[2] CAPÍTULO 8: Subestimar

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-Lúcia, não devíamos sair assim do castelo! – Protestou Digory tentando acompanhar os passos da garota

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-Lúcia, não devíamos sair assim do castelo! – Protestou Digory tentando acompanhar os passos da garota.

-Susana foi com Caspian de volta ao templo de Aslam, no deserto. Bom, achei que podíamos dar uma olhada aonde estava o portal. Talvez tenha algo, alguma coisa que ajude. – a menina simplesmente comentou.

-Podíamos ter avisado aos outros e, por favor, ande devagar. – O garoto arfou finalmente alcançando-a.

-Temos que voltar antes do sol nascer. Pedro tentaria me barrar com medo de ser perigoso.

-E pode ser perigoso?! – Perguntou o rapaz meio assustado, Lúcia revirou os olhos.

Os dois andaram mais alguns bons minutos antes de pararem ao verem um círculo de cinzas na grama.

-Estava bem aí. Flutuando, segundo Trumpkin.

-Pelo jeito foi consumindo tudo a volta a medida que foi fechando. – murmurou o garoto se agachando e vendo que toda a grama que devia estar em volta do portal se tornou apenas cinzas.

-A Jadys tinha usado magia negra para abri-lo, não me surpreende.

-Lúcia, acho melhor voltarmos. Pedro não vai gostar de você aqui e nem eu gosto.

Lúcia encarou o rapaz e arqueou a sobrancelha, com um sorrisinho se aproximou dele.

-Eu sou uma rainha, Digory. Não preciso da benção de Pedro. E você é só um garoto aqui, não manda em mim. - O rapaz riu e ergueu as mãos em rendição.

-Sinto muito, rainha. Só me preocupo com você, isso ainda fala mais alto.

Lúcia olhou pelo canto Digory andando pelo círculo de cinzas como um pateta e sorriu. Digory se virou do outro lado e percebeu a garota olhando para ele.

-O que?

-O que o que?

-Você estava me olhando engraçado – o garoto sorriu e Lucia ficou sem graça e olhou o chão.

-Não estava, não! – ela chiou ficando levemente corada. Digory franziu a testa e ficou analisando-a.

-Certo...

Os dois ficaram num silencio constrangedor até o rapaz perceber algo no chão.

-É impressão minha ou parece um pouco maior? Olha, eu tenho certeza que o circulo estava há um palmo daquela flor e parece bem mais perto agora.

-Pode ser a sombra, não? O sol está começando a nascer.

-Não, eu tenho certeza.

-Hm, acho que está certo. E estamos com um problema. – murmurou a menina olhando o horizonte. – Vamos, precisamos acordar os outros.


***

Rory nunca dormiu tão bem quando naquela noite. Ela ouviu os pássaros cantando e se aconchegou mais nos lençóis até dar falta de algo a seu lado.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora