Capítulo 6

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Anna

— Não! Eu me nego a deixar Los Angeles por causa daquele babaca! — Grito a plenos pulmões, é insano Jason me pedir que me afaste, quando o verdadeiro culpado de tudo continuará vivendo numa boa e livremente.

— Anna, você precisa me ouvir. Sei que venho sendo bastante complacente com você nos últimos meses, controlando crises e escândalos. Mas o retorno de Robbie e o que ele fez quando te reencontrou na semana passada ligaram todos os meus alertas. Eu preciso de uma estratégia, uma ajuda da justiça, sei lá. Algo que o impeça de se aproximar de você e também controlar os danos dos seus últimos atos.

— A justiça nunca resolveu nada e além do mais, o que adianta sair por um tempo? Eventualmente terei que voltar e cumprir minha agenda, falta apenas um mês para que eu retorne os trabalhos com os patrocinadores, você sabe bem disso.

— Um mês é tudo que preciso. Por favor, Anna, me dê um voto de confiança. As coisas estão caóticas no escritório nesse tempo em que você resolveu viver como se não houvesse amanhã. — Faço menção de falar, mas ele ergue a mão me impedindo que continue. — E sim, eu sei que tem motivos de sobra para estar desse jeito e que realmente não me importo com o que as pessoas falam, apesar de ser ruim para sua carreira, eu te conheço bem. O que quero que leve em consideração, que lidar com todas essas fofocas e suposições tem me tomada um grande tempo e você não é a única pessoa com a qual trabalho.

— Entendo tudo isso, Jason, mas eu jamais imaginei que você ia querer me mandar para longe, e pior que isso, conversar com um segurança para me acompanhar e contar toda a minha história para ele, isso foi traição!

— Anna, seja racional. Robbie fez uma barbárie com você, sumiu por um tempo, mas ele sabe que está além da justiça nesse caso, nunca imaginei que quando ele voltasse fosse diretamente procurar você. Que ele é capaz de tudo, nós já sabemos, e me desculpe pelo excesso de zelo, mas não vou arriscar novamente.

— Tem que ter outro jeito. Redobre a segurança e me deixe ficar na cidade. Me desculpe, mas me refugiar em sua cidade natal não me parece nada agradável, vou morrer de tédio.

— Não irá morrer de tédio, será uma ótima oportunidade para se reencontrar, vou te mandar alguns materiais de publicidade e roteiros, o tempo passará mais rápido do que imagina.

— Sinto em te desapontar mais uma vez, mas eu não vou. Pode ligar para o tal guarda-costas e dizer que está dispensado. — Digo e me levanto do sofá, na intenção de dar por encerrado esse assunto absurdo.

— Anna, por favor... — Ele começa a argumentar, mas uma confusão vinda da direção da porta principal da casa nos chama atenção. — Mas que merda tá acontecendo? Não são nem dez da manhã! — Profiro irritada.

— Me desculpe Anna, Sr, Jason, mas eu não consegui impedi-lo de entrar. — Greg anuncia, antes que eu veja a cara do convidado indesejado.

— Eu não preciso de permissão para entrar na casa da minha filha! — A voz grossa e o timbre autoritário do meu pai invadem o ambiente, fecho meus olhos com força e massageio minhas têmporas, Jason se levanta e vem ficar ao meu lado, apoiando sua mão em minhas costas.

— Ao que devo a honra da visita de Scott Miller tão cedo em minha residência? — Debocho.

— Bom dia, Scott. — Jason cumprimenta cordialmente estendendo a mão para meu pai, que o olha com desdém e não a pega, deixando meu agente sem graça.

— Não tenho motivos para cumprimentar o cara que está deixando a carreira da minha filha desandar. — Reviro os olhos, esse cara é muito cínico. Jason por sua vez, não tem reação alguma.

NAS GARRAS DO LEÃO - MEU QUERIDO GUARDA-COSTASOnde histórias criam vida. Descubra agora