[2] CAPÍTULO 12: Siga seu Coração!

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-Eu sabia! – O rei Sabbat gritou de ódio e para ser ouvido por sob o vento. – Eu sabia que Analya estava acobertando alguma coisa! Selvagens! Nunca confiei nos narnianos. Vocês e esta magia!

O grande rei da Arquelândia estava cercado de soldados e ele segurava sua túnica, olhando nervosamente para a ventania.

-Senhor, peça para seus homens se afastarem. Podemos conversar. – Pedro se aproximou de mãos erguidas.

-Afaste-se, rapaz! Pare imediatamente aquilo e depois podemos conversar.

-Estamos tentando! – Gritou Ed. – Não é de nosso mundo. Estamos tentando parar.

-Mentira! Meu pai sempre teve medo dos narnianos e suas magias. Ele temia que esse dia chegasse e vocês usassem disso para tomar nossas terras.

-Não, senhor. Por favor. Estamos tentando conter o portal.

-Vocês trouxeram aquele povo estranho. Vocês e sua magia! Não posso confiar em vocês, sinto muito. Homens.

O rei subiu em seu trono e um grupo de soldados a cavalo se botaram em posição. Pedro acenou para Trumpkin no meio das árvores e um grupo de soldados narnianos estavam a espreita, prontos para lutar. Eram soldados de precaução, um número reduzido, mas seria o suficiente para ganharem tempo. Edmundo e Pedro terão que ir a frente e contê-los ao máximo.

Que Rory consiga logo.


***

-Não está dando certo. – Rory gemeu irritada e largou as mãos do rapaz.

-Eu sei, mas eu sinto que está aí. - O rapaz confessou, frustrado.

-Eu estou me esforçando para me concentrar nas nossas origens, no sentimento em comum, mas não está sendo o bastante!

-Que tal o cântico? – Dorian sugeriu e a moça o olhou.

-Isso é um folclore.

-Sim, mas acho que na altura do campeonato tudo é aceitável. – O rapaz se levantou e se aproximou dela.

Olhando-a, ele começou a murmurar um som grave e abafado, de boca fechada. Era um som ritmo e muito comum em Charn. As crianças cantavam, os idosos ensinavam, as moças dançavam, os casais se beijavam. Aurora o acompanhou, murmurando o cântico que tanto já havia cantarolado quando menina. E no meio do som tenebroso da ventania lá fora, por um segundo, eles se sentiram em casa.

O rapaz sorriu para ela e Rory sentiu algo dentro de si revirar. Concentre-se, Rory. Está ali, ela sentia bem ali, porque não funcionava? Dorian suspirou ao fim da música e afagou o ombro dela, numa tentativa de reconforta-la.

-Estamos progredindo. Eu consigo sentir que seu poder está aí e... céus! Ele é forte. – O garoto comentou sorrindo, Rory suspirou frustrada, mas acabou sorrindo.

-Sinto muito. Você tem enfrentado maus bocados, perdeu muitas pessoas e mesmo assim está aqui tentando me animar.

-É meu dever. – O rapaz afagou sua mão. – Seu pai disse que seria fácil me encantar por você, mas não achei que seria tão literal. Eu não estava muito animado de dedicar a minha vida a alguém que eu não conhecia, mas... será realmente uma honra, princesa.

-Eu o amo. – Rory sussurrou e com certo curto olhou o rapaz. – Eu amo Edmundo. E não vou esquecê-lo. Não se sinta tão honrado assim.

-Ah, isso estava claro no momento em que os vi. Ele também a ama muito. Dá pra sentir. É bem forte.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora