[2] CAPÍTULO 2: Estrangeiros

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-Nunca achei que fosse voltar a Narnia, mas quando morri... o próprio Aslam me recebeu. Passei algum tempo com ele, além em seu país, perguntei se eu veria Narnia de novo e ele me disse que quando fosse possível eu voltaria e aqui estou. – comentou Kirke, entre garfadas na mesa de jantar, já que o rapaz estava morrendo de fome.

-Acho que ele estava se referindo a Feiticeira. – comentou Pedro.

-Jadys? Achei que ela tinha morrido... quando vocês vieram a Narnia há anos atrás.

-Longa história. – murmurou Susana. – Mas ela tinha voltado e bem... foram semanas turbulentas, mas ela finalmente se foi.

-Aquela mulher... era de arrepiar os cabelos. Nunca vou esquecer quando a descongelamos, eu e Polly. – Digory fez uma careta antes de morder a torrada.

-Espera... vocês... você esteve no mundo dela? – perguntou Ed de repente.

-Não contei muito sobre minha vinda a Narnia, mas basicamente conheci primeiro o mundo da Jadys e em seguida vi Narnia ser criada. – o menino comentou com certo orgulho.

Edmundo sentiu seu coração bater forte contra o peito, ele não sabia, mas tinha certeza que algo nas palavras com Aslam dizia que ainda viriam respostas e, de alguma forma, sentia que não tinha terminado ainda; talvez por isso eles ainda não tinham ido embora de Narnia, eles ainda não acabaram.

-Kirke, acho que vamos precisar entender algumas coisinhas com você. – murmurou o rapaz de forma ansiosa.

-Aslam deu a entender que vocês fariam isso mesmo, ele nunca erra, né? – o menino riu.

De repente, um guarda entrou novamente no salão de jantar.

-Perdão pela interrupção, meus reis, mas há representantes da realeza da Calormânia querendo vê-los com urgência.

-Que noite agitada. – murmurou Caspian.

-Ah, Lúcia, porque não leva o professor... quero dizer, o Digory para ele se instalar? Deve estar cansado.

-Claro, vamos?



Lúcia olhava sorrindo o garoto observar todos os corredores como um fascínio assustador. Ele as vezes girava só para ver melhor e isso fazia a menina rir.

-Que bom que estou divertindo-a. – ele sorriu. – Eu amo ser novo! Fiquei um bom tempo com Aslam, mas ainda parece um sonho.

-Já fui mais velha uma vez, acho que sei um pouco como é.

-Não deve ter ficado tão velha quanto eu, por céus! Como eu amo Narnia! – o rapaz gritou animado, fazendo Lúcia rir.

-Você é bem diferente do professor, mas o olho brilhante me dá certeza que é você mesmo. Aqui, chegamos!

Lúcia abriu a porta de um quarto de hóspedes e os dois ficaram alguns segundos olhando o interior do cômodo.

-Será que deu algum problema lá embaixo? – murmurou o rapaz.

-A Calormânia é uma aliada nossa, mas... eles são um pouco complicados. Uma cultura forte, sabe?

-Saquei. Espero que não seja nada.

-Queria ser otimista, geralmente eu sou, mas você aparecer justo hoje seria consciência demais.

-Você podia ir lá para saber do que se trata e vir me contar... – incentivou o rapaz e Lúcia sorriu.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora