O Sonho (Madara e Leitora)

Meus Pesadelos

Desde que perdi minha mãe me tornei muito dependente de estar acompanhado, exceto quando, nos momentos tensos ou nas situações que eu não sei como agir eu me insolo e prefiro estar sozinho. Mas ultimamente me tornei dependente demais da presença de S/n, perdoando seus erros para que eu posso colar e não desgrudar mais dela.

Mas então, há Izuna, alguém que eu aprendi a confiar de olhos fechados, que eu sei que se hoje eu precisar ele vai me ajudar, vai se por de lado para me dar prioridade. Ele é umas das pessoas mais importantes da minha vida e eu literalmente daria a minha vida por ele, e era o que eu suplicava agora.

-S/n:Madara, se acalme logo saberemos notícias! - Disse S/n tentando me acalmar, abraçada a Sakura que chorava baixo e sem vida.

Eu caminhava de um lado ao outro na recepção do hospital, com o coração aflito e destroçado. Quando meu pai ligou para me dizer que estava no hospital depois de encontrar Izuna caído no chão convulsionando com uma caixa de antidepressivos ao lado e que teve uma parada respiratória eu senti meu mundo desmoronar. Eu sabia que ele estava mal, eu sou um péssimo irmão por não recorrer a ajuda profissional.

Estava agoniado e com medo, sabia que uma hora ou outra eu perderia mais alguém e sentiria aquela dor novamente, aquela que parece insuportável, aquela que te derruba e que você acha que não vai conseguir se reerguer, mas esperar que Izuna seja a pessoa a me trazer essa dor novamente? A lógica é ir os mais velhos primeiro, então que fosse eu a morrer no lugar dele, que fosse eu a sentir o que o mata por dentro. Nesse momento eu prometia que se ele saísse vivo desse hospital eu o protegeria de tudo e o colocaria em uma redoma de vidro.

- Tajima Uchiha? - Quando ouvimos um homem de jaleco pronunciar corremos todos ao seu alcance para ouvir as notícias, torcendo que fossem boas.

-Tajima:Como está meu filho? - Meu pai se apressou em perguntar, ele como eu estava desesperado.

- Seu filho teve intoxicação medicamentosa, e uma parada respiratória, estamos monitorando seus sinais vitais e realizamos uma lavagem gástrica, agora está no quarto e já podem visitá-lo. Mas em decorrido da situação aconselho a vocês procurarem por ajuda psicológica.

-Tajima:Sim, sim! Obrigado doutor.
Acenei para o médico e segui para o quarto que sabia onde estava meu irmão sem esperar pelos outros.

Invadi o quarto encontrando Izuna deitado na maca felizmente acordado olhando para qualquer ponto na parede branca. Seus olhos repousaram em mim e vi a falta do brilho neles, vi cansaço, e fadiga emocional. Atrás de mim entrou meu pai e Sakura, Tajima se apressou a sentar na poltrona ao lado da maca e segurou a mão de Izuna que apenas moveu seus olhos para encara-lo e desviou o olhar se perdendo novamente nas paredes brancas.

-Tajima:Você está bem meu filho?
Lentamente ele assentiu com a cabeça.

-Sakura:Estava preocupada!
Sakura sentou na maca ao lado do corpo do meu irmão também segurando sua mão.

-Izuna:Me desculpe.
Ele sussurrou e seus olhos começaram a lacrimejar, e aquilo me matou.

-Sakura:Só... não faz de novo.
Ela acariciou o rosto dele, mas Izuna não esboçou nada sobre sua resposta.

-Madara:Por que fez isso?
Perguntei em um tom suave me arrependendo logo depois de falar.

-Izuna:Eu não sei... foi... pareceu a melhor... opção.
Ele desviou o olhar enquanto a voz ia morrendo. Meu pai se levantou e começou a caminhar de um lado ao outro.

-Sakura:Nos deixe sozinhos.
Sakura pediu fazendo meu pai parar de andar e encara-los, Izuna sequer olhava para nós, seu olhar estava no chão.

-Tajima:Tudo bem, mas me chame depois, preciso conversar com meu filho.
Ela assentiu e saímos do quarto.