Gabriella
Por um momento eu achei que ele fosse me bater com nosso filho no colo, por mais que ele não saiba, ele deveria pensa que eu estava com uma criança no colo, não vou negar que fiquei com um medo tremendo, não sabia que ele estava pior do que eu imaginava, e sinceramente comecei a me perguntar o porque de eu voltar, Deco se tornou um monstro, não sei se sou capaz de confiar nele novamente, para cuidar do meu filho.
E eu só voltei por isso, pra ele ser um pai presente na vida do Paulo Henrique, agora já estou na dúvida se foi a melhor coisa a se fazer. Voltei pra casa da Bruna quase correndo com uma imensa vontade de chorar, me tremendo todinho só de lembrar que ele quase me derrubou com o Paulo no colo, entrei na casa da Bruna e ela já me olharam.
Giullia: que isso, você tá pálida, me dá ele aqui, tá tremendo o que houve?- minha respiração estava completamente descontrolada e a Bruna me olhava com uma cara de que "já até sei o que houve".
Gabriella: nossa ele tá tão sla.- respirei fundo segurando pra não chorar.- ele quase me derrubou com o Paulo no colo cara, que monstro que ele se tornou?- Bruna foi pro lado da cozinha, enquanto a giullia me olhava com pena.
Giullia: ele não seria capaz, acho que não...- falou sem graça enquanto tentava acalmar o Paulo que está chorando muito, parece até que está sentindo.
Bruna: amiga, toma um pouco de água!- me entregou o copo e eu bebi.
Gabriella: me dá ele aqui.- me sentei e ela me entrou ele.- liga pro meu pai por favor, não quero ficar mais nenhum minuto aqui nesse morro, se eu soubesse não teria nem voltado, meu filho não merece passar por certas humilhações.- foi eu pegar ele que ele parou de chorar, fiquei olhando pro mesmo só resmungava, coloquei ele deitado no meu colo e dei mamar.
Bruna: não vai ficar aqui por causa dele? Para com isso Gabriella.- a mesma falou indignada.
Gabriella: não dá pra ficar, ele praticamente me expulsou daqui, e eu não vou ficar afrontando, cada um pro seu lado é a melhor coisa que eu faço.- alisei o rosto do meu bebê.- sei nem se quero contar sobre o Paulo mais.- Giulia saiu da sala com o celular no ouvido.
Bruna: aí como eu odeio essa cara, que saco.- ri sem ânimo e a mesma ficou me olhando.- vou aparecer lá todo dia.- sorri sem mostrar o dentes pra ela, que beijou meu rosto.
Gabriella: eu já deveria esperar né?- meu olhos se encheram de água.-nossa como eu sou uma tola.
Bruna: tu gosta dele ainda né safada?- neguei sendo que é tudo mentira.- ele te deixou tão abalada que nem dá pra negar, tu gosta sim, sei que ficou assim pelo Paulo, mas sempre tem um "mas"- fiquei olhando pro Paulo Henrique que sugava meu peito com uma vontade absurda.
Giullia: meu pai falou que já vem!- concordei e fiquei quieta na minha com meu bebê no colo.- que clima chato, mesmo ele longe consegue estragar as coisas.- fechei os olhos e respirei fundo.
Dimenor: chagueeeei, chaguei chegando bagunçado a zorra toda.- cantarolou enquanto entrava em casa.- até que enfim gabizinha, pareceu porra.- sorri pro mesmo, que veio me abraçando, abracei de volta, e esse garoto tem uma energia surreal de boa, foi só chegar que o clima até melhorou.
Giullia: oi amor, dormiu comigo?- ele olhou pra ela fazendo cara pouco caso, e ela riu.- filho da mãe.
Dimenor: e esse moleque aí.- olhou pro Paulo que estava quase dormindo no meu colo.- eita caralho, Deco Júnior?- ficou olhando assustado.
Gabriella: parece comigo, tem nada de traste Júnior aí.- ele riu.
Bruna: amiga nem em como falar que não.- bufei e revirei os olhos.
Dimenor: cadê minha princesa?- olhou pra giullia que apontou pro quarto onde a mesma estava dormindo.- ele já sabe?- olhou pra mim e eu neguei sem olhar pra ele.
Giullia: ta dormindo ali.
Bruna: ela tá querendo não contar.- bocuda, olhei pra ela se cara feia.
Dimenor: ih, concordo com isso aí não, papo de vacilação essa porra, vou ficar bolado contigo papo reto.- olhei pra ele que está de braços cruzados na minha frente.- faz isso não cara, tudo na tua hora, mas esconder isso não é certo.- concordei e abaixei a cabeça.
Ficamos em silencia, Dimenor foi até o quarto onde estava a Lara e a giullia foi atrás, Bruna ficou ali na sala comigo, mas a gente não trocou uma palavra se quer, fiquei admirando meu bebê que dormia feito um anjo, tirei o mesmo do peito, ajeitando a roupa e colocando o mesmo deitado no sofá.
Gabriella: depois daquilo que eu me deparei hoje, tenho medo dele querer tirar o Henrique de mim.- olhei pra Bruna que sentou na minha frente.- tenho certeza pela raiva que ele tá sentindo de mim, imagina quando ele descobrir.
Bruna: é por isso que você tem que contar logo, pra não dá merda, não duvido nada que ele possa fazer isso, ainda mais que você escondeu dele todo esse tempo.- engoli a seco olhando pra ela.- da um jeito de conversar com ele logo, o mais rápido possível antes que cheguei nele primeiro.- passei a mão no rosto e respirei fundo, olhei pro meu bebê,e não consigo me imaginar longe dele, me dá uma medo profundo.
Não demorou muito pro meu pai chegar, Dimenor e ele já foi levando minhas malas pro carro, me despedi da Bruna, em seguida peguei o Paulo Henrique no calo que ainda dormia, quando sai pra entrar no carro meu olhar bateu com o do outro que fumava do outro lado da rua, ele tratou logo de desviar, eu entrei no carro fechando a janela, giullia também veio com a gente já que ela mora na rocinha.
Tikão: vai ficar lá em casa até você ajeitar tua vida aqui, tranquilo?- olhei pra ele pelo retrovisor concordando.
Gabriella: sei nem mas se quero ficar aqui.- ri sem graça e o mesmo ficou me olhando.
Tikão: nem começa com essas suas palhaçadas, você ainda tem que me explica essa história de filho, fez com o dedo?- giullia começou a rir me fazendo rir também.
Gabriella: isso mesmo, sou mãe e pai.- passei a mão na cabeça do Paulo.
Tikão: só não vai me dizer que é filho do...- nem deixei ele terminar de falar, e ele deu partida com o carro.
Gabriella: é dele mesmo.- olhei pela janela.
Tikão: porra tu só me inventa moda em Gabriella, escondeu essa porra, esse tempo todo, tu sabe como ele é, vai ser difícil defender.- dei ombros.- depois não vem chorando pro meu lado, fica de graça mesmo, vou nem dar sermão porque você vai escutar bonito quando o outro descobrir.- encostei a cabeça no banco e respirei fundo.
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NOSSO PROPÓSITO .2 ( CONCLUÍDA )
FanficPara o Deco o amor não existe mais, na sua concepção serviu apenas para-lê trazer decepção, já para Gabriella o amor existe sim, a mesma desfruta do amor mais puro e verdadeiro! E no meio de toda essa confusão, decepção e mágoas, será que ainda exi...