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Any Gabrielly

Marquei com o amigo de Noah no bar em frente a empresa, só irei entregar seu casaco e depois irei embora, minhas costas doem, meus pés latejam e minha cabeça parece que vai explodir. Caminho pelas ruas com o casaco em meu braço, caminhando até o bar combinado, não sei o motivo de ser em um bar mas só o que me interessa é entregar o casaco para o conquistador ou como já é apelidado: Molhador de calcinhas alheias.

— Eai amiga da Sina, quanto tempo! – Diz quando nos encontramos na frente do bar. Ele vinha no sentido contrário da rua, sorri colocando as mãos no bolso. — Espero que não tenha emprestado para algum homem, só empresto para mulheres. – Diz com um sorriso pervertido nos lábios.

— Então usei um casaco passado de mão em mão? Lavou pelo menos? – Pergunto lhe entregando a peça.

— Esse é novo, você foi a primeira. – Seu tom de voz malicioso me faz revirar os olhos.

— Bom, eu já vou indo. Obrigada pelo casaco e boa sorte nos seus encontros. – Ao dar um passo na direção que veio ele para em minha frente.

— Aceita um drink? Eu pago. – Pergunta e reflito sobre o que faria se fosse para casa. Iria me sentar em meu sofá e maratonar uma série nova. — Não haverá cantadas sujas ou provocações pênianas... – Ele se aproxima antes de continuar. — Só se você quiser.

Pelo amor de Deus, só irei aceitar pois não quero ir para casa e fazer a mesma coisa entediante de sempre.

— Um drink! – Digo me rendendo, preciso me libertar um pouco, me sinto um robô fazendo sempre as mesmas coisas.

— Apenas um. Primeiro as damas. – Diz ao abrir a porta do bar.

Adentramos o local e nos sentamos no balcão, pedimos nossas bebidas, eu pedi um Martini e Josh uma dose de Uísque com gelo.

— Qual é a sua? – Pergunto sem direcionar meu olhar para o mesmo.

— Seja mais clara. – Pedi se virando para mim.

— Está sendo forçado a isso também? Sina pediu um favor para você? Me tirar de casa? – Pergunto, ele ri mas nega com a cabeça.

— Ao contrário de você, não conto tudo para meus amigos, só fatos importantes. – Explica, brincando com as chaves de seu carro.

— Eu não conto tudo para minhas amigas! – Me defendo. — O quê faz você pensar isso? – Pergunto me virando, segurando meu vestido para que ele não suba e isso atrai os olhares de Josh para minhas coxas.

— Belas coxas. – Elogia e reviro os olhos.

— Dá para parar de olhar para minhas coxas? Meus olhos estão aqui em cima! – Exclamo estalando os dedos e ele ri.

— Desculpa, é o instinto. – Se desculpa.

— Instinto? – Quetiono com uma sobrancelha levantada.

— Gosto de apreciar mulheres bonitas.  – Responde me fazendo reviar os olhos.

— Pelo amor, essa é tão ultrapassada que chega a ser vergonhoso para você. – Me viro para frente apoiando os cotovelos no balcão. — Seja mais criativo. – Aconselho o fazendo rir.

— Então o quê devo fazer? – Questiona apoiando seus cotovelos assim como os meus sobre o balcão.

— Não elogie as coxas das mulheres, elogie algo mais impactante nelas.– Sugiro.

— Tais como? – Pergunta ao beber seu Uísque.

— O quê acha bonito em uma mulher que não seja tão vulgar? – Pergunto e ele me olha dos pés a cabeça me deixando constrangida.

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