30 | Tensão

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Narradora

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Narradora.

Sumire atraiu todos os olhares surpresos para si, inclusive o do pai que jamais imaginou isso. Alguém estava mesmo arriscando a sua própria vida para protegê-lo e para ele, era algo totalmente novo.

— Sumire saia da frente, por favor. — Ouviu a voz do policial de cabelos brancos após o mesmo abaixar a arma, mas sem perder o senso de alerta para qualquer ataque surpresa.

— Me prometa que não vai atirar nele! — Retrucou, e era visível que sua voz estava trêmula.

— Sumire! — A Hyuga alcançou a cozinha e logo chamou pela filha. — Vem pra cá, por favor!

— Não posso!

Ninguém estava entendendo, certo que era o pai dela, mas ele nem a viu crescer e não dava a mínima pra isso, sem contar o fato que tirou a vida de seu caçula e tentou até tirar a da garota.

— Eu sei que estão com raiva de mim. — Após um silêncio devastador, onde todos se encontravam em choque, Sumire resolveu falar. Kawaki e Naruto chegaram momentos depois. — Eu sei que estão pensando que estou sendo idiota em oferecer minha própria vida pra esse homem atrás de mim. — Abaixou a cabeça fechando os olhos com força, sentindo as lágrimas darem sinal.

Hinata levou a mão até o peito e observou a filha, Naruto se aproximou da Hyuga a abraçando de lado, tentando lhe passar uma sensação de conforto, por mais que fosse difícil naquele momento.

Por mais incrível que pareça, Toneri não notou a proximidade de ambos, seu olhar estavam incrivelmente focado na filha.

— Apesar da ausência de uma figura paterna, eu cresci feliz em um lar cheio de amor, pois a minha mãe desempenhou os dois papéis da melhor maneira possível. — Voltou a ecoar a voz chorosa pelo cômodo, atraindo novamente a atenção de todos. — E por muito tempo me culpei pela ausência do meu pai. Cheguei a achar que eu não era boa o suficiente. Hoje, entendo que ele não quis me assumir e ser presente em minha vida pelos problemas e falta de caráter dele. E isso não tem nada a ver comigo ou com minha mãe! Então por favor, — Se virou pra trás e encarou as orbes do platinado que se encontravam maiores, pelo choque. — T-Toneri. Deixe minha mãe em paz, se você quiser fazer algo comigo, Faça! Mas deixe a mamãe viver! Por favor. — Estava soluçando e de longe sua dor era percebida.

Toneri não imaginou que doeria tanto ouvir a própria filha lhe chamando pelo nome, ao invés de pai. Sua ganância e sua obsessão por uma pessoa como se fosse um mero objeto, o fez perder sensações maravilhosas, e agora estava sentindo o peso de tudo isso.

— E-ela encontrou o amor. — O silêncio agonizante foi preenchido novamente com a voz da jovem. — O Naruto. eles tem uma conexão linda e é uma coisa de outro mundo. Desde que Naruto entrou em nossas vidas o olhar da mamãe mudou. Eu nunca, nunca tinha visto esse olhar nela antes. — Percorreu seu olhar pelo ambiente, procurando as orbes maternas. As lágrimas avolumaram-se em ambos os olhares quando estes se encontraram. — Se você ama alguém de verdade, deixe a pessoa livre, pois essa é a melhor prova de amor que você pode dar a alguém que não quer ficar. — Franziu os lábios em um sorriso pequeno enquanto desvencilhava seu olhar da mãe ao pai novamente. — Quem quer ficar ao seu lado, simplesmente fica. Não é preciso prender ninguém.. eu li isso em algum lugar e só agora consegui entender.

Uma obra do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora