With All My Love ( PRIMEIRA TEMPORADA)

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Três dias depois, já no início da sétima semana - faltando uma semana para completar dois meses, caso seja ruim de conta - nem acordei e já estava correndo para o banheiro e o invadindo para vomitar.

Eu estava com um cheiro horrível no nariz que me fez acordar completamente nauseada. Era doce, forte e estava em todo lugar.

Ignorei os gritos de susto de Vic , que banhava naquele momento e desabei no vaso sanitário.

Pelo menos Victoria  não estava usando o vaso...

Senti seus dedos úmidos segurando meus cabelos segundos depois e o líquido que escorreu por minha nuca denunciou que ela sequer havia se enrolado na toalha antes de vir em meu auxílio.

Me senti tão grata quanto envergonhada e tão envergonhada quanto nauseada.

Aquele cheiro não parava de me perseguir.

Voltei a vomitar.

-Ei, calma - ouvia a voz de Victoria- assim não vai sobrar nada em seu estômago.

Não consegui responder porque vomitava novamente.

Minha cabeça doía como se o diabo estivesse tentando enfiar o inferno em meu cérebro.

-Oh, meu Deus - ela gemeu, agoniada - vou chamar alguém, fica aqui.

Como se eu conseguisse ir para algum lugar...

A senti amarrar meus cabelos em um coque e a ouvir correr para fora do banheiro.

Ela falava com alguém enquanto eu colocava tudo para fora e chorava com a dor em minha garganta.

A certa altura já não tinha mais nada no estômago e aquele cheiro ainda não tinha parado de me perseguir. Meu corpo fazia que ia vomitar novamente, mas nada saía.

Então a porta se abriu e junto a ela o cheiro floral abafando o doce estúpido me fazendo poder respirar novamente.

Ergui o rosto e encontrei a fonte do perfume milagroso me encarando com seus olhos castanhos preocupados.

-Hey... - sua voz  murmurou enquanto ela se abaixava a meu lado explicitamente sem saber o que fazer.

Quis dizer que ela não precisava fazer nada, apenas se manter próxima, mas minha garganta queimava como se eu tivesse engolido uma faca de serra em chamas, portanto me limitei a me aconchegar em seu colo e enfiar o rosto em sua blusa.

O alívio veio com força total quando ela me envolveu em seus braços e tudo o que pude respirar foi seu cheiro.

Respirei fundo, agarrando o tecido de sua blusa com as duas mãos o mais forte que consegui.

-Meu perfume está te ajudando? - ela perguntou e eu assenti - teve enjoo por algum cheiro?

Assenti novamente e Carina  suspirou.

-Victoria, precisamos de xampus e sabonetes novos - a ouvi anunciar.

Aquilo fazia sentido. O cheiro não saía de meu nariz porque estava impregnado em tudo por minha causa.