Feels

029

Any Gabrielly

Não consigo explicar mas parece que a cada segundo, esse lugar fica mais apertado, minúsculo, me sinto sufocada por tanta gente, Josh não solta minha cintura em nenhum momento, ele dança sempre me motivando a dançar com ele, já não sei os limites e meu ponto final, joguei tudo para o alto sem medir as conquesncias, com elas me entendo amanhã, quer dizer, depois de amanhã, pois estarei de ressaca e uma puta dor de cabeça.

Envolvo meus braços em seu pescoço enquanto Josh deixa a sua bebida sobre a mesa ao nosso lado, ele pega em minha mão e gira meu corpo me fazendo rir, uma música mais animada começa a tocar e me solto por completo, dançando movendo minhas mãos por todo meu corpo sentindo a música me guiar, fecho os olhos e aproveito como se fosse a última noite da minha vida.

Tanto tempo escondida em uma empresa, imprimindo contratos e papéis importantes, aturando pessoas amargas e esnobes, um chefe galinha que só quer meu corpo por prazer. Fiquei tanto tempo nesse loop infinito que quando saí, parecia que tinha conhecido um novo mundo, vi que minha vida não é só aquela empresa, que preciso me permitir mais, sair, dançar, beijar... em falar nisso.

– Josh! – O chamo, o mesmo está no balcão pedindo mais uma bebida. Ele pega a bebida e quando leva o copo a boca pego de sua mão tomando um gole generoso.

Selo nossos lábios sentindo o gosto das bebidas se misturarem, nossa linguas dançam em sincronia enquanto seguro seu copo com um pouco da bebida, puxo seu lábio inferior com os dentes e ouço um gemido, sorrio satisfeita enquanto danço alegremente, comi algo para não ficar bêbada mas não adiantou, o álcool me consumiu e agora não me responsabilizo por meus atos, arco com as consequências depois.

– Eu não conhecia esse seu lado. – Josh diz em meu ouvido por causa da música alta.

– Eu também não, descobri hoje e sem dúvidas... – Me aproximo dos seus lábios antes de continuar. – E a melhor versão de mim. – Deposito um selinho em seus lábios e volto a dançar livremente.

Me viro de costas para Josh e começo a dançar, descendo lentamente deixando a música me envolver, não estou me reconhecendo e também estou pouco me importando para isso, todos temos duas verões de si mesmo e eu acabei de encontrar a minha.

A música acaba e estou com a respiração descompassada, está bem calor aqui e decido sair da pista, voltando para o bar, Josh me segui e se senta ao meu lado com uma cara surpresa.

– O quê aconteceu ali dentro? – Questiona apontando para onde estávamos.

– Como eu você acabou de conhecer a outra versão de Any Gabrielely. – Informo sinalizando para o bar men me trazer outra bebida.

– Wow, e aquele beijo? – Questiona.

– O quê que tem, quer outro? – Questiono com uma de minhas sobrancelhas arqueadas.

– Espera, eu estou confuso, cadê a Any rabugenta e relutante que eu conheço? – Pergunta se encostando na bancada.

– Ficou em Los Angeles. – Repondo pegando a bebida que o bar men me entregou. Bebo um gole generoso da bebida sendo observada por Josh.

– Você não acha que já bebeu demais? – Questiona.

– Achei que meu pai estivesse na Dakota do norte? – Digo ao beber um gole da bebida que desce rasgando e só aí percebo que pedi uma dose de Tequila.

– Só não quero que se arrependa de algo amanhã. – Diz encarando o seu copo.

– De ter beijando você? – Bebo mais um gole antes de continuar. – Já fizemos isso se lembra? – Questiono batendo em seu braço.

– E você disse que não seria mais uma na minha lista idiota. – Diz sem direcionar seu olhar para mim.

– Você tem uma lista? – Questiono. Ele nega com a cabeça. – Então, está tudo certo. – Eu sinto que irei me arrepender amanhã, o sentimento de arrependimento já está chegando mas o afasto, ele pode chegar pela manhã.

– Preicso ir ao banheiro. – Digo ao me levantar, Josh se levanta e me segui como um segurança, quando chegamos ao banheiro verifico se não há ninguém. – Vem. – Puxo Josh pelo pulso até que passe da porta, fecho a mesma girando a chave, me viro encostando minhas costas na superfície da mesma encarando Josh.

– O quê pretendi fazer? – Questiona me encarando.

– Isso. – Pulo em seus braços, enlaçando minhas pernas em seu quadril.

As mãos ágeis de Josh me seguram, suas mãos espalmadas em minha bunda me mantém firme em seu colo, selo nossos lábios invadindo sua boca. Josh caminha comigo até a pia, me deixando sobre ela sem quebrar o contato entre nossos lábios.

Puxo seu cabelo lhe arrancando um gemido abafado por meus lábios. Suas mãos seguram minha cintura enquanto Josh fica entre minhas pernas, o vestido que estou usando sobe por ser colado ao corpo, sua mão em contato com minha pele parece pegar fogo, estou chamas.

Seus beijos em meu pescoço me fazem arrepiar, sua língua gelada percorre minha mandíbula me levando a loucura. Volto a beijar seus lábios sentindo as nossas bebidas se misturarem fazendo uma combinação divina.

– Tem certeza que quer fazer isso?  – Josh questiona encarando intercaladamente meus olhos.

– Se perguntar mais uma vez saio por essa porta e beijo o primeiro cara que ver! – Exclamo e um sorriso surge em seus lábios.

– Prefiro que beije os meus. – Diz ao se aproximar e selar nossos lábios.

Sua mão livre pousa em minha bunda, me arrancando um gemido abafado por seus lábios. Somos interrompidos quando alguém tenta abrir a porta mas não consegui pois tranquei a mesma.

– Então seja rápido, tem alguém querendo usar o banheiro. – Aviso com um sorriso perverso nos lábios.

– Tenho uma ideia melhor. – Diz ao me pegar no colo, me descendo da pia. – Vem. – Ele pega em minha mão e destranca a porta, um casal aguarda do lado de fora e imagino que irão fazer o que estávamos fazendo, ou o que vamos fazer.

Seguimos pela multidão até chegar a saída do estabelecimento, por sorte um taxi passava na hora e Josh sinaliza para o mesmo e abre a porta para mim assim que o mesmo se aproxima. Adentramos o carro e Josh dá o endereço do hotel que estamos hospedados, no caminho consigo ver o quão ansioso Josh está e a cena é um tanto engraçada.

Quando o carro para em frente ao hotel Josh paga pela corrida e sai do carro, faço o mesmo e ele pega em minha mão me fazendo andar rápido. Quando chegamos ao elevador Josh aperta o botão que chama o elevador, deslizo minha mão para cima já que Josh segura meu pulso enlaçando ambas. As portas se abrem e entramos no elevador, assim que as portas se fecham Josh me deixa presa entre a parede e seu corpo, selando nossos lábios com urgência, levo minha mão a sua nuca arranhando a mesma e isso arranca um gemido rouco de Josh, em poucos segundos as porta voltam a se abrir e saímos as pressas para o nosso quarto, Josh parece um pouco atrapalhado ao procurar as chaves, as encontra no bolso de trás da calça abrindo a porta as pressas.

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