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Querido diário, eu tive um sonho quente com Carina DeLuca essa noite.

Desculpe a rudeza, mas sim, eu a fodia.

Sim, ela gemia meu nome manhosa e em tom arrastado exatamente como eu a ouvi fazer.

Não havia gravidez alguma, apenas meus dedos sendo metidos com uma força e intensidade que faziam seu corpo se sacudir, ou minha língua a fazendo se contorcer, ou seu olhar vindo de baixo enquanto aprendia curiosamente como me chupar.

E aí, querido diário, eu acordei e Carina DeLuca  estava deitada a meu lado mergulhada em um sono tão profundo e puro que fiquei aliviada.

Isso significava que ela não havia ouvido possíveis... ruídos... emitidos durante esse sonho, como podemos dizer... intenso.

E o que havia despertado tanto minha imaginação além da minha loucura na noite anterior e meus hormônios ensandecidos?

Aquela maldita calcinha de renda azul escura que vi em seu corpo quando tirei sua calça jeans para que dormisse mais confortavelmente.

Era de tiras grossas, em estilo shortinho que não marcava seus quadris e ainda por cima deixava sua bunda ainda mais tentadora.

Maldita calcinha. Usar renda sempre foi minha morte certa.

Suspirei, erguendo uma mão e afastando os cabelos de Carina que cobriam seu rosto.

Eu queria dizer que ela era linda dormindo, mas o medo de parecer uma maníaca era maior, uma vez que ela dormia como uma garotinha, os lábios minimamente entreabertos, uma mão ligeiramente fechada perto do rosto e a outra espalmada próxima à barriga e às pernas flexionadas. Eu imaginava que seus dedos dos pés também estivessem encolhidos porque foi assim que os encontrei quando tirei sua roupa.

Vi seu cenho franzir e seus olhos se apertarem fechados antes de lutar para piscar algumas vezes, me encontrando a sua frente.

-Maya ... - sua voz ao acordar era tão rouca que senti todo meu corpo se arrepiar e tremer.

-Hey, oi... - sussurrei, sorrindo abobada.

-Está tarde? Tenho que ir para casa e te deixar descansar...

-Shh - fiz, acariciando seu rosto com a mão que havia livrado seu rosto dos cabelos - é madrugada ainda, descanse. Eu só acordei para fazer um lanchinho da madrugada, sua filha reclamou de fome, mas já vamos dormir também.

Carina assentiu, aproximando o rosto e deixando um selinho leve e manhoso em meus lábios antes de virar para o outro lado e se encolher.

Suspirei.

Ela é tão encantadora...

Em questão de segundos a ouvi ressonar e levantei, saindo do quarto em meu pijama, passando no banheiro para todo aquele ritual matinal e encontrando Vic tomando café no sofá da sala vestida em seu pijama rosa e enrolada em seu cobertor da Barbie. Tinha os óculos no rosto e assistia algum programa na tevê.

-Bom dia, Vic  - murmurei, sonolenta.

Havia mentido para Carina sobre ser madrugada? Sim, mas ela parecia mesmo precisar ter umas dez mil horas de sono para repor.

Além disso, ela ficava completamente fofa dormindo, mas eu repito que jamais admitiria isso ou pareceria uma maníaca.

-Hey, Maya - Vic me cumprimentou com um sorriso agradável, erguendo os olhos sobre os oculos e dando espaço para me aconchegar a seu lado embaixo do cobertor - como você está?

Suspirei.

Depois de ter me acolhido em seus braços na noite anterior me ouvindo choramingar sobre como estava fodida por gostar de Carina , ela estava muito mais dócil e cuidadosa comigo.

Me deu um beijinho na testa e tudo, pasmem.

-Eu estou bem, só... eu não sei e acho que não vai ser agora que vou entender.

Ela acariciou meus cabelos e não disse nada por um bom tempo.

-Ela está no quarto? - assenti - dormindo?

-Uhum.

-Você conseguiu dormir bem com ela lá?

Outro suspiro.

Ah, Vic , se você soubesse...

-Sonhei com ela - contei, a poupando dos detalhes sórdidos - por isso tenho quase certeza que estou assim toda mexida devido os hormônios e sua presença, afinal, Carina é encantadora.

Eu podia imaginar como os lábios da baixinha estariam pressionados com força em uma linha reta de desaprovação.

-Sei como é encantadora - Victoria disse - sei também que a inocência dela é o que mais coloca fogo nessa loucura que você sente, mas não me leve a mal, não estou dizendo que os outros motivos não são válidos. Ela é inteligente, corajosa, bondosa... Há uma infinidade de adjetivos para essa menina, mas o que me preocupa é você e como vai lidar com tudo isso.

Mais um suspiro, dessa vez bem mais exaustivo.

-O plano continua o mesmo, Vic - fui firme, quase grosseira - tenho certeza que Carina entende isso, ela não é idiota, sabe muito bem no que está se metendo.

Dessa vez quem suspirou foi Vic  e a senti encolhendo os ombros.

-Se você diz...

Ficamos em silêncio por um tempo e fiz o favor de comer as bolachas que encontrei em uma bacia em seu colo.

-Você devia voltar a dormir - Victoria  me aconselhou - é sábado e está muito cedo, aproveite enquanto essa menina em sua barriga ainda a deixa dormir.

Assenti, me levantando e indo para o quarto em meio a bocejos.

Carina ainda estava exatamente do jeito que a deixei, ainda ressonando tranquilamente. Ergui lentamente a coberta em que estava enrolada e cuidadosamente me deitei a seu lado.

Não me contive de afastar os cabelos de sua nuca e deixar um beijo em seu pescoço, coisa que a fez se arrepiar e murmurar algo em seu sono.

Virei para o outro lado para me impedir de beijar e acariciar todo seu corpo até que a acordasse e bem além disso, mas a senti se remexer e seu corpo se encaixou no meu.

Em questão de segundos senti seu braço me envolvendo e nossos dedos se entrelaçando. Sua respiração em meu pescoço me causava tremores e pequenas ondas de excitação que me percorriam da cabeça aos pés e - desconfio - terminavam em minha calcinha.

Carina  me apertou contra seu corpo e nossas pernas se enroscaram em meio ao suspiro que escapou por seus lábios que quase me fez gemer.

Então Carina ficou quieta, seu sono estava profundo e me aproveitei dos batimentos de seu coração para acalmar os meus. Só assim dormi e, caramba, sonhei com Carina DeLuca  novamente.

With All My Love ( PRIMEIRA TEMPORADA) Onde histórias criam vida. Descubra agora