tia costuma me chamar. Que estranho... Deixei o caderno sobre a cama e fui até a cozinha, chegando lá vi que a minha tia já tinha levado as coisas até a sala de jantar e estava terminando de colocar algumas panquecas sobre um prato.

S/N - Bom dia tia! Por quê não me chamou?

Ela franziu os lábios e apertou os olhos antes de me responder com indiferença.

Amélia - Ordens do Sr Park.

Meu coração pareceu parar de bater por alguns segundos.

S/N - O quê? Como assim? Você fez tudo sozinha?

Amélia - Não...A Bianca já está servindo o Sr Park.

S/N - Bianca?

Ela concordou com a cabeça e não deu mais nenhum detalhe apesar de eu estar esperando por isso.

S/N - Então o quê eu devo fazer?

Ela deu de ombros e eu estava cada vez mais triste com a forma que ela estava me tratando.

S/N - Tia?

Ela demorou, mas após algum tempo me encarou e pude ver a tristeza em seus olhos.

S/N - Eu fiz alguma coisa?

Ela deu uma risada debochada.

Amélia - Você sabe o que fez, mas se você querem continuar fingindo, então eu vou fazer o mesmo. Eu só não quero estar aqui quando você se decepcionar...Porque eu sei que você vai...

The MaidOnde histórias criam vida. Descubra agora