CAPÍTULO 81

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Gabriella
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Chorei tanto de baixo do chuveiro que meus olhos chegam estar inchados, sai do banheiro enrolada na toalha, coloquei uma calcinha e um vestido soltinho, amarrei o cabelo, em seguida comecei a passar hidratante no corpo. Ouvi baterem na porta e gritei para que a pessoa entrasse, e era meu pai.

Gabriella: cadê meu filho?- o mesmo deu ombros e eu fiquei olhando pra ele que veio até mim sentando na cama.- tu deixou ele sozinho lá em baixo? Ele vai quebrar a casa em.- terminei de passar o hidratante em uma perna e fui para outra.

Tikão: ele dormiu maluca, vim te chamar pra gente comer, tu não comeu nada desde que chegou, subiu e nunca mais desceu, então tive que vir atrás.- ri sem mostras os dentes pro mesmo, terminei de passar o hidrante e fechei o mesmo.- bora?

Gabriella: pai, eu não estou com fome não, tô cansada só queria dormir um pouquinho.- na verdade eu só queria fugir mesmo de qualquer tipo de conversa sobre o que vem acontecendo, meu pai ficou me olhando, e depois se levantou saindo do quarto. Voltou com o Henrique, colocou ele na cama, depois saiu novamente, eu me deitei do lado dele sentido os olhos pesar novamente, a vontade de chorar vir, só reparei fundo e engoli a seco, ouvindo a porta do quarto se abrir novamente.

Tikão: pode levantando Gabriella, aqui o pra tu comer.- olhei pra trás, sequei rápido a lágrima que escorreu e me sentei na cama vendo que o mesmo estava com uma bandeja grande cheia de coisas em cima, ele colocou em cima da cama e eu olhei pro mesmo, super sem graça, por eu realmente está sem fome alguma, só queria me desidratar mesmo.- come nem que seja só um pouco, não vai deixar de comer porque tá sofrendo aí pelo término, não do três dias pra ele tá aqui na porta te pedindo pra volta.

Gabriella: é mas dessa vez vai ser diferente, não sou nenhum objeto que ele acha, que vai descarta e me pegar de volta a qualquer momento.- ele ficou me olhando e não falou nada, sabe muito bem a filha trouxa que ele criou.- e se eu cair nas graças você me dá três tapão na cara, pra eu tomar vergonha.- o mesmo riu negando com a cabeça. Eu peguei um Danone que tinha ali e comecei a comer, ele também porque eu falei.

Tikão: vamos conversar, quero te ouvir!- neguei com a cabeça, tomando todo o Danone, depois peguei a metade do misto, e comecei a comer.- por que não? tu guardar pra tu não vai adiantar nada, fala pro papai princesa.- ele passou a mão no meu rosto e eu ri da maneira que ele falou, o mesmo abriu um sorriso também, é isso me lembrou os tempos que minha mãe ainda era viva, quando cai, ou me machucava por algo, eles era um mimo que só comigo.

Gabriella: aí pai, eu estou tão triste, muito mesmo, pela morte da minha sogra, pelo jeito que o André está me tratando, me pedindo pra se afastar dele, sendo que tudo que eu mais precisava nesse momento era dele do meu lado, tô com uma ardência no peito, com um medo tão grande de que algo aconteça com ele.- foi inevitável não chorar, abaixei meu olhar respeitando fundo.- ele está tão vulnerável, tenho muito medo de que alguém na maldade possa fazer algo com ele, ou até ele mesmos com isso de ficar se drogando, e se algo acontecer eu vou me sentir tão culpada, mesmo sabendo que a culpa não é minha, eu queria ajudar ele de alguma forma, só que ele não deixa. Fora o peso da morte da minha sogra que recai sobre mim, e acho que no fundo ele me culpa por isso, em um dia cheguei em casa avisando a ele que ela estava bem, no outro já falei que estava morta, mas eu não tenho culpa de nada, se eu pudesse fazer algo, eu juro que tentaria.- olhei pra ele chorando muito já, coloquei o pedacinho de pão que tinha sobrado na minha mão em cima da bandeja, e ele se aproximou me abraçando.

