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Any Gabrielly

Assim que entramos no vagão me sento colocando minha mala em minha frente, deixando meu celular sobre a mesma. Josh se senta ao meu lado pelo visto também cansado pois joga sua cabeça para trás e fecha seus olhos. As portas se fecham e o trem começa a andar, começa a tocar Señorita, música do Shawn Mendes com Camila Cabello e batuco meus dedos na mala curtindo o som que deixa o vagão menos chato por conter pessoas mexendo em seus celulares ou dormindo o trajeto inteiro.

– Eu estou podre. – Josh diz cansado com os olhos ainda fechados.

– Eu que o diga, só quero chegar no meu quarto e me deitar, esquecer que existe uma vida fora da cama. – Digo fazendo Josh rir.

– Achei que iria visitar a cidade.

– Depois que meu corpo relaxar e meu cansaço sumir, irei conhecer Nova York. – Explico.

Acabei dormindo no trem só percebi isso quando o vagão para e Josh me chama, não dá forma como o chamei no avião, como alguém normal. Acordei meio sem entender o que estava acontecendo e só depois de alguns minutos me toquei que estava no trem.

Saímos do vagão meio perdidos, não sabíamos para onde ir, Sina não nos mandou o endereço e acho que não mandará pois já se passou uma hora desde que nos separamos. Olho meu celular e nada de Sina, me pergunto se esqueceu que viemos com eles.

– Será que lembram da gente? – Josh pergunta olhando para os lados quando saímos do metrô subterrâneo.

– Não faço ideia. – Pego meu celular e ligo para Sina, mandar mensagem está fora de cogitação, ela não vai ver. Uma, duas, três, quatro chamadas não atendidas, serio que estamos perdidos no meio da cidade sem saber qual hotel a maluca da minha amiga se ospedou.

– O quê faremos agora? – Questiona, com os olhos semicerrados pelo sol que mostra seu brilho e força nos fritando. – Sua amiga me deve, é cada furada que ela me coloca. – Diz bravo, suponho que esteja tentando pensar em algo para nos tirar dessa.

– Não me diga, encontro as cegas sem nem eu saber, almoço com um político novato, um advogado bêbado, um vendedor de incensos e um sem noção e você acha que ela deve para você? Me poupe. – Rosno ao tentar pensar em algo.

– Quem é o sem noção? – Questiona ao me olhar.

– Você. – Respondo simples.

– Nem vem, foi o melhor encontro que teve. – Se vangloria.

– Fingir sair com o cara, menti para minha amiga, resgatei o amigo que só entra em furada, me poupe Joshua. – Exclamo cruznado os braços.

– Estou falando o encontro de verdade. – Corrige.

– O que devolvi seu casaco, bebi alguns drinks e você me ensinou a jogar boliche? Lamento arruinar suas expectativas mas aquilo não foi um encontro. – Afirmo.

– Você é sempre amarga assim? – Questiona ao olhar para os lados.

– Não sou amarga. – Me defendo.

– É sim, é tão amarga que está sozinha. – De certa forma aquilo me atingiu. As falas de minha família me perguntando se tinha alguém toda vez que nos encontravamos vem em minha cabeça.

– Deve ser por isso, meus relacionamentos não deram certo por causa de mim, pois sou amarga,  obrigada por desvendar esse mistério. – Digo pegando minha mala e me afastando de Josh.

– Hey, espera. Eu não deveria ter falado isso, me desculpa. – Pedi ao me alcançar pois não parei de caminhar.

– Você está certo Josh, eu sou a culpada por estar sozinha, foram tantos relacinametos fracassados e eu sempre quis acreditar que fosse o destino me dizendo que aquela pessoa não era para mim mas na verdade, eu era a culpada por não dar certo, eu era a causa do fim. – Me viro para frente e todas as cenas dos meus términos veem em minha mente.

Agora as peças se encaixam em minha mente, eu fiz minha vida ser uma merda por isso não quero relacionamentos, pois posso estragar outro como fiz com os anteriores. Eu era a culpada do fracasso, minha família me disse mas não acreditei e eles estavam certos.

– Eu não quis dizer isso Any eu... – O imterrompo.

– Não se desculpe, apenas disse a verdade, a qual não aceitava. Tem razão, sou amarga, minha vida é amarga e por isso que estou sozinha, sem minha família, sem alguém para amar. Não é que eu não queira amar, não tenho para quem dar esse amor. – Sou sincera, eu não sou anti-amor, só entedi que ele não é para mim.

– Não quis dizer isso. – Justifica.

– Quis sim, não minta, deixa a situação mais deplorável. Apenas concentre-se em pensar como chegaremos no hotel que Sina nos hospedou. – Peço raciocinando.

– Sina me mandou uma foto de um estabelecimento que diz ser a minha cara, ele fica em frente ao prédio, podemos pedir para alguém nos informar onde fica. – A ideia é boa, significa que Josh tem um cérebro, interessante.

– Você sabe pensar, que legal! – Exclamo e o memso fecha a cara.

– Vamos rápido, quero um banho e minha cama. – Diz ao pegar seu celular.

– Me de seu celular. – Peço e o mesmo me entrega o aparelho. Procuro por alguém que saiba mais da cidade ou pareça saber, um senhor de mais ou menos oitenta anos está sentado em um dos bancos em frente ao metrô, ele poderá nos ajudar, assim espero.
Caminho até o senhor enquanto Josh carrega nossas malas.

– Olá senhor, poderia nos dar uma informação? – Questiono com um sorriso amigável o senhor retribui o sorriso.

– Claro minha querida, o que posso fazer por esse jovem casal? – Questiona e arregalo meus olhos.

– Não somos um casal e... não importa, o senhor conhece esse lugar? – Mostro a tela do celular e o senhor analiza a foto cautelosamente com os olhos semi serrados, suponho que a idade já afetou sua visão o forçando a usar óculos.

– Fica a três quadras daqui, sigam por essa rua na segunda esquina dobrem para a direita, irão encontrar. – Nos instruí apontando para a rua a nossa frente.

– Muito obrigada senhor, tenha um bom dia. – Agradeço o ao senhor que sorri.

– Por nada mocinha. – Diz sorridente, voltando a ler seu jornal.

Atravessamos a rua e seguimos o que o senhor nos instruiu, quando chegamos em frente ao prédio tenho vontade de abraçar a primeira pessoa quer estiver perto de mim mas me contenho pois Josh é a pessoa mais próxima. Finalmente, se não fosse por Sina ter esquecido de nos avisar qual era o hotel já estaríamos em nossos quartos no quarto sono.

–Finalmente! – Josh animado ao entrar no prédio.

– Olá, dois quartos foram reservados no nome de Sina Deinert. – Informo para o recepsioneota que sorri gentilmente.

– Ok, vou verificar. – Diz digitando em seu computador. – Senhora, um dos quartos já foram preenchidos com esse nome, apenas o quarto 302 está vago. – Era só o que me faltava.

– Ok, não vou discutir com Sina agora, preciso de forças mas para que isso aconteça preciso dormir. – Digo ao pegar a chave. – Obrigada.

– Tenham uma boa estadia. – Diz após nos afastarmos.

Aperto o botão do elevador e em poucos minutos as portas se abrem, adentramos a caixa de metal que nos leva ao nosso quarto, é estranho dizer isso, credo. Assim que as portas voltam a se abrir revelando o corredor sorrio ao ver que nosso quarto é a primeira porta, enfim descanso.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

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