CAPÍTULO 11: Eu deixei meus irmãos!

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São as nossas escolhas, mais do que as nossas capacidades, que mostram quem realmente somos.
-Alvo Dumbledore

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Quando saíram correndo da sala indo para o corredor principal, o guepardo e o anão os olharam confusos, primeiro ouviram o som alto de passos catastróficos e logo sacaram a espada. Ed sacou a sua, ele correu em direção ao guepardo que vinha a toda velocidade contra si, por um segundo Rory fechou os olhos, já imaginando o pior, mas o rapaz esperou o animal pular sobre ele para cravar a espada, ele jogou então o animal sobre o anão, dando tempo de se erguer e mata-lo. Ed virou e pegou na mão de Rory ao ouvir a escada da saleta desmoronar com o peso de milhões de narnianos descendo de uma vez.

Ele suspirou calculando alguns segundos a mais de vantagem enquanto desciam a escada principal se preparando para algo pior: a guarda do castelo.

-Pedro! – Ed gritou, torcendo para que o outro grupo tivesse se preparado e por perto.

"Se algo der errado, nós ficaremos em modo de espera. Qualquer coisa seremos o elemento surpresa" disse Trumpkin enquanto colocava amora sob o rosto de Lúcia para aparentar sangue.

Rory pode ver na parte superior das paredes uma porção de arqueiros preparando-se para atirar no casal. Os dois desceram as escadas o mais rápido antes que as flechas começassem a descer sobre os dois. Ed puxou Rory para debaixo de si, jogando-os ao canto, atrás de uma pilastra de gelo. Ele olhou em volta, tentando achar uma saída.

De repente o som dos narnianos descendo a escada principal chegou e parecia impossível achar uma saída dessa vez.

-Não saia daqui, você está fraca ainda. – Pediu Ed se levantando, resignado a lutar até a morte.

-Não. – ela o segurou. – Por favor, não.

-Você viva é a nossa única esperança. Me prometa que vai se proteger, quando ver qualquer brecha, qualquer oportunidade. Faça o que for possível e fuja, ouviu?

Ed não esperou a resposta, eles já estavam perto demais. Rory pôde ver Ed lutar com uns oito ao mesmo tempo, ele abaixava e dava tempo de acertar mais de um numa investida só, era como ele conseguia fazer ganhar tempo. Ela tentava se controlar, forçava a ficar estável novamente, mas foi quando ouviu o som de outra espada que desfaleceu em alívio.

Pedro, Lúcia e Trumpkin se juntaram a Ed.

Rory se preparava para levantar, se ela lutasse... talvez todos tivessem uma chance de sair vivos. Mas então algo a paralisou, ela olhou para uma lateral e viu uma pessoa.

Ela nunca o vira, mas tinha total ciência de quem ele era. Ela até poderia dizer pelos livros e gravuras que já viu, mas ela soube com uma facilidade assustadora.

"Rory, não é a força que ganha, é a técnica" ela lembrou.

A menina se esquivou e correu para outra pedra. Ele lutava contra Pedro, que tentava contê-lo e mais outros quatro. Pedro tentava não machucá-los, mas de todos que Pedro enfrentava, ele era o melhor.

-Força só para um, Rory. Você consegue. – ela sussurrou para si mesma e puxando toda a força que ainda tinha, ciente que teria segundos antes que alguém a visse e a atacasse. A menina colocou a mão em sua direção e um brilho forte instalou na sala.

O brilho foi tanto que por um segundo todos tiveram que esconder o rosto, tão forte foi a luz. E então eles viram o que a menina havia feito. Rory se sustentou numa pedra, fraca e lutando contra si para se manter firme. Os narnianos voltaram a encarar os irmãos e lutarem, mas havia uma diferença, um dentre eles.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora