Rory deu uma última olhada para o grupo no círculo agora preparado para partir. Ela fechou os olhos e podia sentia uma pequena corrente elétrica envolve-la e os demais. Por um segundo tudo pareceu girar, mas logo tudo ficou estático novamente.
Quando voltou a abri-los se viu num grande deserto. Uma rajada de vento morno chocou-se contra os viajantes e por toda a imensidão só havia areia e areia.
-Acho que errei, não? – murmurou a menina meio perdida.
-Não... acho que está certo. – comentou Trumpkin dando uns passos ao longe. – Era uma grande ilha de neve, mas era uma vastidão assim que seguia a viagem da Feiticeira, só está sem o inverno para tampar o deserto.
-Acho que conhecemos esse lugar. – comentou Pedro olhando.
-Fica além do Elmo do Lampião. – confirmou Edmundo. – O Grande Deserto.
-Não cheguei a explorá-lo. – confessou Caspian- Mas sei que não há mais nada a não ser areia.
-É solo sagrado. Aslam veio desse sentido quando fundou Narnia perto do Elmo.
-Então deve ter um bom motivo para a Feiticeira ter escolhido vir para cá. Venham, não estamos longe.
O anão foi a frente e o grupo andou pelo deserto e logo viram um tipo de precipício, mas quando se aproximaram o suficiente, viram que havia um imensa cratera e lá um tipo de templo.
Levando um tempo para contornar o vale de areia, eles acharam um tipo de ladeira e conseguiram descer até o templo no abismo abaixo. O templo era extremamente grande e, por mais que estivessem cercados de sol e areia, ali embaixo estava um clima fresco e ameno.
-Parece que estamos em outro lugar. – murmurou Lúcia se auto abraçando.
-Aqui é um lugar sagrado. – Caspian murmurou olhando os desenhos e runas antigas entalhadas na construção antiga.
-Sabe o que é engraçado, já exploramos o Grande Deserto e nunca vimos esse Caniôn nele. – comentou Susana.
-Talvez ele estivesse enterrado, a fenda de areia circunda o templo certinho, acho que só foi desenterrado.
-Meus reis... – Trumpkin apontou a porta a fez uma leve reverencia, dando a honra de abrir o local pelas realezas.
Pedro e Caspian deram um passo juntos e se encaram, meio sem jeito.
-Eu abro. – disse Lúcia passando por eles.
A menina suspirou fundo e sentiu seu coração palpitar, a mesma sensação só sentiu anos atrás enquanto andava por dentro de um guarda roupa e sentia que não havia fundo, com a expectativa de algo mágico.
Quando Lúcia empurrou a enorme porta de cinco metro de madeira. Um rangido forte soou, como se fosse velho e mal usado o lugar. Ali dentro havia um salão com o chão laminado, num branco puído e reluzente. Paredes lotada de ouro, desenhos difíceis de serem feitos por humanos e vários objetos que nenhum dos presentes tinham ideia do que se tratava.
O salão gigante fez eco quando os passos dos viajantes entravam mais dentro dele. O lugar era imenso e tudo pareciam retumbar de volta. Lúcia parou primeiro, pois estava a frente, quando chegou ao centro do salão. O vidro do piso estava em outra cor e percebeu o desenho de um enorme leão de ouro velho desenhado.
-Ela tentou tirar a imagem. – comentou Susana vendo as bordas do desenho chapiscada, como se a Feiticeira tivesse tentado usar qualquer tipo de magia para tirar Aslam ali, em vão.
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MY KING; Edmund Pevensie || NARNIA
Fantasia"Havia algo nela, algo que eu não saberia dizer se seria capaz de me salvar ou de ser minha ruína" .•°•.•°•. ✦ .•°•.•°•. Dois filhos de Adão e duas filhas de Eva já não mais poderiam retornar à Narnia até uma menina buscá-los: Narnia precisa de ajud...