MÚSICA RECOMENDADA: WAIT-M83
"Não são os finais que vão te assombrar
Mas o espaço onde eles deveriam estar,
As coisas que simplesmente desapareceram
Sem um aceno final de adeus."
Erin Hanson
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Joguei todos aqueles documentos de volta na caixa com desespero.
Em seguida, peguei a caixa em meu colo, marchei até o banheiro e joguei a mesma dentro daquele esconderijo de meu marido. Passei as mãos pelo cabelo, andei sem sentido pelo pequeno cômodo e olhei novamente para a caixa ali jogada.
Respirei fundo e entrei novamente naquele lugar de nossa casa tão desconhecido para mim. Lancei um olhar para a pasta azul e a segurei novamente, mesmo que ela queimasse a minha pele como se estivesse tomada pelo fogo.
Dei passos para trás, enquanto encarava tudo aquilo, e puxei a parte da parede que fornecia uma abertura, fazendo com que ela se fechasse automaticamente.
Segurei a pasta azul com as duas mãos e a analisei novamente, mesmo que os meus pensamentos passassem de um lado para o outro do meu cérebro aceleradamente, não permitindo que eu formulasse uma ideia coerente.
Inúmeras lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto, já que elas se formaram com rapidez e ficaram contidas por alguns segundos.
Eu senti o desespero me engolindo vivo. Senti o chão sob os meus pés ceder. Sentia como se algo tivesse sido arrancado do meu peito e pisoteado de mil modos possíveis.
Eu me senti desmoronar.
Mas no desmoronar de minha alma, a determinação para tirar essa história a limpo surgiu, não me importando de que forma aquele assunto seria abordado com Edward.
Agarrei então a pasta em uma só mão, peguei o meu celular que estava em cima da cama e desci as escadas com o único objetivo de alcançar a chave do carro e a minha carteira e partir para encontrar a pessoa que me devia inúmeras respostas.
Perdi um pouco o controle do carro quando o tirei da garagem, mas consegui evitar que ele fosse de encontro aos carros estacionados na vizinhança ou que batesse em uma árvore. E, após pisar o pé no freio, peguei o celular e cliquei no número de Edward, deixando que tocasse quantas vezes fosse preciso até que ele atendesse.
No quarto toque, sua voz ecoou do outro lado da linha:
— Oi, amor, tudo bem? — ele disse calmo.
Edward não fazia ideia da tempestade destruidora que tinha me devorado.
— Onde você está? — questionei e minha voz rachou, mesmo que eu tivesse executado o comando com uma raiva que era desconhecida até mesmo para mim.
— Louis? O que aconteceu?
— Onde você está? — eu indaguei outra vez enfraquecido e meu corpo todo tremeu, parecendo tentar me manter no controle do volante. Não consegui evitar que meu choro ecoasse por todo o carro naquele momento e até mesmo um soluço escapou por meus lábios. E por mais que eu imaginasse que Edward tinha escutado tudo aquilo, forcei a minha voz a ficar estável e perguntar pela terceira vez: — Onde você está?
Ouve uma pequena pausa até ele dizer com preocupação:
— Eu estou indo para casa e nós podemos conversar.
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Sleeping Beside Secrets (Larry Stylinson)
Hayran KurguLouis Tomlinson e Edward Schultz são casados há mais ou menos 5 anos. Eles levam uma vida simples e pacata em uma região tranquila de Londres e o maior desejo do casal é adotar o seu primeiro filho, mas parece que a cada minuto surge uma barreira di...