2 | Despedida

956 94 81
                                    

Hinata

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Hinata

— Vamos minha filha, você já está trancada nesse banheiro à quase duas horas. — Bati na porta umas duas vezes. — Eu já terminei o almoço e já tomei meu banho, relaxa que é só uma refeição que faremos juntos.

A porta se abriu e Sumire se jogou em meus braços, segurei-lhe firmemente, sem entender.

– Oque foi? Aconteceu alguma coisa?

– Eu tô com medo.. — Senti sua sensibilidade aflorar e molhar meu ombro. Afastei seu rosto, e limpei as gotas com meu polegar e lhe dei um sorriso sincero. — Eu sou tão.. normal? Como vou fazer isso mãe? Não sei se consigo..

— Oque quer dizer com normal?

— Sem graça, sem sal, sei lá, faço as mesmas coisas sempre. Não sei ser uma namorada. — Começou a praticamente cuspir as palavras de tão nervosa que estava. — Quer dizer que como namorados a gente vai sair todo final de semana, e vamos pra lugares chics e em parques e eu vou ter que saber lidar com isso de dividir minha vida com outra pessoa além de você e..

— Espera! — Segurei seu rosto bem firme. Seus olhos úmidos encararam os meus. — Não precisa e nem deve ficar se preocupando com isso agora, sei que está acostumada a viver somente nós duas, nunca saiu para parques ou restaurantes com outra pessoa além de mim, porém, isso não é o fim do mundo. Acredite, você é incrível e se ele te ama, irá valorizar isso. Um passo de cada vez.. ok? — Inclinei-me dando um beijo em sua testa.

Sumire respirou profundamente e me abraçou novamente. A campainha tocou dando um susto em nós duas.

— Eles chegaram.. — Sussurrou temerosa.

— Lembre-se, você é incrível! — Ajeitei seu cabelo atrás da orelha e a puxei para perto. — Agora vamos mostrar isso pra eles também.

— Obrigada, mãe.. — Me deu um beijo na bochecha.

Quando chegamos à porta, senti o exato momento em que Sumire murchou, Kiba sorriu e a cumprimentou, mas a garota mal o olhou nos olhos. As vezes penso em terminar só por causa da minha filha que nunca parece feliz com essa relação.

— Oi, Hina. — Vendo que não conseguiria arrancar nada da garota, veio e me cumprimentou com um selinho. Estendeu a mão com uma sacola rosa. — Aqui a blusa que deixou lá em casa.

Peguei a sacola e dei uma breve olhada dentro, essa blusa tem muito significado para mim e não sei onde estava com a cabeça quando a esqueci na casa de Kiba.

— Obrigada.

— Eu só passei pra devolver mesmo, preciso ir agora. — Me deu um último selinho e olhou por cima do ombro a cara emburrada de uma adolescente rebelde.

Ele saiu e deu apenas um tapinha no ombro da menor. Olhei-a assim que vi a porta fechar-se completamente.

— Oque?

Uma obra do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora