Capítulo 3

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Sete anos antes...

Minha cabeça dói muito, não sinto direito o movimento da minha perna, minha visão está embaçada

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Minha cabeça dói muito, não sinto direito o movimento da minha perna, minha visão está embaçada...o que houve?
As paredes ao meu redor são todas brancas , tem uma poltrona a frente de onde estou deitada, há um homem sentado nela pelo jeito está dormindo. Ao meu lado vejo um soro entrando nas minhas veias...estou no hospital!

- Sr.Scott veja ela acordou! Oi Jô, como se senti?

Escuto uma voz que não me lembro muito de quem seja, deve ser o Hero. Ainda não consigo abrir muito o olho mais com certeza é.

- Hero?

Minha voz sai rouca meio falhada por conta do cansaço. Percebo o movimento do outro que estava na poltrona , se juntando ao lado do que estava ao meu lado em pé esse tempo todo.

- não Josephine, sou eu Léo!

Escutar o nome dele foi mais angustiante do que ouvir o próprio Hero falando. Me faz lembrar do por que estou aqui , do que me fez atravessar aquela avenida.

- ei eu também tô aqui meu amor, seu pai John.

A voz do meu pai faz com que eu me acalme um pouco. Se o Léo está aqui por que os outros não estão? Cadê a kha. O luca. Cadê meus amigos?!

- pai !

Minha visão se limpa e o rosto do meu querido pai se ilumina na minha frente, o agarro com toda a força que consigo me derramando em lágrimas, me trincando por dentro, me despedaçando por fora, como se arrancando as pétalas de uma rosa.

- shiu tá tudo bem querida...

Com as mãos carinhosas faz pequenas massagens no meu cabelo, que imagino estar imundo de tanto tempo sem lavar.

- eu o magoei pai... magoei a todos...eu sou...uma tola e sem sentimentos!

Em meio aos soluços consigo dizer o que realmente faz sentido.

- não diga isso meu amor, Léo espere eu lá fora por um minuto por favor. Preciso conversar com ela rapidinho.

- ok , qualquer coisa me chama.

Ouço pacientemente a conversinha dos dois e acho melhor o que meu pai fez . Ficar olhando pro Léo só piora as coisas, lembrar dele como se fosse a largada de início do desastre...não ajuda em nada.

- como se sente querida?

Meu pai pergunta carinhoso , puxando uma cadeira ao meu lado pra se sentar. Me deito novamente na maca e faço uma análise de como me sinto.

- morta!

- não se expresse assim, me diz como gostaria de se sentir então.

Penso na fórmula e o resultado dá...

- viva!

Ele parece cansado e triste pela situação. Não quero que sinta pena e sim que pense ser algo normal, pra que ele não sofra por mim.

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