Gabriella
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Maratona 4/5Estou recomeçando a minha vida aos poucos novamente, não voltei pra auto escola, não agora, André me disponibilizou um motorista particular pra mim, não quero mais outra vida, perturbo ele direto tadinho, qualquer coisinha tô chamando ele, mas enfim só felicidade, na minha vida em geral, no meu relacionamento então, que momento gostoso que eu estou vivendo com ele, acho que um dos melhores até agora.
Deco: tu vai passar lá na minha mãe.- concordei tirando a caneta da boca do Henrique, que tentou pegar de volta mas eu não deixei.- ela tá estranha pra caralho, mal me responde, hoje não vai dar pra colar lá contigo, então tenta desenrolar isso pra mim.- concordei e o mesmo acelerou o carro indo em direção a casa da mão dele.
Gabriella: vai pra casa tarde hoje?- ele fez sinal de positivo com a cabeça, ajeitei o Henrique no colo pegando meu celular.- te espero pra dormir?- olhei pra ele.
Deco: pra jantar não, mas pra dormi sim.- passou a mão na minha perna e apertou.- tô cheio de problemas para resolver, descobre o que minha mãe tem que eu te dou um premio.- olhei pra ele toda curiosa quebrando saber o que era né, não por interesse, por ele sempre está me dando algo né.
Gabriella: meu silicone?- eu riu negando e colocou a mão em cima do pau, me fazendo revirar os olhos.- mas isso eu já tenho quase todos os dias.- falei do silicone mas é só zoando mesmo, até porque eu amamento, e não tenho vontade alguma.
Deco: mais tarde a gente se vê então.- parou o carro e eu me inclinei para beija ele, foi coisa rápida por conta do Henrique ciumento.- qualquer parada me liga!- ele deu um beijo no bolinha.
Gabriella: tá bom, beijo.- peguei a mochila do Henrique na parte de trás, pendurei no ombro, segurei ele firme e abri a porta para descer do carro, fechei a porta dando tchau pra ele.- da tchau pro papai filho.- o mesmo deu tchau e eu fui pro portão, André saiu cantando pinel, esperei minha sogra abrir, mas quem saiu foi o Cláudio com uma cara nada boa, nem com a gente falou, não entendi nada, mas entrei, fechei o portão e fui até a sala onde eu soltei o Henrique em seguida fechei a porta.- DONA MÁRCIA.- coloquei a mochila em cima do sofá e tirei alguns brinquedos pro bonito, que só assim sossega o rabo dele.
Márcia: estou indo.- a mesma apareceu na sala com uma feição nada boca, parecia cansada, a mesma se sentou no sofá e ficou me olhando, me sentei também, em seguida verifiquei pra ver se minha benção não estava fazendo bagunça, mas não, o mesmo foi pro lado da vó, todo manhoso.- quero te falar uma coisa mas não sei nem por onde começar, a cerca de um mês atrás descobri que tenho câncer de mama, que se agravou para o fígado.- olhei assustada pra ela.
Gabriella: já conversou com o André, ele já sabe disso?- a mesma negou e começou a chorar, nesse momento só me veio minha mãe na cabeça, o dia que ela me informou, foi um pesadelo, que parece ser repedir com outra pessoa próxima.- mas tem tratamento, você vai fazer não vai?- ele pegou o Henrique no colo, ficou olhando pra ele, em seguida me olhou.
Márcia: o pior eu ainda não te contei.- meu coração já acelerou prevendo o que vinha pela frente.- eu estou em estágio terminal Gabriella, não tem mais volta, descobri tarde de mais.- a mesma beijou o Henrique e começou a chorar muito, respirei fundo e peguei na mão dela.- eu ainda não falei nada pro André por que tenho medo da reação dele, estou te contado primeiro para que me ajude a arrumar uma maneira para falar, até então eu era a única família dele, mas agora ele tem a vocês e eu peço que você cuide dele por mim, ele vai sentir muito, eu tenho certeza, e eu preciso que você seja forte por ele, não deixa que ele faça nenhuma besteira, eu estou com tanto medo.- abracei a mesma, sentindo ela soluçar, minhas lágrimas já desciam sem minha permissão.
Gabriella: eu estou com você, com ele também independente de tudo.- passei a mão no cabelo dela alisando.- você ainda tem quanto tempo?
Márcia: eu tenho meses filha, a médica me deu no máximo 3 meses de vida.- engoli a seco, me segurando pra não ficar chorando na frente dela, que mais que ninguém precisado do meu apoio agora.- ele não vai aceitar fácil, se nem o Cláudio aceitou, eu não queria que isso estivesse acontecendo, ou então queria ter descobrindo mais cedo, sei muito bem que meu filho já esta bem grandinho e criado, mas eu não queria deixar ele agora, queria ver meu neto crescer.- por incrível que pareça Henrique está quietinho no colo dela, parece até que está sentindo.
Gabriella: quando você pretende contar pra ele?- ela desviou o olhar e respirou fundo, agora olhando bem da pra ver o quanto ela está abatida, acho que depois da descoberta, as coisas pioram.- bom, o que você acha da gente vir almoçar aqui amanhã?- a mesma me olhou, e passou a mão no rosto secando as lágrimas.
Márcia: pode ser então.- me olhou sorrindo sem mostrar os dentes, e nosso o clima ficou muito pesado, tudo muito triste, uma situação péssima, imagina pra ela que sabe que pode morrer a qualquer momento, é um pesadelo, eu nem quero imaginar como o André vai ficar, espero que ele não reaja mal, para tar aqui e apoiar a mãe dele, já passei Elena mesma situação que ele é sei o quanto é difícil, toa triste saber que hoje ela tá aqui, mas amanhã já não pode estar, sei que isso pode acontecer com qualquer um, mas com uma pessoa em estágio terminal é bem mais triste, porque a gente já sofre antecipadamente.
Passei o resto do dia com ela, quando deu uma 22:00 decidi ir pra casa, a mesma não quis ir dormi lá então eu pedi para que ela me ligasse qualquer coisa, fui pra casa com o coração na mão, sem saber com que cara eu vou olhar pro André, vou fazer de tudo para dormir antes que ele chegue, perdi até meu apetite. Cheguei em casa já dando um banho no baby, dei mamar, depois coloquei ele para dormir, já eu estava sem sono, nenhum com a cabeça a mil. Ouvi quando o André chegou, me encolhi todinha na cama, fechando os olhos para dormir, não demorou muito para que eu sentisse a presença dele no quarto, o mesmo me beijou e saiu de perto,respirei fundo fechando os olhos para tentar dormir, mas não estava rolando de jeito nenhum, André demorou muito pra subir, mas quando deitou do meu lado, estava muito cheiro, me abraçou e beijou meu pescoço, fingi estar dormindo mas ele percebeu que não.
Deco: tá acordada amor?- ele enfiou a cara na minha e eu abri os olhos, me aproximei mais abraçando o mesmo.- porra, que saudade em.- ri sem graça e peguei no rosto dele beijando o mesmo.
Gabriella: eu te amo muito, muito.-deu um sequência de selinho, em seguida fiz carinho nele que abriu um sorriso lindo pra mim.- vou sempre estar aqui para tudo que precisar, sempre, sempre, prometo nunca lagar sua mão.
Deco: eu também te amo minha deusa.- continuei fazendo carinho nele.- perdeu o sono?-neguei e abracei ele para dormir bem coladinhos.
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Caso alguém queira entra no grupo, me chama ou então comenta aqui, que eu mando o link. 🌈
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NOSSO PROPÓSITO .2 ( CONCLUÍDA )
FanficPara o Deco o amor não existe mais, na sua concepção serviu apenas para-lê trazer decepção, já para Gabriella o amor existe sim, a mesma desfruta do amor mais puro e verdadeiro! E no meio de toda essa confusão, decepção e mágoas, será que ainda exi...