CAPÍTULO 113

1.6K 110 57
                                    

                                      Gabriella
                                      ( + 20 )

Deco me empurrou pra fora no meio daquela multidão de homens, quando o bicudo apareceu entre eles eu até fiquei mais tranquila, digamos assim, mas ainda sim muito nervosa sem entender nada, até porque todos estavam com a mesma roupa, tipo uniformizados.

Bicudo: bora que o helicóptero já está à espera de vocês.- fomos na direção da quadra atrás da casa, e a cada parte que a gente passava tinha mais homens, tudo muito bem armado, como se estivessem preparados para uma guerra, entramos na quadra onde tinha um helicóptero todo preto, não falei nada por estar sentindo muito medo, apenas observei, um dos homens abriu a porta, e o Deco logo que fez entra, sentei deixando as bolsa no chão esperando que o mesmo entrasse mas não foi isso que aconteceu.

Gabriella: você não vem?- o mesmo não falou nada apenas me entregou nosso filho, e antes que ele saísse eu segurei firme na camisa dele.- você tá maluco? você vai com a gente!- olhei firme pro mesmo que me encarou da mesma maneira, do lado de fora os meninos já estavam todos agitando, pedindo para que o helicóptero saísse logo.

Deco: solta Gabriella, não complica cara, esse é meu mundo pô, tu quer que eu faça o que, fuja?- sem pensar duas vezes eu concordei com a cabeça sem soltar ele.- não é assim amor, me solta que mais tarde a gente se encontra.- neguei com a cabeça sem soltar ele.- amor olha só não quero ser grosso contigo, não é hora e nem lugar, vocês precisam ir, pelo nosso moleque cara, pensa nele.- o mesmo passou a mão no meu rosto e eu engoli a seco, sentindo uma sensação horrível.

Gabriella: você me promete que vai voltar, voltar pra casa bem sem nenhum arranhão?- fiquei encarando o mesmo que não falou absolutamente nada.- eu não quero te deixar aqui, por favor vem com a gente, pensa você nosso filho, eu te imploro, vem por favor!- senti meus olhos lacrimejarem, o mesmo me olhava firme sem deixar o olhar escapar, até que começou o tiroteio fazendo o mesmo olhar pra trás.

Bicudo: BORA PORRA VOCÊS TEM QUE SAIR DAQUI AGORA, ZÉ LIGA O MOTOR.- deu dois tapas forte na janela do helicóptero e o piloto fez o que ele pediu, eu ainda segurava o Deco, mas quando eu vi o mesmo já tinha tirado minha mão de sua blusa na marra.

Deco: eu te prometo que volto, ficar tranquila, eu amo vocês!- o mesmo fechou a porta rápido sem me deixar responder, neguei com a cabeça, mordendo o lábio forte com muita raiva, bati o pé no chão, em seguida ajeitei o henrique no colo, quando olhei de volta, Deco já tinha sumido e o helicóptero subia no meio daquele barulho de tiro, o pilote me falou para colocar os fones, mas eu estava me tremendo tanto que mal conseguia segurar meu filho no colo, com muita raiva e medo de que algo pudesse acontecer, segurei firme no meu bebê quando vi que já estávamos no ar, graças a Deus não tinha nos acontecido nada, saímos ilesos, mas ainda não tínhamos chegado em casa. No caminho firmei não minha cabeça a positividade, de que vai dar tudo certo, e por isso não vou chorar.

foi coisa rápido para chegarmos e o tal do Zé pousou o helicóptero na quadra do morro do Deco, onde tinha muitos homens também, assim que firmamos no chão o Dimenor abriu a porta, seguido do meu pai, os dois estavam fortemente armados, tudo só me dava mais certeza que tinha algo de muito errado acontecendo, que tinha muita merda por trás disso.

Dimenor: cadê ele? Porra não é possível esse filho da puta tá de sacanagem, eu falei pra ele não ficar, porque ele não veio com você, caralho o deco que foder com o bagulho tudo.- se mostrou revoltado, e me deixou mais nervosa ainda, meu pai pegou o henrique do meu colo, e o meninos pegaram as coisa de dentro do helicóptero.- vamos, preciso focar em vocês, pra te deixar tranquila o foco tá lá, aqui vocês tá suave.- encostou no meu ombro

Gabriella: você só me deixou mais nervosa.- falei sem graça enquanto eles nos tiravam da quadra e o helicóptero ia sumindo de nossas vistas. tudo deserto, muito difícil ver esse morro assim, eu não queria chorar, mas tava difícil, o desespero do Dimenor só me deixou muito mais preocupada, meu pai parecia estar tranquilo, mas acho que era para não passar uma energia ruim pro henrique, que estava acordando em seus braços.- eu sei que o momento não é nada favorável, mas quero te pedir desculpas por todas as coisas que falei pra você da maneira que agi, e pela demoro, tô muito nervosa e com muito medo também, mas com vocês do meu lado fico um pouco mais tranquila.- sorri sem mostrar os dentes complementar sem graça.

Dimenor: se liga nisso não pô, tá suave.- me deu um beijo na lateral da minha cabeça, em seguida me fez entrar no carro do meu pai.

Nós fomos até a casa do Deco, onde eu e ele morávamos, enfim estava todo mundo muito agitado, meu pai tentando distrair o henrique de todas as formas que toda hora chamava pelo pai, o que também estava me deixando agoniada sem notícias nenhuma, já estava começando a entrar em desespero mesmo, não era nem mais nervosa, mas eu estava me segurando o máximo, eu tenho que saber lidar mais com essas coisas, ficar mais tranquila, até pelo meu filho, e por saber que todos a minha volta, faz parte disso.

Tikão: vai tomar um banho meu amor, vocês precisam descasar.- eu estava em pé de frente pra bancada, onde apoiava meu cotovelos, com a cabeça baixa, o mesmo passou as mão pela minha costas, e eu respirei fundo, levantei a cabeça olhando pra ele, nesse momento só estávamos nós três ali, meu pai passou a mão pelos meus cabelos, e o henrique sorriu.

Gabriella: tô com muito medo.- falei mais pra mim do que pra ele, mas o mesmo entendeu, por tanto que me abraçou, apertei o mesmo no abraço, que me passou um pouco de "tranquilidade" digamos assim, minha cabeça só rodava o Deco e toda a confusão que ele deve estar metido agora.

Horas e horas foram se passando e ninguém me dava notícias, nada, no relógio já marcava meia noite e nós saímos de lá por volta de 18:20 da noite, muitas horas e nada, henrique já dormiu faz tempo, mas eu nem consegui se quer comer, tomei meu banho e me deitei com o pimpolho na sala, meu pai teve que sair, pelo que eu entendi era pra mandar reforços porque o Deco pediu, pelo menos sei que o mesmo tá vivo, ao menos isso, mas também sei que lá não tá nada fácil. Minha cabeça tá quase explodindo de tanta dor, alisei a cabeça do meu bebê, tentando ficar bem, não cair em grise, passei a mão pelo meu cabelo, em seguida me levantei, indo tomar dois calmantes, depois voltei pro sofá pegando o celular, que vibrou me revelando a dela de bloqueio onde tinha uma foto minha e do Deco, uma das únicas que ele me deixou tirar.

NOSSO PROPÓSITO .2 ( CONCLUÍDA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora