capítulo dezessete

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Eu não havia conseguido pregar os olhos durante a noite

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Eu não havia conseguido pregar os olhos durante a noite.

E não era por causa da música alta, nem pelas batidas na porta de possíveis adolescentes bêbados caindo para os lados, muito menos com os gritos animados que cantavam com fervor a música que tocava.

E sim porque o Lee simplesmente havia me beijado.

Sim, me beijado. Colado a sua boca na minha e fechado os olhos como se fôssemos um casal de namorados comemorando mais um mês de namoro.

Suspirei um pouco aflito, virando o rosto para encarar o rosto adormecido do meu lado. Minho dormia igual uma pedra, havia me beijado, virado para o lado e capotado no sono como se não tivesse feito nada fora do habitual.

Eu estava um pouco assustado, não podia negar. Mas também não podia deixar de comentar sobre o quão estranhamente feliz aquilo me deixou, a forma que fez meu coração bater mais rápido e minhas bochechas esquentarem junto com a boana de borboletas que dançavam pelo meu ventre.

Um misto de emoções tomava conta do meu corpo, fazendo eu me sentir... Vivo?

Pisquei os olhos um pouco atordoado quando os raios solares adentraram o quarto, fazendo com que eu me desse conta de que havia passado a noite em claro, reprisando em meu cérebro o casto beijinho que Minho havia me dado.

Suspirei e levantei da cama, não teria coragem de encarar Minho assim que ele acordasse e por isso tomei como uma boa ideia fugir dali antes que aquilo acontecesse.

Juntei minhas coisas dentro da mochila que eu havia trazido, tudo de maneira silenciosa e extremamente cautelosa antes de partir.

Olhei para Minho antes de sair do quarto, dando um beijinho impulsivo na sua bochechinha antes de ir embora. Talvez Minho acordasse e não se lembrasse de nada e não sei se essa possibilidade me aliviava ou me deixava chateado.

Fiz uma careta ao passar pela sala e me deparar com alguns corpos conhecidos jogados pelo sofá, mesa e até no quintal. Ri baixinho quando reconheci Seungmin, deitado perto da casinha do cachorro abraçado a uma garrafa vazia de vodka.

Caminhei rapidamente pelas ruas silenciosas e vazias, me guiando pelo gps do celular – afinal eu não conhecia a cidade cem por cento ainda. Passei por uma avenida repleta de comércio local durante meu trajeto e acabei prendendo minha atenção em uma pequena confeitaria de cor rosada.

Fazia tanto tempo desde a última vez que eu comi um doce por livre e expontânea vontade.

Era estranho eu sentir vontade de comer algo que possuía uma série de calorias. Mas, mesmo assim, talvez eu voltasse ali mais tarde – quando a confeitaria estivesse aberta.

Suspirei um pouco cansado da minha breve caminhada incomum, enfiando as chaves de casa na porta e adentrando o local quentinho.

— Hyun? — ouvi a voz da minha mãe, me fazendo erguer o olhar e encontrar a figura alta vestida com um robe de seda e um par de pantufas. — Chegou tão cedo, querido...

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