Carina me surpreendeu me tirando de meus pensamentos ao levantar de seu lugar e me fazer deitar na cama. Ela parecia banhada em serenidade.- Queria te chamar para ficar em meu apartamento, mas não acho que seria saudável sair de sua rotina assim - ela disse sem me olhar nos olhos - não quero que sinta um impacto tão grande quando tudo isso acabar.
Senti minhas sobrancelhas se erguerem.
- Está preocupada em como ficarei quando não estiver mais aqui? - não consegui evitar de perguntar.
Carina levou seus olhos aos meus.
- Claro que sim - disse - o que está acontecendo aqui querendo ou não nos mudará.
-Bom, sim - concordei.
-Não estamos tratando de um negócio. Não é como uma troca ou doação de mercadoria. Tem um bebê em você que escolhi como filho e que você está assinando embaixo como alguém em quem confia para cria-lo e dar todo o amor que, não cabe a mim saber os motivos, mas você não pode faze-lo.
Oh, ela é tão....
Suspirei, encantada.
Você é uma boa menina Carina - murmurei, segurando sua mão - espero que sejamos amigas enquanto tudo estiver acontecendo, porque eu preciso que tudo vá embora quando acabar ou...
Não consegui terminar de falar e Carina não pareceu se incomodar com isso.
Se sentou a meu lado enquanto eu me virava de lado sobre a cama e me encarou.
-Como tem se sentido? - me perguntou.
Suspirei.
-Me sinto menos assustada, mas é estranho porque a gente vê em todas as histórias as mulheres com enjoos e tonturas horríveis e que apenas assim elas desconfiam de gravidez. Eu não sinto nada, eu acho...
-Não? - franziu o cenho e seu olhar se direcionou a minha barriga, onde uma de minhas mãos repousava inconscientemente.
-Não realmente, pra valer, sabe - murmurei - nem sinto ele aqui dentro. Se não tivesse feito o exame de sangue e a ultra para confirmar, acho que já estaria me desacreditando.
-Isso é estranho - Carina murmurou, agora encarando o nada a sua frente - está de quanto tempo?
-Pouco mais de seis semanas.
-Sério? - ela perguntou, surpresa - achei que só dava para desconfiar a partir do segundo mês...
Dei de ombros.
-Acho que as outras mulheres são burras. Eu desconfiei assim que percebi estar atrasada, porque o idiota rasgou a embalagem de camisinha nos dentes, então por uma semana eu esperei, só lembrando disso e pensando no quanto fui burra em não tomar a pílula do dia seguinte ao perceber que ele tinha feito aquilo
Carina tamborilava os dedos sobre as pernas e a vi girando os olhos pelo quarto, levemente corada. Ela concordava que eu tinha sido burra, apenas não queria verbalizar isso.
-Eu queria esquecer e acreditar que não tinha nada de errado, que o sono excessivo e a leve fraqueza eram apenas a rotina pesada e que minha frescura com comida vinha disso de comer tanta besteira, mas Victoria estranhou e me fez comprar a porcaria do exame de farmácia e aqui estamos...
-Aqui estamos...
-Pegue aqueles papeis ali em cima - apontei a mesinha de livros.
Carina se levantou preguiçosamente, pegou os papéis e voltou para sua posição inicial, olhando os nomes na capa.
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With All My Love ( PRIMEIRA TEMPORADA)
FanficMaya Bishop, vinte e dois anos de idade, estudante de engenharia de minas em Nova Iorque, viciada nas gostosuras da Cookie n Coffie, bem resolvida e grávida. Isso mesmo, grávida. Grávida e em pânico. " E pra deixar tudo isso ainda mais louco, eu...