quando vc se vê em uma situação difícil , onde seus pais são mortos a sua frente , e vc tem que passar a morar com sua amiga da escola que por acaso o pai dela é um policial e está disposto a pagar suas despesas até vc completar dezoito anos , o que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Minha cabeça dói muito, não sinto direito o movimento da minha perna, minha visão está embaçada...o que houve? As paredes ao meu redor são todas brancas , tem uma poltrona a frente de onde estou deitada, há um homem sentado nela pelo jeito está dormindo. Ao meu lado vejo um soro entrando nas minhas veias...estou no hospital!
- Sr.Scott veja ela acordou! Oi Jô, como se senti?
Escuto uma voz que não me lembro muito de quem seja, deve ser o Hero. Ainda não consigo abrir muito o olho mais com certeza é.
- Hero?
Minha voz sai rouca meio falhada por conta do cansaço. Percebo o movimento do outro que estava na poltrona , se juntando ao lado do que estava ao meu lado em pé esse tempo todo.
- não Josephine, sou eu Léo!
Escutar o nome dele foi mais angustiante do que ouvir o próprio Hero falando. Me faz lembrar do por que estou aqui , do que me fez atravessar aquela avenida.
- ei eu também tô aqui meu amor, seu pai John.
A voz do meu pai faz com que eu me acalme um pouco. Se o Léo está aqui por que os outros não estão? Cadê a kha. O luca. Cadê meus amigos?!
- pai !
Minha visão se limpa e o rosto do meu querido pai se ilumina na minha frente, o agarro com toda a força que consigo me derramando em lágrimas, me trincando por dentro, me despedaçando por fora, como se arrancando as pétalas de uma rosa.
- shiu tá tudo bem querida...
Com as mãos carinhosas faz pequenas massagens no meu cabelo, que imagino estar imundo de tanto tempo sem lavar.
- eu o magoei pai... magoei a todos...eu sou...uma tola e sem sentimentos!
Em meio aos soluços consigo dizer o que realmente faz sentido.
- não diga isso meu amor, Léo espere eu lá fora por um minuto por favor. Preciso conversar com ela rapidinho.
- ok , qualquer coisa me chama.
Ouço pacientemente a conversinha dos dois e acho melhor o que meu pai fez . Ficar olhando pro Léo só piora as coisas, lembrar dele como se fosse a largada de início do desastre...não ajuda em nada.
- como se sente querida?
Meu pai pergunta carinhoso , puxando uma cadeira ao meu lado pra se sentar. Me deito novamente na maca e faço uma análise de como me sinto.
- morta!
- não se expresse assim, me diz como gostaria de se sentir então.
Penso na fórmula e o resultado dá...
- viva!
Ele parece cansado e triste pela situação. Não quero que sinta pena e sim que pense ser algo normal, pra que ele não sofra por mim.