capítulo vinte e quatro

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Depois de uma semana completamente caracterizada por turbulências que pareciam não ter fim, achei que finalmente a calmaria viria para que então Hyunjin começasse a dar seus pequenos passinhos de bebê mais uma vez

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Depois de uma semana completamente caracterizada por turbulências que pareciam não ter fim, achei que finalmente a calmaria viria para que então Hyunjin começasse a dar seus pequenos passinhos de bebê mais uma vez.

Eu poderia dizer que não imaginava que o comentário de sua vó causaria tanto prejuízo assim, porém seria uma mentira. No mesmo instante que aquelas malditas palavras saíram de sua boca, eu soube que tudo iria desmoronar.

E, de fato, desmoronou.

Hyunjin passou uma semana sem falar com absolutamente ninguém.

Não olhava sequer para minha cara e todas as vezes em que eu tentava me aproximar, ele fugia.

Então quando a sexta-feira chegou, eu decidi desrespeitar todas as regras sobre espaço e fui até sua casa para botar os pingos nos Is.

Eu sabia que ele não estava bem e isso me angustiava, eu literalmente sacrificaria a minha felicidade pela a a dele, então ver Hyunjin naquele estado foi... Doloroso.

Depois de uma longa conversa onde consegui compreender melhor as atitudes do meu namorado comigo, combinamos que teríamos paciência. Perseverança era o que não podia faltar naquele momento.

Alina obrigou Hyunjin a começar a frequentar sessões de psicoterapia pelo menos uma vez por semana com uma psicóloga renomada que ficou a par de toda a situação sobre o distúrbio alimentar de Hyunjin. Fiquei um pouco surpreso, afinal eu não tinha noção de que Alina tinha ciência da anorexia de Hyunjin, porém algumas peças se encaixaram com a descoberta - Como o fato de ela ter mentido sobre Hyunjin estar fora de casa na primeira vez que eu e minha mãe fomos lá.

Acontece que Alina deixava Hyunjin tomar controle da situação, se ele não queria ir em um psicólogo ele não ia e ela respeitava isso pelo simples fato de que a última vez que o obrigou a ir, seu filho foi humilhado publicamente ao ter suas sessões de psicoterapia fofocadas pela escola. Ela não sabia desse último fato, afinal ainda era amiga da psicóloga que havia cometido tal ato, porém sabia da aversão do filho a psicoterapeutas.

Hyunjin comia o mínimo possível e isso me entristecia levemente. Se tornara comum despejar tudo no vaso depois de uma refeição mínima para a sua sobrevivência e isso me preocupava, já faziam algumas semanas e Hyunjin não progredia absolutamente nada comparado ao início da nossa relação de apoio.

Fora isso, ainda havia uma pequena pulga atrás da minha orelha sobre as idas de Hyunjin à psicóloga.

Não havia um motivo em expecifico, porém algo lá no fundo me alertava de que alguma coisa estava muito errada.

- Um suco pelo menos, ok? - sugeri depois de um tempo parados na praça de alimentação do shopping.

Era plena terça feira e não tínhamos ido a aula pela adorável notícia de que a escola estava com uma infestação de baratas.

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