CAPÍTULO 44

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                                       Deco
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Hoje é dia de pagode, cervejinha gelada, sextou! Sol dando moca de verdade, dei uma ronda no morro logo cedo, mandei fechar, já que não vou estar por de frente por hoje, então achei melhor. Já estava ajeitando tudo pra partir pra casa quando me entra uma mulher desesperada na salinha nem entendi, só vi o Dimenor meio desnorteado atrás dela.

Dimenor: foi mal, me deu um perdido que eu nem vi.- olhei pra mulher, que estava chorando pra caralho, em seguida olhei pro Dimenor pra ver se ele explicava, mas a mesma abriu a boca.

xxx: me desculpa invadir assim sua sala, e que eu realmente preciso falar diretamente com você, eu me chamo Diana, tenho um filho de 10 anos, que se chama João Lucas, de uns dia pra cá percebi o mesmo, bem estranho e hoje descobri que ele está trabalhando pro senhor, eu vim aqui te suplicar para que peça pra ele sair, já que ele não quer me ouvir por nada, eu não sei mais o que fazer.

Deco: você tem certeza que ele tá aqui? trabalhando pra mim.- tentei me recordar de algum menor com o nome dele mas não me vinha nenhum na cabeça.- tá liga em quem seja Dimenor?- o mesmo concordou.

Dimenor: ele desenrolou comigo pô, falou da situação deles.- neguei com a cabeça, bagulho é que eu virei pai e fiquei meio careta, não aceito ninguém que seja menor de 15 anos trabalhando pra mim, 10 anos pra mim ainda é um bebê.

Deco: não, não chama ele aqui pra gente resolver isso, manda o papo que a mãe dele tá aqui também.- o mesmo concordou e saiu.- se acalma minha senhora que eu vou trocar um lero maneiro com ele, pode ficar tranquila.

Diana: obrigado meu filho!- dei uma cadeira pra mesma sentar, não demorou muito pro Dimenor me passar o rádio avisando que o moleque não queria descer da laje que estava, respirei fundo vendo a mulher chorar mais ainda.- por favor não deixa ele lá, ele é apenas uma criança.

Deco: vou botar um terror nele, tá suave? Ele nunca mais vai te desrespeitar na vida, tô liberado?- ela concordou e eu sai, montei na moto e desci na direção da principal, parei a moto na frente da casa que os fogueteiros ficam na laje, Dimenor quando me viu já veio pro meu lado.- cadê ele? Tá lá em cima?

Dimenor: tá mermo, João Lucas o nome dele.- concordei e me bateu preguiça de subir as escadas então preferi gritar ele.

Deco: JOÃO LUCAS.- dois menor colocou a cara olhei pro Dimenor pra ver se era ele, e o mesmo negou.- TU NÃO VAI ME FAZER SUBIR NESSE CARALHO NÃO NE?- respirei fundo e ouvir uns menor falar com ele "é o patroa, acho melhor tu ir", mas mesmo assim o pestinha não desceu mane, subi no ódio, quando cheguei na laje tinha 4 menor ali.- quem é João Lucas?- ninguém falou nada e eu fui me aproximando.

Zé: ninguém tá fazendo nada de errado aqui não patrão, só estamos trabalhando.- o Zé eu já tava ligado em quem era, porque foi comigo que ele falou quando entrou, esse tem 16, novinho também, mas sagaz pra caralho.

Deco: primeiro que aqui só tem posto pra dois, não sei pra que quatro aqui em cima, agora falem logo quem é João porra.- ninguém falou nada, então eu tirei a pistola da cintura e atirei pro alto assustando ele.- tão achando que eu tô brincando nesse caralho, vão falar por bem, ou por mal.- rapidinho um deles levantou a mão.

JL: sou eu, mas eu não fiz nada de errado não.- guardei a pistola, travei a mesma antes é claro, em seguida apontei pra escada indicando que era pra ele descer.- tô trabalhando posso não.- insistiu.

Deco: porra não é possível, pode descendo quem não estiver de serviço quero só dois aqui em cima.- fui até o João puxando o mesmo pela orelha, minha paciência já tinha ido pro caralho, ele começou a chorar, falando que tava doendo, mas só soltei quando a gente chegou lá em baixo.- quando eu falo é pra obedecer nessa porra, a tua mãe principalmente, não te quero mais em cima daquela laje tá ouvindo, se eu te pegar vai levar um coça!- ele me olhava todo assustando.

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