4 | Estranhos

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Narradora

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Narradora

Kawaki olhou nos olhos da namorada e ela corou envergonhada.

— Você é linda, meu amor. — Roçou o polegar na bochecha da jovem que por sua vez, sorriu gentilmente.

— O-obrigada..

O garoto ficou levemente corado. Logo balançou a cabeça e mudou de assunto, não podia perder a postura assim tão fácil.

— Você percebeu algo diferente nos nossos pais? — Pigarreou e logo tratou de mudar de assunto. A garota percebeu e soltou uma pequena risadinha de canto.

— Percebi sim. Minha mãe ficou estranha depois que você saiu pra chamar seus pais.

— Estranha como?

— Eu vi vocês do lado de fora, pelo cantinho da janela. — Continuou a garota. Kawaki riu ao imaginar a cena. — Eu fiquei empolgada e nervosa quando vi seus pais saindo do carro e chamei minha mãe pra ver, mas assim que ela abriu a cortina, percebi seus olhos arregalarem. E então ela alegou estar com mal estar, coisa que não estava antes.

— hmm... — O moreno franziu o cenho pensativo. — Quando vocês desceram, eu percebi a troca de olhares entre ela e meu pai.

— É, Acho que assistimos muitos filmes de romance. Já está até começando a afetar nossa cabeça! — Brincou a garota soltando uma imensa risada enquanto se aconchegava mais no peito do namorado.

— É, por sua culpa! Eu não assistia à esses filmes antes. Filmes chatos, só pra ressaltar. — Falou e recebeu um olhar irritado da garota. Para quebrar o gelo, começou a fazer cócegas na jovem que se retorceu inteira.

— P-para.. — Falou com pouco ar enquanto tentava se desvencilhar dos braços alheios. — meu bem.. por favor.. — A medida que Kawaki foi parando, o olhar dos dois se encontraram e depois de longos segundos apreciando um ao outro o rapaz tomou a iniciativa de um beijo lento.

— E seu pai amor, quando vou falar com ele? — Perguntou após afastar-se minimamente.

— Bom.. não vai. — Sua voz saiu mais baixa que o comum.

— Não vou?

— Quer dizer, nem eu falo com ele, quem dirá você. — Sorriu sem humor. Ao perceber a expressão confusa no rosto do namorado, a garota acrescentou: — Meus pais se separaram quando eu tinha uns 4 ou 5 anos. Eu não lembro muito detalhadamente essa época, mas minha mãe praticamente me criou sozinha.

Levantando o braço para a garota ficar mais confortável em seu peito, Kawaki perguntou: — E quando eles se separaram, você nunca mais chegou a ver ele?

— Não, ele sumiu, ou nós sumimos, não sei direito pois minha mãe oculta essa parte da nossa vida de mim. Sei que não nasci aqui e que meu pai não é tão bom nesse papel paterno. — Se encolheu.

Uma obra do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora