CAPÍTULO 12: Ego Masculino

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Que melhor lugar para começar uma guerra do que uma conferência de paz.
-Sherlock Homes

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            Edmundo estava afastado do grupo, ele havia entrado mais afundo na caverna onde tinha um lago subterrâneo. Ele havia ido beber água e saído um pouco para pensar. Caspian havia explicado mais detalhadamente como havia passado esse tempo sozinho em Narnia. Um ano de neve e mais dois anos sozinho. Foram três anos de sofrimento além de mais de dez anos congelado.

Felizmente o tempo parou para ele também quando se congelou.

Ele pensava em tanta coisa, mas parecia não pensar de fato em nada direito. Era como se um turbilhão ansioso de pensamentos lhe abraçasse apenas pelo prazer de desesperá-lo.

-Você ama se esconder dos outros, não é? – implicou Susana aparecendo ao lado do irmão.

-Que bom que está aqui. Estava surtando com o Pedro.

-Eu imaginei. – Su esboçou um sorrisinho e Ed não pôde manter a postura de irritação por mais tempo.

-Como achou esse lugar? – perguntou Ed para mudar de assunto.

-Bom, eu parei no meio do Bosque, foi fácil ver o castelo da Feiticeira e somar dois mais dois. Achei esse esconderijo e estou nele há uns dois dias. Eu estava indo buscar mais alimento quando eu escutei os gigantes e vi vocês saindo do castelo. Eu admito, foi bom usar o arco de novo.

Ed não deixou de sorrir, ele olhou para Susana e foi inexplicável a vontade de abraça-la. Ele a apertou com força, esmagando-a e ela só sorriu surpresa. Susana sabia muito bem o quanto aquilo deveria estar acabando com ele. De todos os irmãos, Susana sempre pareceu entender mais o Ed, ele não era de falar e ela tinha olhos para perceber.

-Desculpa. – Eles ouviram e Susana viu uma menina de cabelos loiros claros surgir meio sem jeito na parte subterrânea da caverna. Ela parecia decidir se saía ou ficava.

-Oi, tudo bem? – Ed se recompôs tão rápido que até Susana estranhou, mas então ela reparou que ele estava sem graça por Rory ter visto a cena e esboçou um sorrisinho de lado.

-Peço realmente desculpas, mas estão o chamando, meu rei. – a menina enfatizou a frase na esperança de arrancar um sorriso do rapaz e ficou feliz de ter conseguido.

-Certo, obrigado, Rory. Vamos.

-Oh, não. Deve ser coisa do Pedro, deixe ela aqui e chame Lúcia. – Sugeriu Susana. Ed olhou a irmã e não sentiu nenhum pingo de segurança de deixa-la sozinha com Rory. – Vai Ed, o Magnífico o aguarda. – Incentivou a morena para ficar logo a sós com a outra menina.

Sem escolhas e extremamente contrariado o rapaz subiu a caverna, deixando as duas moças sozinhas na beira do lago subterrâneo.

-Senta aqui! É Rory, né?

-Ah, sim, rainha.

-Por favor, só Susana. Então, Rory, da onde você veio? Porque narnianos não usam magia.

-Sim, já estou sabendo, mas eu não sei de onde eu vim. Eu não me lembro de nada.

-Hm, que triste. Mas estou feliz de ter uma a mais no time, geralmente é só eu e Lu no meio de homens e eles costumam ser bem egocêntricos. – confidenciou Susana arrancando um sorriso da loira.

-Me chamaram? – Elas ouviram e logo a mais nova surgiu.

-Lu! Chamamos! Estamos falando mal dos meninos.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora