CAPÍTULO 5: Era um narniano...

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O horror visível tem menos poder sobre a alma do que o horror imaginado
-William Shakespeare

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Na Era de Ouro, quatro reis governaram Narnia; e a governaram com grandeza e magnificência.

Pedro era o grande rei, o primeiro. Era dele que se ouvia a última palavra, desde "lei aprovada" até um "atacar!". Por trás de toda sua última palavra tinha seus irmãos agindo.

Lúcia cuidava unicamente de tudo o que se diz respeito aos narnianos, da condição de vida deles. Ela investiu em ramificações de rios para dentro da mata, para facilitar acesso de água a todos os animais, garantiu centros medicinais orquestrado pelas ninfas que ajudavam desde narnianos feridos até ao parto de bebês. Ela garantia que tudo fosse melhor sempre para seu povo.

Susana preferia não se meter nas administrações ou governos, mas era ótima nas relações públicas e diplomacias. Ela mantinha relações estreias com os povos de fronteira com Narnia. Era sempre bem recebida na Calormânia e na Arquelândia, e cuidava de eventos para recebê-los, isso garantiu a paz e harmonia entre os reinos.

E Edmundo. Nunca foi proferido em voz alta, mas Pedro não tomava uma única decisão sem ter certeza que seu irmão a aprovaria. Pedro odiava admitir, mas era impulsivo demais e tendia a agir pelo momento, mostrar mais bravura do que razão. Edmundo era seu olho crítico, ele analisava todo o contexto da forma mais fria e imparcial possível. Edmundo foi batizado como justo por saber exatamente o que é o bem e o que é o mal, ele sabia ser malicioso e até que ponto poderiam tentar enganá-los, ele também enxergava bondade e leveza. Com seu consentimento, Pedro sabia que tudo estaria transcorrendo da melhor maneira possível de se fazer.

Se ele abaixasse a guarda e perdesse a razão, seu irmão estaria extremamente vulnerável.


***

Lucia havia cochilado enroscada na perna de Pedro, enquanto o rapaz estava perdido em pensamentos enquanto afagava a cabeça da irmã quando Edmundo retornou um tanto avoado.

-Me diga que pensou em algo. – Murmurou Pedro aflito, ele odiava não saber o que fazer.

-Não. Eu me... distraí. – Ed comentou coçando a cabeça e se sentando frustrado.

-Achei que tinha saído para se concentrar.

-Pois é.

Pedro viu Aurora surgir com mantas no braço, do mesmo lugar a qual Edmundo estava. Ele viu o irmão meio atrapalhado e agitado e arqueou uma sobrancelha, quase achando irônico.

-O que? – murmurou Ed sem entender.

De repente Aurora parou ao lado dos três irmãos, jogando uma das mantas cobrindo Lucia e parte de Pedro e outra estendeu para Ed. O rapaz nem conseguiu erguer o rosto quando foi agradecê-la pela coberta de tão sem graça que estava.

-Tá, o que foi isso? – perguntou Pedro assim que Aurora se afastou.

-Isso o que?

-Com ela. – Pedro apontou com o queixo para Aurora.

-Não tá acontecendo nada.

-Não acredito que você está mexido por ela.

-Eu acho que isso não é prioridade, não é, Grande Rei? – cortou Ed um tanto seco, não se sentindo muito confortável para falar disso com Pedro agora.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora