"Se você quer a beleza nua de minha vulnerabilidade, você tem que ter a força para compartilhar o fardo, a dor particular, que faz com que eu me sinta tão terno e frágil. Pois eu sou tão forte quanto sou fraco. Se você quer que eu volte para casa para você, seja o porto seguro no qual eu posso buscar refúgio."
Jaeda DeWalt
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Acabei dormindo durante toda a viagem até o local de proteção.
Tentei ficar acordado algumas vezes para manter um olho na estrada e ajudar o agente Liam no caminho, mas, talvez por ter ficado muitos dias no hospital, senti meu corpo frágil o suficiente para achar que ele precisava relaxar em um cochilo.
O local de proteção era realmente como a agente Jessica havia descrito. Havia inúmeras e pequenas casas, como se fosse um pequeno condomínio em uma região repleta de árvores. Pude visualizar, mesmo distante, o que parecia ser o refeitório e um casa enorme onde provavelmente ficava o salão de jogos. Eu também vi algumas pessoas andando pelas ruas daquela espécie de comunidade e todas elas pareciam poder circular livremente.
Encontrei o rosto do agente Liam pelo retrovisor. A atenção dele parecia estar voltada para a direção e bem alheia ao que quer que passasse pelos meus pensamentos.
— Você me apresentará todos os lugares daqui hoje? — indaguei confuso e, ao mesmo tempo, com certa curiosidade.
— Sim — disse simples.
Concordei com um aceno, deixando que meus olhos vagassem para longe outra vez.
— Você mora por aqui?
— Não — ele disse mais uma vez de forma rápida e sem aprofundar o assunto.
— Você fala mais do que uma única palavra por frase? — perguntei em um tom de brincadeira, com um pequeno sorriso quase escapando pelo canto dos meus lábios, mas recebi um olhar impaciente do agente.
Liam não parecia ser o tipo de pessoa que abria facilmente o seu coração para que qualquer outra se aproximasse.
Portanto, silenciei todas as palavras que desejava despejar e me concentrei no fato do agente estacionar o carro em frente a uma casa pequena e de aparência aconchegante. Desde o momento em que saí do hospital, eu estava curioso sobre como seria a minha hospedagem e desejei que realmente fosse algo como aquela.
Sorri pequeno, mas verdadeiramente.
— Você pode descer — Liam disse, fazendo o mesmo em seguida.
Abri a porta do carro, mas meus olhos continuaram presos na casa que seria a minha hospedagem.
Ela era pequena, de apenas um andar, com paredes brancas de madeira e as janelas e a porta também eram do mesmo material, mas eram pintadas de verde-água. Havia uma pequena varanda coberta na parte da frente com uma cadeira confortável na mesma, provavelmente para que as pessoas pudessem relaxar no final da tarde.
— Você pode usar qualquer cômodo da casa sempre que estiver aqui — informei e ele não disse nada, parecendo me ignorar. — Você pode entrar e assistir TV também, se quiser. Usar a cozinha, se tiver interesse também. Eu não me importo. Só me importarei se ficar do lado de fora todas as vezes em que tiver que conferir se estou bem e seguro.
Mas ele não respondeu a nenhuma de minhas pontuações e apenas abriu o porta-malas.
Dei uma olhada discreta na direção de Liam e segui para abrir a porta da frente, verificando o agente a cada passo para ver se em algum momento ele iria me impedir de virar a maçaneta.
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Sleeping Beside Secrets (Larry Stylinson)
FanfictionLouis Tomlinson e Edward Schultz são casados há mais ou menos 5 anos. Eles levam uma vida simples e pacata em uma região tranquila de Londres e o maior desejo do casal é adotar o seu primeiro filho, mas parece que a cada minuto surge uma barreira di...