CAPITULO 5

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                                Gabriella

Só estresse, a vontade de volta pra salvador só aumenta, meu pai me recepcionou da melhor forma, me deixou a vontade como se a casa fosse minha, agora a Priscila, fez pouco caso e eu ainda reparei ela cochichando algo pro meu pai, sabia muito bem que era sobre mim, mas relevei até porque estou dentro da casa deles né, não posso falar nada, pra não atrapalhar vou ficar o máximo possível dentro do quarto com meu filho, tratar de arrumar uma pessoa de confiança pra eu voltar a trabalhar e conseguir alugar uma casa por aqui, ou até mesmo juntar dinheiro para volta pra salvador, não quero mais depender de ninguém, isso só piora as coisas.

Deixei o Paulo dormindo na cama, fiz um cercado de travesseiros e fui tomar um banho rápido, nem lavei o cabelo, já que eu fiquei com medo do Paulo acordar, coloquei um pijama, me deitei do lado dele dormindo juntinho, o cansaço tomou conta de mim, por tanto que dormi rapidinho.

Acordei e o quarto já estava todo escuro, revelando que a noite chegou, passei a mão pela cama e não senti o Henrique já levantei desesperada, olhei pelo chão achando que ele tinha caído, porém não tinha nada, sai do quarto e fui até a sala vendo meu pai com o mesmo no colo, respiração deu até uma aliviada.

Gabriella: meu Deus pai, que susto.- o mesmo me olhou rindo.- quando foi que tu pegou ele lá que eu não vi.

Tikão: cheguei já faz um tempo, fui olhar lá e ele estava acordado brincando sozinho na cama, aí decidi pegar ele pra você dormir mais um pouco.- fui até ele deixando um beijo em seu rosto.- moleque é a cara do pai, puta que pariu.- revirei os olhos, chatice.

Gabriella: ele deve estar com fome.- meu pai negou .- deu o que pra ele?

Tikão: dei uma papinha que eu mandei comprar antes de vocês chegar, comeu tudo tá.- estranhei porque comigo ele sempre cospe.- aqui!- me mostrou o frasquinho com a colher vazio.

Gabriella: que safado, comigo ele cospe.- parei na frente deles é o Paulo estava limpinho, nem parecia que tinha comido algo.- hum, vovô tem jeito com criança então.

Tikão: Lara foi minha cobaia para isso.- riu.- vai comer alguma coisa, ele tá tranquilo aqui comigo.- concordei e fui até a cozinha vendo que tinha comida no fogão, coloquei no prato pra mim, peguei um pouco de suco e fui até sala comer perto deles.

Gabriella: Priscila não gostou muito da minha hospedagem aqui né.- falei sem graça e coloquei a comida na boca.

Tikão: se preocupa com ela não, que o problema não é contigo, é comigo mesmo!- respirou fundo e eu prestei atenção da tv onde passava o jogo do Vasco. Terminei de comer, lavei tudo que sujei e mais algumas louças que tinha ali, depois fui escovar os dentes em seguida voltando pra sala.- vou precisar da uma saída, que algo da rua?- neguei e ele me entregou o meu pequeno, me dando um beijo na testa em seguida.

Ficou só eu e Henrique ali na sala vendo o jogo, minutos depois a Priscila chegou com uma amiga, nem boa noite me deu, ao contrário da amiga que foi super gentil comigo, até com meu filho falou.

Priscila: vamos logo Mayara.- a mesma sorriu pra mim e foi até a Priscila que me olhava de cara feia, tô aqui tentando lembrar o que foi que eu fiz pra essa mulher, eu não me lembro, mulher louca eu hein.

Gabriella: mamãe vai ter que lidar com cada coisa filho.- respirei fundo.- vou arrumar um trabalho pra termos a nossa casinha tá bom? só eu e você como sempre foi!- distribui beijos pelo rosto do mesmo que se acabou de tanto rir, meu pontinho de paz.

Tratei logo de subir com ele, liguei a tv do quarto, peguei os brinquedos dele, coloquei na cama e ele ficou de boa, só faz bagunça quando quer, coloquei em um filme qualquer, mas eu estava morrendo de sono ainda, toda hora cochilava, mas enquanto o Paulo não dormiu, eu também não pude dormir né, demorou bastante até que mesmo grudasse no meu meu peito e dormisse com os mesmo na boca, quando ele parou de mamar eu tirei, e o mesmo de imediato arrotou, ajeitei ele na cama , em seguida desliguei a tv para dormir.

Por incrível que pareça Paulo Henrique dormiu a noite toda, mas também me acordou as 8:00 da manhã, resmungando com fome, pendurei ele no peito e o bixinho pixou com tanta força que acho até que machucou, em seguida ele arrotou, dei um banho nele, enchi de talco como de costume, escovei que os dentes, depois tirei a roupa de dormi, desci, meu pai já estava na mesa com a Priscila tomando café, enquanto tinha uma moça na cozinha fazendo as coisas.

Gabriella: bom dia gente!- dei um beijo no meu pai e sentei ao lado dele já que a Priscila estava do outro lado, a mesma abriu um sorriso amarelo pra mim, só meu pai me respondeu.

Tikão: vou dar um rolê com ele hoje jae?- olhei pra ele meia receosa, mas não neguei.- fica suave que o Deco não tá pelo morro não.- peguei um pedaço de laranja e coloquei no prato, não sei como aconteceu mas quando eu fui ver o Paulo já tinha derrubado uma jarra de suco pro lado da Priscila, que ficou puta, me olhou como se fosse me matar.

Gabriella: meu Deus, me desculpa.- eu ia me levantar parar ajudá-la só que meu pai colocou a mão na minha frente.

Tikão: ela sabe se limpar sozinha não é Priscila.- a mesma nem olhou pra gente, só saiu.- não esquenta não, depois eu me resolvo.- A moça que estava na cozinha veio limpar o chão, perguntei até se ela queria ajuda mas a mesma disse que não, comi o bolo e logo tratei de sair da mesa com o Paulo.

Gabriella: mamãe eu tô muito bagunceiro, mamãe.- o mesmo se debatia no meu colo, se divertindo e eu comecei a rir.

Tikão: me dá ele aqui, vamo pegar uma vitamina D nesse bilau.- ele foi todo, todo tá. Aproveitei que eles saíram pra tomar um banho decente, lavei o cabelo, coloquei uma roupa bonitinha, fiz uma make leve só com corretivo e gloss, passei até perfume pra ficar em casa, quando fui olhar a hora já ia dar meio dia, e o sol já estava ficando muito quente pro Henrique, liguei pro meu pai e o mesmo não atendeu, deixei um monte de mensagem pedindo pra eles voltarem que eu já estava morrendo de saudades do meu pequeno.

Meu pai me respondeu pedindo pra que eu ficasse tranquila que daqui a pouco eles estaria aqui, não sem como o Paulo ainda não abriu o berreiro de fome, tô quase indo atrás deles, ficar sozinha é muito chato. Olhei pro relógio e batia 12:30 certinho, bateram na porta e eu fui na toda achando que ela eles, mas não era a Bruna, giullia e Lara.

Gabriella: oi dinda.- estiquei os braços pra Lara que demorou um pouco, mais veio.- qual a boa?- falei zoando enquanto cumprimentava elas, que entraram e eu fechei a porta.

Giullia: cadê o bolinha?- se referiu ao Paulo.

Gabriella: foi passear com nosso pai, deve tá vindo por aí.- me sentei com a Lara e distribui beijos no pescoço da mesma que riu.

Bruna: a boa é o bailão de amanhã.- olhei pra ela fazendo careta.- nem começa, tu vai!

Gabriella: agora eu tenho filho esqueceu, não é assim não, não tenho nem com quem deixar ele.- arrumei logo um pretexto.

Giullia: que desculpa mais esfarrapada, pode deixar ele com a baba da Lara.- olhei pra ela fazendo careta.- ela tem duas de confiança, só chamar as duas.

Bruna: pronto, você vai!- neguei com a cabeça.

Gabriella: é aqui na rocinha? se for aqui eu vou.- ela se entre olharam e eu já percebi tudo.- não vou pra lá mesma, o outro vai achar que é por causa dele, porque o mundo só gira em torno dele né, não vou mesmo!- Bruna revirou os olhos enquanto a giullia ria e eu negava.

Bruna: por favor amiga, quanto tempo que tu não sai?- fiquei olhando pra ela.- para de graça ele nem vai te ver, vai tá tudo escuro, vai dar bom, até pra arrumar alguém e tirar esse atraso.- agora foi minha vez de revirar os olhos.

Gabriella: cada a alicia?-mudei de assunto.

Bruna: escola...- as meninas passam quase a tarde toda ali tentando me convencer, meu pai voltou falando só trouxe ele de volta porque já estava reclamando querendo comer, Lara quando viu ele ficou toda acessa, ele pegou ela é saiu sem nem falar com a giullia que minutos depois começou a ligar pra ele e eu morrendo de rir da cara de desespero dela, pelo fato do meu pai dar tudo que essas crianças pede, sempre volta com a Lara suja de sorvete.

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