Se o Arrependimento Matasse

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Já se fazia um dia que o relacionamento entre Madara e S/n definitivamente entrou em hiatus. Enquanto o Uchiha afundava as mágoas em mais uma garrafa de uísque, S/n chorava abraçada no travesseiro, sua menstruação estava chegando e com ela a TPM, a garota estava mais sensível e não conseguia mais esconder dos pais.

Depois que Madara foi embora S/n se enrolou nos lençóis e chorou até as lágrimas cessarem, chorou até sentir a cabeça doer e os olhos pesarem, até que adormeceu. A senhora Mina quando chegou em casa bateu na porta do quarto da filha, mas ela não atendeu então a mulher entrou no quarto e encontrou a garota dormindo, entranhou, a filha não costumava dormir cedo.

No almoço a garota comeu pouco e estava com uma aparência abatida, no café e no jantar foi a mesma coisa e agora a noite Hayato insistia para que a esposa fosse conversar com a filha, se não, ele iria. Mina saiu de seu próprio quarto vestindo seu pijama curto e bateu na porta do quarto da filha, S/n demorou para atender e quando o fez se surpreendeu ao ver a mãe entrar no quarto sem ao menos dizer nada.

-S/n:Mãe!

-Mina:Vai me dizer o que está acontecendo, eu e seu pai estamos preocupados.
A mulher sentou na cama e encarou a filha impaciente.

-S/n:Não está acontecendo nada, estou bem.

-Mina:Não, não está e eu não saio daqui até saber o que está acontecendo.

-S/n:Então a senhora vai dormir aqui comigo.
A garota deitou novamente na cama e se cobriu com o lençol até a cabeça, mas a mãe logo puxou o tecido descobrindo-a.

-Mina:Filha… estamos mesmo preocupados, você mal come e parece tão tristinha. É algo com Madara?

-S/n:Não! Por que tudo tem que envolver ele?! Eu não posso estar triste por outro motivo?! Como… sei lá, ter brigado com alguma amiga?!
Se alterou.

-Mina:O que ele fez 'pra você filha?
As lágrimas começam a escorrer por seu rosto, S/n enxuga-as tentando para-las, mas eram insistentes e não queriam obedece-la.

-S/n:Nada, mãe. - Disse com a voz embargada. - Eu fiz bobagem e estou pagando por isso.

-Mina:Que bobagem?
S/n ficou em silêncio por alguns instantes, suas mãos deslizaram pelos cabelos e se fecharam em punho, seus cotovelos apoiados nos joelhos.

-S/n:Eu nunca confiei completamente no Madara. Aconteceu algumas coisas a algum tempo e eu o acusei e só acreditei nele quando alguém que viu tudo me contou… e agora aconteceu o mesmo… mas desta vez eu… eu falei de mais e o ofendi. E foi tudo por causa de um garoto que eu sei que não presta. Eu sou tão ingênua.
Ela soluçou.

-Mina:Calma, S/n, nem tudo está perdido, logo vocês se entendem.
Disse a mais velha enquanto abraçava a filha.

-S/n:Ele pediu um tempo, mas sabemos que quando esses tempos começam… os namoros chegam ao final.

-Mina:Não, não filha, não pense assim. Você não conhece a história dos seus tios?

-S/n:Como?
Perguntou se afastando do abraço.

-Mina:Sua tia e seu tio brigaram muito, se separam tanto que pensamos que não iriam ficar juntos. As brigas eram bobagens, os dois eram jovens e qualquer coisa se tornava uma briga, seja ele que olhou para alguma mulher por alguns segundos desnecessários ou por sua tia que tinha ciúmes das amizades dele, e amizades masculinas que eu estou falando.
S/n riu, não imaginava que seus tios eram assim.

-Mina:E mesmo depois de todas as brigas e términos eles casaram e agora tem duas filhas. O defeito deles é não saber criar filho.

-S/n:Não fala assim, Sayuri é tão querida, Yoko que é a fruta podre que caiu longe do pé.
Mina soltou uma gargalhada.

O Sonho (Madara e Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora