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Você consegue imaginar o quão maravilhoso é o andar de Carina DeLuca? O quão sexy ela ficava recostada inocentemente em uma parede?

Eu mal podia acreditar, mas isso estava me deixando louca para ataca-la.

Ai, Maya,se controla... É tudo coisa da gravidez. Bebê. Hormônios. Taradice. Hormônios. Carina DeLuca mordendo o lábio.

Feladaputa.

Estavamos no elevador do prédio de meu apartamento e eu não conseguia parar de devorar Carina  com o olhar e para desgraçar tudo a maldita voltou seus olhos castanhos  para mim e sorriu timidamente, suas bochechas ficando rosadas e uma de suas mãos colocando o cabelo para longe do rosto enquanto desviava o olhar do meu.

Ela segurou a porta do elevador assim que paramos em meu andar e caminhou atrás de mim para que eu chegasse primeiro à porta e liberasse nossa entrada.

No momento em que fechei a porta e nossos olhos se encontraram novamente, não resisti.

Tudo o que sei é que empurrei Carina contra a parede e ataquei sua boca. Levou um tempo até que ela entendesse o que estava acontecendo e finalmente correspondesse, mas quando o fez achei que fosse morrer.

Uma das mãos de Carina agarrou minha cintura - eu podia sentir suas unhas arranhando minha pele - e a outra se arrastou por meu pescoço até se misturar aos meus cabelos e os segurar com força próximo à raiz.

Já nem sabia o que estava fazendo, mas tenho certeza que minhas duas mãos a mantinham presa contra a parede já que minha barriga me impedia de fazer uma aproximação mais aprofundada e bruta.

E quando puxei seu lábio inferior entre os meus e o suguei, seu gemido baixo e contido me levou a loucura e invadi sua boca com minha língua, a fazendo arfar e derreter em minhas mãos em uma surpresa confusa.

Aí eu lembrei que Carina nunca havia beijado de língua e reduzi o ritmo frenético para algo mais intenso e paciente para que ela se acostumasse e aprendesse o ritmo.

Era um ritmo lento, mas não o bastante para que minha consciência voltasse e eu pudesse de alguma forma perceber o que estava fazendo.

Digamos também que Carina  seja uma excelente aprendiz e quando conseguiu seguir o ritmo pude me atrever a chupar sua língua e puta que pariu... ela gemeu baixinho novamente.

Se eu já estava enlouquecida, aquilo apenas jogou lenha na fogueira que era meu corpo.

Puxei Carina  pela roupa a altura dos ombros e a empurrei em direção ao quarto sem interromper o beijo e com o maior cuidado para não acabar no chão.

Amém que deu certo, abri a porta com uma das mãos, a fechei com um chute de um dos pés e nos guiei para minha cama, parando de beija-la por meio segundo apenas para empurra-la para a cama.

Já estava a beijando novamente antes mesmo de me ajeitar acima de seu corpo. Não conseguiria prende-la sob o peso de meu corpo, mas podia muito bem me manter sobre ela me apoiando em um dos braços, um dos joelhos entre suas pernas e uma mão que ops.. estavam perfeitamente livre e fora de controle.

Podia senti-la com as unhas em meu ombro e com uma mão me puxando os cabelos e a pressionei, sentindo Carina  se remexer e flexionar minimamente as pernas aumentando tanto nosso contato que não impedi um gemido meu contra sua boca.

Eu queria sentir o gosto de sua pele cheirosa e apenas por isso deixei sua boca e tomei seu pescoço a fazendo tremer e levar as duas mãos confusas aos meus cabelos.

Minha mão livre se arrastou por seu corpo e segurou sua coxa com firmeza e quando meus dentes mordiscaram sua orelha, seu arfar se tornou um gemido baixo.

-Maya ... - ela pronunciou lenta e rouca me ensandecendo de vez e fazendo minha mão subir ao cós de sua calça e agarra-lo com força em um protesto pela roupa estar ali.

Então a mão de Carina  desceu de meu cabelo e segurou minha mão, a parando e entrelaçando nossos dedos.

Só assim parei de beijar seu pescoço e ergui o rosto encontrando o olhar dela, suas pupilas dilatadas, os lábios vermelhos entreabertos e a respiração ofegante.

Meu Deus, eu estava devorando a inocência de Carina  sem piedade alguma.

Eu via em seus olhos arregalados transbordando ingenuidade o quanto era errado fazer aquilo com ela. Carina me olhava como uma menina encantada e ao mesmo tempo assustada com o avanço rápido demais.

Meu coração se acelerou com o pânico da sensação de a estar atacando contra sua vontade, mas como se lesse meus pensamentos, Carina ergueu minimamente o rosto e tomou meus lábios em um beijo lento comandado por ela e entendi. Apenas não era a hora para aquilo.

E realmente não era nem hora nem local. Carina  merecia mais que aquilo.

Suspirei em seus lábios e meu corpo relaxou, permitindo que ela ajeitasse nossas posições para algo confortável e quente.

Nossas pernas se entrelaçaram, nossas mãos permaneciam unidas, nossas respirações e batimentos sincronizados, em minha mente a certeza de que tudo o que Carina  fazia era dotado de paixão e perfeição sem medidas.

Eu estava ferrada, eu estava apaixonada, eu estava perdida.

Assim que nossos lábios se separaram e nosso olhar se encontrou novamente, pude ver seu cansaço transbordando no peso de seu olhar e me lembrei da rotina pesada que Carina  seguiu nos últimos dias.

Duvidava até que ela tivesse dormido antes da viagem de volta, já que ela praticamente foi diretamente para a consulta.

-Você está muito cansada, não é? - perguntei e Carina piscou lentamente e assentiu.

Ergui a mão que estava entrelaçada a dela e beijei sua pele antes de solta-la, a sentindo cair no espaço entre nós, e acariciei seu rosto.

-Você vai me fazer dormir - Carina balbuciou, parecendo lutar contra o peso de seus olhos.

-Esse é o objetivo - Murmurei, sorrindo torto - durma.

-Ir pra casa... - Carina  murmurou, lutando tanto contra bocejos que seus lindos olhos lacrimejavam e algumas lágrimas escorriam - preciso...

-Shh - fiz, lhe dando um selinho - só durma.

Não precisei de muito esforço a mais, com minhas mãos lhe acariciando o rosto, Carina  pestanejou por alguns segundos, um suspiro lhe escapou e seus olhos não se abriram mais.

Me dei ao desfrute de ignorar minha fome por alguns minutos enquanto a apreciava em seu sono.

A mini Carina  se mexeu e em um gesto quase automático levei minha mão a minha barriga e suspirei.

-Eu sei, coisinha, eu sei... - sussurrei, mas a verdade é que eu não sabia porra nenhuma.

E assim me levantei e deixei Carina no quarto, mal notando que ainda tinha uma mão sobre a barriga e a acariciava.

Precisava comer.

A caminho, encontrei Vic  chegando em casa. Ela me olhou de cima a baixo piedosamente antes de olhar em volta e abrir os braços e me receber.

-Ah, Maya... - ela suspirou em lamento e senti algumas gotas de lágrimas abandonarem meus olhos, afundada em sentimentos confusos.

With All My Love ( PRIMEIRA TEMPORADA) Onde histórias criam vida. Descubra agora