capítulo treze

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- Meu irmão vai dar uma festa na próxima semana

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- Meu irmão vai dar uma festa na próxima semana. Você poderia ir, né? - Jeongin gesticulou, me olhando com expectativa.

- Eu não gosto muito de festas, desculpe. - dispensei gentilmente, sorrindo fechado para o garoto que entristeceu suas feições no mesmo instante em que neguei seu convite.

- Tudo bem, eu também não... Sempre fico trancado no meu quarto. - ele suspirou dando de ombros.

Caminhávamos sem pressa em direção ao ginásio, teríamos aula livre pois o treinador estava ocupado demais treinando o time de futebol para as competições.

- Seu irmão é da escola? - perguntei, encarando o rosto desanimado do meu mais novo amigo.

- Sim, o San é do terceiro ano. - ele respondeu, me fazendo procurar no fundo da minha memória algum rosto que me lembrasse esse nome.

Logo lembrei, San era do time de futebol. Não era do círculo de amizades próximas de Minho, mas já havia visto os dois conversarem.

Ficamos em silêncio por alguns segundos e em momento algum o pequeno beicinho, formado por Jeongin, deixou seus lábios.

- Olha, talvez eu possa ir... Para te fazer companhia. - dei o braço a torcer, não aguentando mais ver a cara tristonha do mais novo. - Desde que a gente não saia muito do quarto, tá tudo bem.

- Ah, obrigado Jinnie. Eu realmente fico bem solitário quando San faz festas na nossa casa. - Jeongin festejou, me fazendo rir baixo.

Nos sentamos nas arquibancadas e ficamos conversando sobre coisas aleatórias enquanto o horário não passava, Jeongin e eu tínhamos gostos bem parecidos então rapidamente construímos uma amizade. Eu confiava nele, o que era estranhamente estranho para mim.

Jeongin contou como seus pais eram desleixados com ele e com seu irmão, e que mal paravam em casa por conta do trabalho deles. Jeongin dizia não sentir falta e não se importar, mas eu percebia o olhar melancólico e dolorido do garoto quando mencionava os pais.

Quando entramos nesse assunto, acabei contando sobre meu pai e Jeongin rapidamente se desculpou por ter iniciado aquela conversa. Porém eu não me importei.

Claro que ainda doía no fundo do meu ser ter que falar sobre meu pai, porém Jeongin me transmitia uma sensação absurda de confiança que não pensei duas vezes antes de contar sobre aquele assunto tão delicado para mim.

No fim, aquilo acabou me fazendo bem. Me sentia estranhamente aliviado por despejar minhas frustrações e ser devidamente acolhido por alguém que realmente me ouvia sem julgar.

Puxei meu caderno da mochila e dei um lápis para Jeongin, desenhando quatro traços na folha branca para jogarmos um jogo da velha.

Jongin e Nayeon já haviam ido embora, o que tirava um grande peso das minhas costas. Os últimos dias haviam sido melhores do que o esperado e eu não diria que isso aconteceu por nada.

body • hyunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora