NOSSO PROPÓSITO .2 ( CONCLUÍDA )

CAPÍTULO 82

                                    Deco
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Fiz 5 carreirinhas de pó branco e mandei tudo pra dentro, já acordo assim pra ver se minhas realidade some, que o que venho fazendo ultimamente para me manter de pé, me liberta dessa pressão, a dor fodida que me persegue. Tô com o corpo todo dolorido pelo tombo que tomei ontem na escada quando cheguei do cassino, ontem só me fodi, perdi a porra do dinheiro todo, ainda cai da escada só prejuízo. Olhei pro lado procurando a ceda e minha maconha, só depois de um tempo fui ver a mesma em da mesa perto da cozinha, me levantei sentindo o corpo estremecer provavelmente por falar de me alimentar direito, me firmei no chão vendo o tanto de vidro que tinha espalhado no chão, logo me veio as cenas de ontem na cabeça, as alucinações, eu tava vendo minha mãe ali na minha frente, me pedindo pra parar, mas eu vou parar o que se já está tudo fodido mermo. Destruí tudo que restou novamente, sendo que ontem mesmo tinha vindo uma tia aqui limpar a casa. Respirei fundo e dei meu primeiro passo, sentindo minha perna falhar, perdi o equilíbrio, tentei até me segurar no sofá mas não deu, só senti minha perna queimar.

Deco: CARALHO, VAI TOMAR NO CU.- chutei a mesa na minha frente vendo a mesma cair, olhei pra minha perna e tinha um pedaço de vidro grande pra caralho pendurado na mesma, tudo errado nessa porra.

Bicudo: qual foi mano, tu quer ajuda?- chegou no nada me assustando, olhei pra ele mais puto ainda e me apoiei no sofá para se levanta, minha perna doeu mais ainda, o sangue chega pingava no chão.

Deco: quero que tu traga pra mim dois lanças e 4 pó de cinquenta.- fui andando até a mesa onde tava a ceda e à maconha apertei dois logo, a dor foi ficando cada vez mais chata, sangue tava esfriando, chega tava dando uma tontura do caralho, maluquice mermo.- vai ficar aí me olhando? vai lá porra tô mandando.

Bicudo: com todo respeito a você, mas antes de teu funcionário eu sou teu amigo e não vou ajudar você acabar com a tua vida não, daqui a pouco tu, tá viciado aí porra, já não basta ter deixado tua família de mão, tu quer se viciar nessa merda também, acordo Deco, tu só tá fazendo merda caralho.- acendi o primeiro cigarro e dei as costas pra ele indo pro banheiro, tirar o vidro da minha perna, bicudo veio atrás tonteando, chato pra caralho.- tô falando pro teu bem, tu sabe que é meu irmão pô, não vou admitir tu se alto sabotar desse jeito não, e se tu não parar eu vou ter que apelar pro comando pô.- olhei pra ele pronto pra acerta um soco nele, mas senti visão forçar turva, sentei no vaso com a tampa fechada e passei a mão na cabeça, tirando o cigarro da boca em seguida.

Deco: some daqui seu filho da puta, irmão e o caralho.- fechei o olhos respirando fundo e quando abri ele já não estava mais ali, marquei um tempo sentando, depois me levantei, rasguei a calça que eu estava, liguei o chuveiro e coloquei minha perna em baixo, sem pensar duas vezes puxei o vidro a segue frio mesmo, fui no inferno e voltei, do caralho mermo, começou a sair uma caralhada de sangue, joguei o baseado no lixo e tentei pensar no que a Gabriella faria agora,  porra que saudade da minha preta, mas acabou e foi melhor assim. Voltei pra minha realidade percebendo que o sangue não parava de sair, aproveitei logo pra tomar um banho e  depois sai amarrando uma toalha na perna, pra ver se estancava um pouco do sangue, coloquei só uma cueca e um shorts mesmo, sai do banheiro ouvindo várias vozes juntas, quando cheguei na sala nem acreditei, me subiu um ódio do caralho da cara do bicudo, filho da puta desgraçado

G3: senta aí que a gente tem que conversar.- apontou pro sofá, mas eu me neguei, pra ficar ouvindo sermão eu tô fora pô.- não complica as coisa Deco, na moral mesmo senta aqui porra.- já começou com autoridade dele, fechei a cara , trancando o maxilar e olhei pro bicudo.

Deco: qual foi da tua? Tu é um x9 do caralho, fudido.- fui pra cima dele o empurrando, o mesmo foi pra trás sem falar nada e o Hungria entrou na minha frente me segurando para que eu não fizesse nada, o que me deu mais ódio.- me solta cara, eu não vou fazer nada não pô, mas tu se liga bicudo, tá fora do meu bonde, esquece que um dia tu foi meu amigo.- falei apontando o dedo na cara dele, e o pau no cu não fez nada, muito menos falou.

Tikão: tá cobrando da pessoa errada, quem levou pra frente fui eu pô, já vai fazer uma semana que tu tá nessa pouco vergonha, destruindo tu é teu legado junto otario, ontem ninguém foi entregar os 55 mil mil do comando, aí hoje eu descubro que tu tá gastando em cassino porra, tá de sacanagem tu? Nem o do teu filho tu tá dando, não tá arcando com tua responsabilidade, pra quem se mostrava ser o paizão seu moleque.- olhei pra ele no ódio mesmo, ninguém tem nada haver com a minha vida pra ficar se metendo dessa maneira, tô acabando com o que é meu, não tem nada deles aqui pra ficar nessa neura toda.- minha vontade e te quebrar na porrada, tu não tem noção do ódio que eu tô sentindo da tua cara, seu otario do caralho.- veio pra cima de mim igual bixo mermo, só senti meu rosto virar, o soco acetou em cheio a região do meu olho, eu até tentei ir pra cima, mas o Hungria tava me segurando.

Hungria: fica quieta porra, tudo que tu fizer vai ser usado contra tu, se liga Deco porra.- qual foi, mas é impossível apanha quieto, tá maluco, uma covardia do caralho vir me bater enquanto alguém me segura, que isso, só ódio. Olhei ao redor da sala vendo que tava geral aqui, galego, Dimenor, rico, trinta, ainda tinha mais outras cabeças que eu nem que olhar na cara.

G3: FICA NA TUA PORRA.- chegou minha atenção pra ele e pegou no meu rosto.- tá no erro, ainda que vir da um de maluco, só vou te fazer uma pergunta e quero que tu me responda tá me ouvindo?- não falei nada só fiquei olhando pra ele.- RESPONDE CARALHO.- eu concordei, mas porra que ódio.

Deco: eu tô ouvindo, não tô surdo ainda.- pra que fui falar isso, mirou um na minha barriga, quase vomitei, grunhi de dor, abaixei a cabeça e fiquei quieto na minha, já tô ferrado, se eu ficar responde vou me fuder mais ainda, não tô lidando com qualquer um não.

G3: sem bem que tu tá ligado em todas as regras do comando, eu só quero que tu me fale qual é a quinta.- engoli a seco olhando pra ele que ficou me encarando firme, foi só aí que a fixa caiu, tô agindo muito no errado.- fala Deco.

Deco: jamais deixar de agir com responsabilidade e competência na gestão de seu comando, respeitando as regras a cima de tudo.- ele concordou me olhando, cruzou os braços, sem deixar de olhar pra mim, e na moral ninguém nunca me olhou com um olhar tão frio.

G3: e você tá seguindo ela?- eu neguei.- a então você tem consciência do que faz, sabe qual é o castigo pra quem passa por cima das regras do comando né, responsabilidade tu não tá tendo nenhuma, quem tá de frente pra tu é o Dimenor, que vem fazendo um bom trabalho, não ainda melhor que o teu, mas é tudo questão de tempo, sabe também que eu posso em dois tempos te tirar esse morro em dois tempos.- desviei meu olhar do dele.- tá jogando fora uma luta de anos pra que? tikão e eu te acompanhamos desde que tu era apenas um aviãozinho, e te ver desse jeito não é legal, tu acha que eu queria tá aqui te cobrando responsabilidade porra? eu vou pegar leve dessa fez, o morro ainda é teu, espero que não tenha a próxima.- já imaginava o que estava por vir, e esse pegar leve dele chega até ser piada.