13. Porto seguro

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"Se você quer a beleza nua de minha vulnerabilidade, você tem que ter a força para compartilhar o fardo, a dor particular, que faz com que eu me sinta tão terno e frágil. Pois eu sou tão forte quanto sou fraco. Se você quer que eu volte para casa para você, seja o porto seguro no qual eu posso buscar refúgio."

Jaeda DeWalt

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Acabei dormindo durante toda a viagem até o local de proteção.

Tentei ficar acordado algumas vezes para manter um olho na estrada e ajudar o agente Liam no caminho, mas, talvez por ter ficado muitos dias no hospital, senti meu corpo frágil o suficiente para achar que ele precisava relaxar em um cochilo.

O local de proteção era realmente como a agente Jessica havia descrito. Havia inúmeras e pequenas casas, como se fosse um pequeno condomínio em uma região repleta de árvores. Pude visualizar, mesmo distante, o que parecia ser o refeitório e um casa enorme onde provavelmente ficava o salão de jogos. Eu também vi algumas pessoas andando pelas ruas daquela espécie de comunidade e todas elas pareciam poder circular livremente.

Encontrei o rosto do agente Liam pelo retrovisor. A atenção dele parecia estar voltada para a direção e bem alheia ao que quer que passasse pelos meus pensamentos.

— Você me apresentará todos os lugares daqui hoje? — indaguei confuso e, ao mesmo tempo, com certa curiosidade.

— Sim — disse simples.

Concordei com um aceno, deixando que meus olhos vagassem para longe outra vez.

— Você mora por aqui?

— Não — ele disse mais uma vez de forma rápida e sem aprofundar o assunto.

— Você fala mais do que uma única palavra por frase? — perguntei em um tom de brincadeira, com um pequeno sorriso quase escapando pelo canto dos meus lábios, mas recebi um olhar impaciente do agente.

Liam não parecia ser o tipo de pessoa que abria facilmente o seu coração para que qualquer outra se aproximasse.

Portanto, silenciei todas as palavras que desejava despejar e me concentrei no fato do agente estacionar o carro em frente a uma casa pequena e de aparência aconchegante. Desde o momento em que saí do hospital, eu estava curioso sobre como seria a minha hospedagem e desejei que realmente fosse algo como aquela.

Sorri pequeno, mas verdadeiramente.

— Você pode descer — Liam disse, fazendo o mesmo em seguida.

Abri a porta do carro, mas meus olhos continuaram presos na casa que seria a minha hospedagem.

Ela era pequena, de apenas um andar, com paredes brancas de madeira e as janelas e a porta também eram do mesmo material, mas eram pintadas de verde-água. Havia uma pequena varanda coberta na parte da frente com uma cadeira confortável na mesma, provavelmente para que as pessoas pudessem relaxar no final da tarde. 

— Você pode usar qualquer cômodo da casa sempre que estiver aqui — informei e ele não disse nada, parecendo me ignorar. — Você pode entrar e assistir TV também, se quiser. Usar a cozinha, se tiver interesse também. Eu não me importo. Só me importarei se ficar do lado de fora todas as vezes em que tiver que conferir se estou bem e seguro.

Mas ele não respondeu a nenhuma de minhas pontuações e apenas abriu o porta-malas.

Dei uma olhada discreta na direção de Liam e segui para abrir a porta da frente, verificando o agente a cada passo para ver se em algum momento ele iria me impedir de virar a maçaneta.

Sleeping Beside Secrets (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora