Sleeping Beside Secrets (Larry Stylinson)

21. Pintura sobre tela

"Não há dias suficientes no para sempre para me permitir expressar totalmente a profundidade do meu amor por você."

Steve Maraboli

MÚSICA RECOMENDADA: STILL - NIALL HORAN

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DUAS SEMANAS DEPOIS

O dia da minha tão sonhada exposição tinha chegado.

Eu estava eufórico e alegre, mas ao mesmo tempo precisava cuidar de inúmeras pendências a tempo do evento. Estava correndo o dia todo, ligando para fornecedores e também confirmando os últimos convidados. A decoração era algo que estava sendo organizada a parte por uma organização, mas, como eu queria deixar exatamente do jeito que sempre imaginei, acabei mergulhando nisso também, o que me tomou um tempo precioso. Eu quis provar até mesmo as comidas que seriam servidas, pois desejava, além de matar a fome, matar também a curiosidade a respeito do gosto de cada quitute.

Portanto, eu mal parei em casa naquele dia. Mal tive tempo para sequer almoçar direito e tomar um copo d'água. Estava apressado e precisei me arrumar em menos de uma hora para chegar antes na minha galeria.

Recebi a organização no meio da tarde. Eles trouxeram todas os arranjos de flores e até mesmo os quadros ornamentados para as minhas telas. Nós passamos mais de duas horas ali, o que me fez suar de nervosismo e do trabalho braçal. 

Tive, assim, que voltar para casa para tomar um novo banho e trocar de roupa. Quase chorei por arruinar o terno que eu tinha comprado especialmente para a ocasião e me senti estúpido por tê-lo usado antes da organização chegar, mas tentei ser positivo e focar em algumas das peças que eu tinha no guarda-roupa. Pisquei algumas das vezes para espantar as lágrimas e achei uma camisa nova para substituir a de antes.

Em seguida, dei uma olhada no terno que eu achei estar arruinado e decidi que só precisava passar um paninho com água em alguns pontos do tecido que ele estaria novo em folha outra vez.

Isso trouxe um sorriso ao meu rosto e fiz aquela tarefa o mais rápido possível para correr até a galeria de exposições outra vez e receber os alimentos do evento. Deixamos todos eles em uma mesa mais ao canto do local para não atrapalhar a movimentação e essa atividade foi bem mais rápida e simples, não demandando tanto esforço braçal.

Quando tudo estava pronto, quando tudo estava exatamente do jeito que eu imaginava, fiquei ansioso do lado de dentro para esperar os convidados. Era quase 19 horas, o horário exato que a exposição estaria aberta para todos. Eu não conseguia deixar de me sentir inquieto e olhava para o lado de fora a todo o momento, com medo de que ninguém, além da minha família e dos meus amigos, viesse.

Juntei as mãos como uma prece e comecei a pedir baixinho:

— Por favor, por favor, por favor... Apareçam.

Um carro estacionou pouco tempo depois.

Eu olhei entusiasmado pela janela e vi meus pais descendo do carro.

Dei um sorriso pequeno, porém amoroso. Eles sempre procuravam estar ali por mim para tentar me apoiar. 

Portanto, assim que entraram, abri ainda mais o sorriso. Eles, no entanto, perderam o olhar para o que estava à volta deles e abriram expressões admiradas.

— Está tudo absolutamente incrível, Louis — minha mãe disse com carinho. — Estou apaixonada!

— Você gostou mesmo? — eu falei animado.