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Any Gabrielly

Estou tentando achar as palavras certas e a oportunidade certa para dizer que minha vida irá mudar completamente, só não sei como começar essa história.

– Então minha netinha, como anda seu trabalho na empresa. – Você queria uma brecha Any, toma.

– Eu não trabalho mais na empresa vovó. – Informo e todos me olham.

– No que irá trabalhar? – Minha vó questiona curiosa.

– Quando fui para Nova York, acabei desfilando para um estilista renomado, alguns amigos dele viram e disseram que tenho potencial e querem que me torne modelo. Saí na capa da revista de Sina, quer dizer, nós dois. – Incluo Josh nisso.

– Eu quero ver. – Belinha pedi ansiosa.

A revista de Sina é impresa e digital então posso acessar o site e ver toadas as edições já publicadas, a nossa capa é a última a ser postada, e pelo que li, críticas positivas me deixam esperançosa. Entrego meu celular para Belinha e a mesma partilha com Diarra, ambas analizam a foto encantadas.

– Vocês nasceram para serem modelos.– Diz Diarra entregando o celular para meus pais.

– Minha filha, você está linda, vocês estão lindos. Você é modelo Josh? – Minha mãe pergunta a Josh me entregando o celular, Josh ri mas nega. – Pois deveria, minha filha sabe escolher bem. – Diz fazendo Josh ficar constrangido. Ok essa é a primeira vez que vejo isso e estou adorando.

– Não foi exatamente eu quem escolhi, Sina empurrou ele para cima de mim. – Digo pegando o aparelho de volta. Diarra ri pois conhece Sina e Noah e sabe das lucrar que ambos são capazes de fazer para conseguir o que querem.

– Não culpe só Sina, Noah também é culpado, ele ainda me deve. – Josh lembra fazendo todos rirem.

– Vocês estão com fome?A viagem deve ter sido cansativa, não querem se deitar um pouco? Seu antigo quarto está a sua disposição, Belinha não o usa mais. – Fiquei surpresa com a noticia, ela queria tanto aquele quarto.

Subimos as escadas com as malas, quando chegamos no quarto a placa de não perturbe ainda está grudada na porta, não me julguem, todos tivemos essa fase. Abro a porta e apenas uma cama e um roupeiro não deixam o quarto complemente vazio. Boas memórias veem em minha cabeça.

Pôsteres de modelos e bandas ainda se fazem presentes, as marcas das fitas entregam que era obcecada por pôsteres, a cama ainda tem alguns adesivos, o guarda-roupa antigo contém fotos e adesivos envelhecidos, a imagem da pequena Any os colcando reflete em meus olhos.

– Esse era seu quarto? – Josh questiona me tirando dos meus pensamentos e lembranças.

– Sim, já foi do meu irmão mais velho, meu e da minha irmã. Agora está esquecido, não duvido virar um quarto de bagunças. – Josh ri da minha suposição.

Deixo a mala no canto do quarto e caminho até a janela, a mesma vizinha fofoqueira está sentada em sua cadeira antiga na varanda de sua casa, ela olha o carro de Josh, gente nova, fofoca nova. Sinto seus braços contornarem minha cintura e seus lábios tocarem meu pescoço, fecho os olhos sentido como é bom ser tocada por ele, fecho a cortina que impossibilita ver que acontece aqui dentro e me viro, enlaçando meus braços no pescoço de Josh.

Selo nossos lábios invadindo sua boca, estou completamente apaixonada por Josh, e isso me consome em um nível irreconhecível, nunca amei alguém como estou o amando, é estranho assumir isso para mim mesma pois parece tão cedo.

– No que pensa? – Questiona ao por uma mecha do meu cabelo para atrás da minha orelha.

– Em nada. – Respondo simples.

– Any... – Me empreende, fizemos um juramento de não escondermos nada um do outro recentemente.

– Eu só queria dizer que... – Meu pai bate na porta.

– Josh, preciso de você lá em baixo. – Meu pai diz simples, como eu sei que era ele? As batidas são diferentes, com os anos aprendi a observar. Josh se separa de mim mas antes me da um selinho e caminha até a porta, quando abre a mesma me olha.

– O quê queria dizer? – Questiona segurando a massaneta.

– Nada de mais. – Digo sorrindo e o mesmo se afasta. – Que eu te amo. – Digo baixo quando já estou sozinha no quarto.

Na hora não senti medo algum pois iria sair no automático mas agora eu disse em voz alta tenho medo de dizer para ele. Eu nunca disse Eu te amo para alguen antes, iria sair fluidamente, pois é o que meu coração senti, eu o amo.

Deixo isso para lá e desfaço minha mala, o casamento é amanhã, todos queriam uma festa de despedida de solteiro mas os noivos não quiseram, estavam tão cansados que disseram que vão aproveitar a lua de mel para dormir, fazendo a família inteira rir.

Pego o vestido que comprei para a ocasião e o deixo pendurado, não quero amassa-lo ou suja-lo já que é em um tom de azul bebê, Josh usará o tenro que disse, ele o experimentou quando o levou para meu apartamento, minhas pernas fraquejaram ao vê-lo tão belo, ele parecia tão importante, um homem de negócios com os últimos botões da camiseta branca abertos, os cabelos cacheados sobre a testa e seu maxilar trincado ao se ver no espelho.

Bem diferente do Josh que sou acostumada a ver, um Josh que adora usar calça jeans, blusa estampada estilo New School e um Jordan preto e branco, as duas versões me fascinam e me deixam sem ar. A tatuagem de flecha em seu braço o deixa ainda mais bonito, tenho uma pequena queda por tatuagens e perfumes masculinos.

Não vejo a hora de vê-lo novamente vestido a caráter para a ocasião, bendito seja o dia em que aceitei ir naquele jantar, ele mudou minha vida. Enquanto deixo o que irei usar pendurado para não amassar penso na maquiagem e penteado, é óbvio que o vestido seria da coleção de Jean, comentei com o mesmo que não sabia o que usaria e ele ficou ofendido de não ter falado isso antes.

Me forneceu um dos seus belíssimos vestidos da sua nova coleção, em menos de um dia o recebi na porta do meu apartamento junto com o par de saltos que combinam com o vestido. Nessa aventura ganhei dois amigos, Jean e seu marido também estilistas, me fizeram jurar que só irei usar sua suecas em ocasiões especiais, não será um problema pois suas peças são magníficas.

Quando desço encontro meu pai e Josh senrados no sofá bebendo uma garrafa de cerveja cada, a cena me faz sorrir, ele me encara e pisca para mim, mando um beijo no ar e o mesmo volta a prestar atenção no jogo que passa na TV. Caminho até a cozinha encontrando minha cunhada, Belinha, Diarra e minha mãe preparando o jantar.

– Precisam de ajuda? – Questiono cruzando os braços.

– Prove. – Diarra estende a colher com um pouco do molho, provo e pareço cair sobre as nuvens.

– Isso está divino! – Exlcamo encantada.

– Eu sei. – Diz convencida, como eu senti falta disso.

Eu gosto de morar sozinha mas sinto falta disso, das brincadeiras idiotas, nossas conversas enquanto fizemos o jantar, coisas simples que só se tornaram importantes quando já não as vivia mais. Ver Josh com meu pai me faz sentir que fiz a escolha certa em me aventurar nesse relacionamento, não ganhei só um namorado, ganhei um amigo. Julgo a senhora da casa da frente mas fofoco como meu namorado sobre tudo enquanto jantamos em meu apartamento, enfim a hipocrisia.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

Está acabando 😩💔

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