With All My Love ( PRIMEIRA TEMPORADA)

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Me senti extremamente ansiosa quando não tive contato algum com Carina no dia seguinte a discussão com Vic , que a propósito ainda estava reclusa em seu quarto.

Se em algum momento passou por minha mente o pensamento de que ela iria me evitar a todo custo?

Obviamente, impossível não pensar assim.

Ainda mais quando me encontrei deitada confortavelmente e sozinha em minha cama na manhã após aquele drama todo.

Principalmente quando os dias se passaram e ela ainda não havia falado comigo.

E então, Carina me ligou, quase uma semana depois, dia em que a coisinha chegou na décima sexta semana, ou quarto mês, se você é ruim em matemática.

E me ligou todos os dias a partir daí.

Ela estava tão animada que me senti perdida nas coisas que dizia. Agia como se nada tivesse acontecido, porém estava mais carinhosa e cheia de mimos, me deixando tão a par do que acontecia em minha barriga que me deixava nervosa.

E então, no final da décima sétima semana, eu enlouqueci.

Via Carina saltitar enquanto me preparava doces frutados e tagarelava sobre como o bebê dava cambalhotas em minha barriga e brincava com o cordão umbilical e eu me deliciava tanto com a comida quanto com seu jeito doce e empolgado em me contar suas imaginações sobre o que acontecia em minha barriga.

Eu estava apaixonada e Carina  sabia. Seus olhos brilhavam ao passar minutos me observando em silêncio enquanto comia suas guloseimas e eu sabia que algo ali também acontecia.

Eu a observava, encantada por seu jeito enquanto ela praticamente dançava andando de um lado a outro tagarelando, sonhadora e linda.

Eu en.lou.que.ci.

Eu realmente enlouqueci, mas sentia que não aguentava mais segurar tanto para mim. Nunca fui alguém de me privar das coisas, fosse um desejo, fosse matar uma curiosidade, então...

-Carina  - a chamei, atraindo seus olhos  para mim - você já foi beijada?

Eu estava morrendo de curiosidade sobre isso desde o segundo em que pus meus olhos sobre ela e conversamos pela primeira vez.

Todas aquelas informações inocentes ainda me causavam arrepios e atiçava minha imaginação sobre sua vida, mais especificamente sua vida íntima.

Eu vou para o inferno.

Sorri pela forma como se atrapalhou, suas bochechas extremamente rubras e seu jeito encolhido.

-Claro que sim - gaguejou, olhando para qualquer lugar que não fosse a mim.

Ela estava mentindo.

Eu não sabia se achava isso fofo ou assustador. Carina  era tão inocente que me matava que me sentisse assim.

-Estou falando de beijo de verdade - insisti.

-Eu sei - sua voz saiu fininha, denunciando seu nervosismo.

-Como foi? - era realmente fofo ve-la constrangida.

-Normal...

Segurei meu riso para não constrange-la ainda mais. Ai, aquilo era fofo, desculpe.

-Por que você nunca foi beijada?

A via respirar descompassadamente, os olhos tentando fugir dos meus a todo custo.

-Eu...

Ela não sabia o que dizer.

-A verdade.