Tikão: você não tem culpa de nada meu amor, ele só tá tentando achar um culpado, e você foi a pessoa mais fácil pra ele "atacar" no momento, ele não tá sabendo lidar com a morte da mãe.- abracei o mesmo forte, deitando minha cabeça no peito dele.- não quero você se culpado por isso tá ouvindo?- eu concordei com a cabeça.

Gabriella: queria que as coisas fossem tão diferentes, por um lado eu entendo ele por já ter passado pelo que ele esta passando, sei o quanto dói, quando mais quando a gente se vê sem ninguém do lado, mas eu estava ali pra ele, isso que eu não entendo, pai ele não fez questão de que eu ficasse hoje, só me pediu para ir embora, com o argumento de que é melhor pra mim, mal sabe ele que mesmo longe eu vou ficar cada vez mais preocupada, e que o melhor pra mim e ver ele bem, não desse jeito que ele se encontra.- ele beijou o topo da minha cabeça me apertando mais conta, o mesmo.- minha preocupação não é nem que ele vá voltar pra mi ou não, eu só quero que ele fique bem, mesmo não estando comigo, prefiro mil vezes ver ele galinhando por aí, do que assim.- sequei as lágrimas do rosto com a mão respirando fundo

Tikão: é minha filha, nem eu tô entendendo ele, agora você me falando essa coisa, fica mais difícil de entender, logo ele tão cabeça se deixar abalar dessa forma, mas amanhã eu vou ter um lero com ele, uma hora ele vai ter que reagir, não vai ficar assim pra sempre.- tentei me se afastar dele mas ele não deixou.- não, fica aqui no colo do papai, que o hoje o papai vai ter dar carinho.- ri, mas em seguida cai no choro novamente.

Gabriella: você é demais, obrigado papai.- sequei o rosto novamente, e o mesmo se apoiou na cabeceira da cama.- o que você fez com minha casa?- olhei pra ele, que fez careta.

Tikão: nem vem que tu vai ficar aqui, a casa lá tá alugada, e mesmo se não tivesse tu ia ficar aqui, depois que a outra lá foi embora, fico sozinho aqui .- neguei com a cabeça e ri sem mostrar os dentes da cara que o mesmo fez, muito sem vergonha cara.- te falei que eu tô pegando aquela amiga dela lá?

Gabriella: a Mayara?- ele concordou.- não mas eu já tinha descoberto já, teve um dia que você deixou o celular lá em casa e eu atendi, quando fui ver era ela te chamando de amor, a cara nem arde né, ela ainda se diz amiga, muita sacanagem por mais que ela tenho ficado uma chata, não concordo com o que você fizeram.

Tikão: passado pô, agora o papai tá solteiro de novo.- fiz careta olhando pra ele.- ih qual foi, tô benzão ainda, no auge dos meus 49 anos, tu acha que as novinha não cai matando.- neguei com a cabeça e passei a mão no rosto.

Gabriella: toma vergonha na cara pai, eu hein.- o mesmo riu e eu me ajeitei na cama, me apoiando nele.- vai comer isso tudo aí que tu colocou, olha o tanto de coisa, tu é doido né.- puxei a badeja pra próximo da gente.

Tikão: deixa o mine deco acordar pra ver se ele não come tudo.- sorri sem graça e o mesmo percebeu.- caraca esqueci mane, foi mal.- falou rindo e eu neguei com a cabeça.

Gabriella: ele é um monstrinho mesmo.- olhei pra ele que já estava virado de cara pra gente, passei a mão no cabeça dele de leve alisando e respirei fundo.- carreguei nove meses na barriga, pra vir a cara do pai, que injustiça.- meu pai riu de uma forma engraçada me fazendo rir também. Ficamos ali até que a giullia chegou de surpresa com a Lara, Henrique acordou e foi uma bagunça que só, meu país teve que sair e eu percebi que o mesmo que chamou a Giullia para que eu não ficasse sozinha, e foi bom, ela trouxeram outra astral, bom até pro Henrique, não gosto de ficar chorando na frente dele.

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