CAPÍTULO 18: Mancha no Braço

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A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado.-William Shakespeare

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Edmundo olhava o grupo a volta e sentia que tinha algo de errado depois que Susana e Caspian haviam se reaproximado. Pedro havia parado para amarrar a bota e por um segundo parecia que tinha lido algo no rodapé, ele levantou totalmente transtornado e abalado, mas não comentou o que tinha de errado e naquele momento eles haviam acabado de chegar num tipo de saleta com um grande banquete exposto, obviamente o grupo estava faminto, mas ninguém sabia dizer se era seguro comer aquilo.

-Sete lugares. – murmurou Lúcia um tanto tensa.

-O que quer que seja, sabe que estamos aqui dentro.

-Não vamos comer nada, vamos continuar procurando e sair daqui. – orientou Trumpkin.

          Continuaram andando, com os estômagos roncando, tensos e meio mal humorados.

-Tá tudo meio estranho, né? – sussurrou Rory ao rapaz

-Está. Eu não estou sentindo que tem coisa boa.

-Acho que não vamos achar nada aqui. – comentou Lúcia parando ao lado do casal.

-Também acho.

-Vamos sair, então? – perguntou Ed. As duas meninas concordaram com a cabeça. – Pedro, acho que é melhor sairmos daqui, não sinto que vai nos ajudar.

-Nós temos que tentar. – murmurou Pedro a frente.

-Deveria pelo menos perguntar aos outros para saber se concordam.

-Existe um rei justamente para isso e eu digo que devemos continuar.

-Pedro. – Ed puxou o braço do irmão e ele ficou surpreso de ver que Pedro tinha um olhar vidrado. – Vamos sair daqui.

-Você não manda aqui, Ed. Eu sou seu rei.

-Não, Aslam é meu rei. Você é meu irmão. – murmurou Ed vendo que havia algo errado com Pedro.

-Pedro, o Ed tem razão. – murmurou Lúcia se aproximando.

-Ótimo! Vão embora! Eu não posso fraquejar!

-Ninguém está falando que você está... – Rory comentou indignada.

-Acho que não temos muito para onde ir depois daqui. – comentou Susana. – Eu também tô sentindo uma coisa estranha, mas fazemos o que? Aslam nos abandonou. Vamos enfrentar a feiticeira sozinhos? Matar nosso povo?

-Como eu disse, vamos continuar. – grunhiu Pedro, meio mal humorado, dando as costas e continuando andando pelo corredor.




-Ele é um idiota! – gritou Ed andando de um lado para o outro.

-Se acalma, Ed. – comentou Lúcia.

-Não vou me acalmar enquanto ele for um idiota!

Rory, Ed e Lúcia estavam num quarto. Havia uma grande cama em dossel, uma janela para o muro de areia, mas nada além disso. Os outros também se espalharam em outros cômodos.

-Tem algo acontecendo, acho que afetou Pedro e Susana. – comentou Rory.

-E Caspian ficou do lado deles, é claro.

MY KING; Edmund Pevensie || NARNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora