Gabriella
( + 20 comentários )Nessa vida tudo tem que ter um limite, e se não tiver nós temos que impor o mesmo, e assim, eu, gabriella sei qual é meu lugar, sei até onde aguento e o que devo aguentar. Assim que eu acordei vi que o André não dormiu em casa, minha manhã foi normal, a única coisa de diferente foi eu arrumando minhas coisas e as do meu filho mesmo, esse é meu limite, André tá me afastando de todas as formas dele e tá conseguido, se é essa vidinha de drogado que ele quer viver, eu estou jogando a toalha, vou deixar com que ele viva como bem entender, mas bem longe de mim. Meu pai pegou o Henrique cedo, então só estou eu em casa arrumando as coisas mesmo. Fechei a última mala e pedi pro JN me ajudar a descer com todas, ele colocou dentro do meu carro, que vai comigo, não tô nem aí que foi presente do outro. Eu tranquei a porta e entrei no carro onde o Gustavo já me esperava.
Gabriella: me leva até o André.- ele ficou me olhando pelo retrovisor sem falar nada, olhou pro lado de fora, onde o JN olhava pra gente.- bora logo, se não quiser me levar, leva minhas malas pra casa do meu pai e deixa que eu vou sozinho.
Gustavo: não, é que ele mandou nós não te levar lá, mas eu vou te levar porque nem eu tô reconhecendo mais o patrão, quem sabe tu conversando com ele não vai ajudar.- o mesmo ligou o carro e eu respirei fundo olhando pro lado de fora, na minha cabeça não tem como eu ir embora sem falar com ele, estaria fazendo a mesma coisa que ele tá fazendo comigo, se afastar sem nem ao menos me comunicar sobre isso. Conhecia bem o caminha que ele estava fazendo, quando fui ver, o Gustavo parou em frente a minha casa antiga com o André, minhas pernas chega ficaram bambas só de lembrar tudo que eu passei aqui, mas eu desci mesmo assim, os seguranças que estavam na porta ficaram me olhando, e eu já até comecei a achar que ele estavam com alguém, seria minha maior decepção, fiz o menino abrir o portão.
xxx: pô, acho melhor tu não entrar aí não.- olhei pra ele tendo a certeza que tinha algo de muito errado.- ele mandou nós não deixar.
Gabriella: eu vou entrar sim!- passei pelo portão e o mesmo segurou meu braço, olhei pra ele com a cara mais feia do mundo.- vou falar só uma vez, me solta!- olhei pro braço onde ele estava segurando e o mesmo soltou rápido, entrei igual um foguete na casa pronta pra esculachar o Deco de todas as formas, mas pro meu "alívio" não tinha mulher nenhuma, pelo contrário muitas coisas quebradas, muitas garrafas de cachaça jogada pelo chão, saquinho de droga, guimba de cigarro, tudo que era possível, o mesmo estava sentado no sofá, acompanhado de uma garrafa de drea, a mesa que tinha na frente dele, tinha umas cinco carreira de pó, montando, tinha porque eu derrubei a mesma chamando a atenção dele, que me olhou com ódio.
Deco: tá fazendo o que aqui? Porra Gabriella some daqui mano.- neguei com a cabeça e o mesmo se levantou vindo até mim.
Gabriella: pode ficar tranquilo que eu só vim entregar a chave da sua casa.- ele ficou me olhando mas não falou nada nem pra contestar, e nem parecia real, ele não fazer questão me doía mais ainda, nem ao menos perguntar do filho, ele só recuou.- então é isso? Acabou? Você não vai nem capaz de me pedir pra ficar, o que foi que eu te fiz cara eu juro que não tô entendendo você, se a única coisa que eu tentei desde o início foi tentar ficar do seu lado.- ele se virou de costas, não foi nem capaz de olhar nos meus olhos.
Deco: pega tu reta que vai ser a melhor coisa que tu vai fazer, comigo tu não vai arrumar nada não, todo mundo que vive ao meu redor me deixa pô, tu foi uma que quase se foi por culpa minha, então eu tô fazendo isso por você mesmo, desiste de mim, porque eu já desisti a muito tempo.- ri por ser a desculpa mais esfarrapada da que já ouvi dele.- tu vai ser muito mais feliz longe de mim, eu tenho certeza.
Gabriella: e seu filho fica como nessa história? se é que você se lembra que tem um né, tu não faz nem mas quentão de perguntar sobre ele, o mesmo te chama todo dia antes de dormi, sempre tá lembrando de você, você tá sendo um filho da puta da pior espécie, se fosse só comigo estaria tudo bem, mas tu tá atingindo meu filho, tá me machucando também, mas do que já estou, mas isso não importa, só quero que saiba que com certeza, de onde sua mãe estiver ela deve estar tão decepcionado com você, não tô dizendo como uma pessoa que você tá machucando, tô dizendo como mãe mesmo. Vou me esforçar muito para criar meu filho da melhor maneira possível e com consciência de que deve agir como homem em todos os momentos, porque pra mim você tá sendo um moleque sem maturidade, tá destruindo tudo que a gente contribuiu por irresponsabilidade, não é dessa maneira que se vive um luto, mas se essa é sua escolha, parabéns você destruiu seu "casamento".- falei com o choro entalado na garganta já, com as mão trêmulas, e ele fez o que? NADA.
Deco: enquanto ao NOSSO filho pode ficar tranquila que eu vou agir com as minhas responsabilidades.- pegou um cigarro e acendeu na minha frente, aquele cheiro insuportável de maconha surgiu.- agora some logo daqui, não temos mais nada pra resolver, acabo pô, segue tua vida.- falou isso tudo sem olhar nos meu olhos, joguei a chave em cima do sofá, ele pegou a garrafa de drea e virou bebendo a mesma, reparei na casa que não estava nem um pouco limpa.
Gabriella: pelo menos para e pensa no seu filho, tu ia gostar se ele fizesse o mesmo? Tá acabando com a sua vida pra que, me diz onde isso vai te levar, bebidas, drogas não vão te levar a nada, e quando o efeito disso tudo passar, tu vai perceber que sua família já não vai ser mais sua, que você fez de tudo para que isso acontecesse, quando se arrepender vai ser tarde demais.- ele estava me escudando, mas não me olhava de jeito nenhum.- a e eu só vou deixar você ver o Henrique quando estiver limpo, se você tiver algum interesse em ver seu filho ainda né.
Deco: tu ainda tá aqui cara, vai embora Gabriella, para de complicar as coisas, me deixa se foder, é isso aí que eu quero mesmo.- o mesmo já ia quase caindo, só que se apoiou no sofá.- vai lá e faz o teu, faz tudo diferente de mim, seja uma pessoa foda pro nosso filho, que eu sei que tu é capaz de fazer isso tudo sozinha, vou fazendo o meu até onde eu aguentar, não se liga nessas coisa que quando ele crescer ele nem vai se lembrar no pai ruim que eu fui.- neguei com a cabeça e descido sair daqui de uma vez, ele já estava falando uma coisas nada com nada, que me deixaram intrigada então eu falei com os seguranças da porta para que não deixasse o mesmo sozinho por muito tempo, sabe-se lá o que ele vá fazer, ele pode estar sendo uma pessoa ruim pra mim no momento, mas não deixar de ser o pai do meu filho, e a pessoa que eu amo.
Entrei no carro com a cabeça doendo, foi eu respirar fundo para sentir o choro escorrer pelo meu rosto, me dói ver como ele está, esse não meu André, não é a pessoa que dizia me amar todas as noites, e eu não consigo entender como ele mudou assim da água pro vinho, entendo a dor dele, mas não entendi a revolta por uma coisa que não tinha o que fazer mais, não entendo o porque dele está fazendo isso com a gente, ele simplesmente parece não ligar mais, não se importar, enquanto eu tô toda ferrada sentido meu coração doer de uma forma surreal, ainda me sinto culpada por deixar ele lá sozinho, daquele jeito, naquele estado, mas ele escolheu assim, e eu não fazer muita coisa, a não ser o que eu já esteja fazendo, tenho que pensar mais em mim, continuar com o Deco só vai me machucar.
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A última música do vídeo na mídia, ousam
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NOSSO PROPÓSITO .2 ( CONCLUÍDA )
FanficPara o Deco o amor não existe mais, na sua concepção serviu apenas para-lê trazer decepção, já para Gabriella o amor existe sim, a mesma desfruta do amor mais puro e verdadeiro! E no meio de toda essa confusão, decepção e mágoas, será que ainda exi...