Feels

040

Any Gabrielly

Está na hora, é algo precipitado? Sim mas nada em nosso envolvimento foi planejado, só nosso primeiro encontro que foi um desastre.

– Josh. – O chamo assim que ele estaciona o carro em frente ao meu apartamento, o fazendo me olhar. – Você não quer... sabe, subir comigo? Você nunca conheceu meu apartamento. – Explico, um sorriso surge em seus lábios. – Se você não quiser não tem problema eu só... – Ele me interrompe.

– Eu adoraria. – Responde com um sorriso largo nos lábios.

Josh estaciona seu carro em uma das vagas livres e adentramos o prédio, o porteiro fica surpreso ao ver Josh, era de se esperar, não trago ninguém aqui à muito tempo. Aperto o botão do elevador nervosa, quem vê parece que estou apresentando meu primeiro namorado para a família, será quase isso eu acho.

Adentramos o elevador e aperto o nunero do meu andar, ele chega rápido ao andar e nervosa procuro as chaves do meu apartamento, minha pequena bolsa parece ter crescido o dobro do seu tamanho pois não encontro minhas chaves.

– Está tudo bem? – Josh questiona com uma de suas sobrancelhas erguidas.

– Está. – Respondo simples ao achar a chave. Destranco a porta dando passagem para Josh entrar. – Bem vindo ao meu apartamento. – Já que estamos sérios, pelo menos eu acho isso, ele deve conhecer meu apartamento.

– Você mora sozinha aqui? – Questiona observando tudo ao redor.

– Moro, é grande para apenas uma pessoa eu sei, mas sou uma pessoa espaçosa. – Justifico e o mesmo ri.

– Eu vi quando ocupou a maior parte da cama quando dormimos juntos. – Diz me fazendo rir.

– Falou o cara que usou apenas um lado da cama de casal do hotel, dormindo abraçado ao meu corpo. – Ele ri mas concorda.

– Ponto para você. – Diz observando as imagens na parede, são retratos da minha família, almoços que participei e recebi uma cópia das fotos tiradas nesses dias. – Essa é sua mãe? – Questiona apontando para o quadro.

– Sim. – Respondo simples.

– Vocês são parecidas. – Diz me fazendo rir, geralmente dizem que sou mais parecida com meu pai do que com minha mãe. – Já essa menininha aqui parece a mistura mistura dos dois. – Se referi a Belinha, minha irmã mais nova. – Quem é esse? – Questiona apontando para Lamar.

– Meu irmão mais velho, irá se casar daqui a duas semanas. – Digo simples, achei uma brecha. – Então, recebi o convite do casamento mas... – Paro e Josh me olha, quando vê que não irei continuar ele caminha até mim, parando em minha frente.

– Mas...? – Diz encarnado meus olhos.

– Não é nada demais. – Digo desistidno da ideia.

– Any, me diga, você precisa de algo? –  Questiona ao levar sua mão a minha nuca, me fazendo olhá-lo.

– De um acompanhante para o casamento. – Digo cansada, um sorriso lindo surge em seus lábios.

– Então você terá, tenho um terno que não uso há algum tempo mas está novo, não sou um cara de negócios que coleciona ternos mas tenho um para certas ocasiões. – Diz me fazendo rir.

– Já irei avisando, minha famili vai ficar chocada, para eles sou a encalhada da família, a que nunca terá um futuro, ouvirá isso incessantemente. – O aviso, ele ri acariciando minha bochecha com o polegar.

– Eu posso te dar um futuro Any, eles não precisaram mais falar isso. – Sua fala me deixa completamente surpresa. – Posso ser seu companheiro, seu acompanhante, seu amigo, o que quiser e assim não se sentirá sozinha. – E novamente Josh sabe me deixar sem palavras.

Encaro seus olhos que não parece esconder uma mentira, tais como os outros esconderam, me prometeram tudo e no final, não tive nada. Envolvo meus braços em seu pescoço, aproximando meu rosto do seu, suas mãos seguram minha cintura firmemente, é incrível a sensação de proteção que tenho ao seu toque, me sinto acolhida, protegida.

– Obrigada por não desistir de mim. – Agradeço encostando nossas testas.

– Eu nunca irei. – Diz se aproximando dos meus lábios.

Selo os mesmos em um beijo lento, apaixonante, não posso negar a mim mesma, estou apaixonada por Josh, só fui forte o suficiente para sustentar a negação, mas ela sedeu. Não posso negar algo para o coração, não estou com medo de me entregar a alguém como me sentia antes, não sinto medo, é isso. O medo me fez criar uma barreira em volta de mim, me proibindo de amar, só não sei se sou amada da mesma forma.

– Bom, quer beber algo? – Questiono acariciando sua nuca enquanto ainda estou em seus braços.

– O quê me recomenda senhorita? – Questiona beijando minha mandíbula com seus lábios umidos.

– Não sei, minha adega é eclética, tem diversos tipos de bebidas, você mesmo pode escolher. – Digo apontando para o armário em minha frente pois estou na bancada da cozinha.

– Ok, tenho opção de escolha, interessante. – Diz ao caminhar até onde apontei.

Pude ver que Josh tem mais bunda que eu, como isso é possível? Sabe a vontade de dar um tapa estalado? Essa vontade me deu assim que vi. Esse menino não tem uma parte que não seja desejável? Como um cara tão lindo quis se envolver comigo? Certas coisas não tem explicações.

– As taças ficam na porta ao lado. – Informo.

Josh pega duas taças e serve um vinho que escolheu, achei que escolheria um copo de Gim ou Uísque mas como sempre, ele me surpreende. Me entrega uma das taças e abre a garrafa com o saca-rolhas, serve minha taça logo depois servindo a sua.

Deixa a garrafa ao meu lado pois estou sentada na ilha da cozinha e direciona sua taça em minha direção, brindamos e bebemos um gole do vinho. Josh deixa a taça ao meu lado, se posicionando no meio das minhas pernas, beijando a extensão do meu pescoço me arrancando um gemido que não pude segurar.

– Uma cena bem interessante me veio a mente nesse momento. – Sussura em meu ouvido.

– Pois me diga, qual foi a cena? – Questiono controlando minha respiração e tentando manter a sanidade que escapa como água por meus dedos.

– Fodendo você sobre essa bancada. – Sua voz é grossa e o palavreado usado me deixa exitada.

– Interesante... – Digo ao colocar a taça sobre a ilha, ao lado da sua. – Então a torne realidade. – Digo encarando seus olhos que contém um azul escuro, quase preto, diferente dos seus olhos azuis claros que adoro.

– Era isso que eu queria ouvir. – Diz ao umedecer os lábios e como se fosse hipnotizada, encaro a ação como se aquilo estivesse em câmera lenta.

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