Palavras silenciosas

Capitulo 1 - Garota e surpresa e segredo

Isabela
           — Das muitas vezes que vejo o mundo ao meu redor a melhor delas sem dúvida é quando estou lendo as páginas de um livro de romance ou terror pelo menos era assim que passava os meus dias quando não estudava na faculdade São Francisco uma das melhores onde cursava nutrição e tinha começado recentemente e mesmo nunca tendo a aprovação da minha mãe que vivia me dizendo que deveria fazer algo como medicina ainda sim não me abalei com as palavras de dona Susana e acho que não ouvi-la me levou a tomar essa decisão,quando nasci o médico tinha dado seu diagnóstico sobre eu ser surda e assim me levar a pegar as coisas ao meu redor de uma maneira diferente.
            — Tinha saído do elevador que levava ao escritório do meu pai a alguns minutos e nem me dei ao trabalho em falar com sua secretária já que ficava sem jeito perto de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa mesmo sabendo que muitas pessoas nascem com esse tipo de coisa esperava que os profissionais que meu pai contratava soubessem pelo menos a linguagem básica de libras para se comunicar comigo porém ficávamos apenas nos sorrisos grandes porém forçados aliás era assim que ela se apresentava a minha frente com seu largo sorriso e roupas negras e cabelo loiro e platinado preso como uma verdadeira dama má pronta para me dar ordens.
            — Perguntei mentalmente o que ela estava tentando me dizer porém suas feições preocupadas e sua boca se movendo e dizendo"alguém"mostrava que meu pai tinha recebido uma visita e talvez fosse o tal dono de uma empresa nova que estava chegando do exterior para formar uma nova parceria com ele e não sei por que isso deveria me importar só que para facilitar o trabalho da secretária do meu pai acabo sentando no sofá marrom na recepção enquanto volto a ler meu livro sobre um terror bem interessante até que foi dado por uma das minhas melhores amigas chamado"Jantar secreto"de um tal Rafael alguma coisa pelo menos vai matar meu tempo até chegar a hora de vê-lo o que felizmente não demora muito.

Fernando
          — Tinha acabado de cumprimentar meu parceiro de negócios já que daquela vez tinha ido pessoalmente até a empresa coisa que não fazia com tanta frequência só que tinha acabado de chegar ao Brasil fazia alguns dias e já tinha sentido uma extrema simpatia pelo meu país de origem e não era diferente quando chegava de Londres ou dos Estados Unidos para qualquer reunião que não passava de algumas horas, sempre tirava um tempo para me divertir nos bares e nas diversas boates espalhadas por aquela parte boêmia que adorava me perder seja por bebida ou sexo fácil pelas diversas mulheres lindas que existiam naquele país porém nas semanas anteriores foi diferente, é claro que Borges o dono daquela empresa que mexia com pedras preciosas não precisava desconfiar que sua filha jovem e gostosa que tinha acabado de entrar e o cumprimentava tinha esbarrado em mim e derramado sua bebida sobre meu paletó e não que tivesse me importado com aquilo só que a moça na madrugada passada vestia roupas muito mais sensuais e seu cabelo castanho e cacheado não estava preso como agora está e aquele àr de estudante não era tão presente quanto suas roupas de garota fatal.
Borges:– Pode se sentar enquanto termino com meu sócio querida?
            — Com certeza iríamos nos ver com mais frequência o que achava muito interessante já que antes de comentar qualquer coisa ela tinha me deixado sozinho na mesa que estava e eu tinha até comentado sobre como gostava de ser derrubado por uma linda garota porém a moça se fez de surda ou algo parecido e apenas me deixou falando sozinho e assim confesso que meu ego ficou ferido e talvez por esse motivo que acabei indo a sua procura do lado de fora porém já tinha desaparecido.
Fernando:‐ Como esse mundo é pequeno.
Borges:– Como disse?
Fernando:– Então meu amigo acho que vou aceitar ir sim em sua casa.
Borges:– Estupendo e você poderá conhecer minha família e amigos e também outros sócios.
           — Eu gostaria mesmo de conhecê-la porém sem ninguém além de nós,por enquanto iria ceder e socializar com outros estranhos pelo prêmio principal.
Borges:– Bem te apresento minha filha uma outra hora já que adora vim e ir tão de repente.
Fernando:– Eu entendo e mal posso esperar para conhecê-la.
Borges:– Quero que entenda que essa parceria será muito váliosa entre as nossas empresas.
Fernando:– Não tenho mais dúvidas que vou gostar muito disso.
          — Apesar de ouvir tudo que me diz sobre a empresa e as futuras parcerias meu olhar continuava na porta de madeira que a suposta moça bêbada havia passado e até agora não tinha voltado,seria um ótimo jeito de passar meu tempo.
Borges:– Nos vemos amanhã a noite então?
Fernando:– Pode apostar que sim,como se chama sua filha?
Borges:– Ah seu nome é Isabela é uma ótima menina e a luz dos meus olhos e em breve espero formá-la e quem sabe possa até me dar uma ajuda na empresa e sua mãe por outro lado acha que é perda de tempo só que acredito no potencial dela.
           — Tenho certeza que está com muito potencial mesmo atrás e especialmente na frente a garota era de tirar o fôlego mesmo parecendo tão jovem.
Fernando:– Tem quantos anos?
Borges:– Acabou de completar dezenove anos.
Fernando:– Não diga.
Borges:– Isso,agora preciso atender uma ligação.
Fernando:– Já conheço a saída meu amigo.
          — Não se preucupe Isabela agora que a achei não pretendo deixá-la ir além do mais algo me diz que nos daremos muito bem especialmente na cama.

Isabela
          — Acabei indo ao banheiro quando senti meu celular vibrar no bolso e ao ver a mensagem dele meu coração começa a bater forte e mesmo sabendo que Alim era um estudante turco isso não me impediu de conhecê-lo melhor e até lhe ensinar libras assim poderíamos conversar de um jeito que ambos saberíamos.
            — Eu queria apresentá-lo ao meu pai porém sabia o que minha mãe falaria e como sei que nunca me apoia em nada decidi guardar para mim,na mensagem que traduzi ele pede para se encontrar comigo aos arredores da faculdade,mesmo sabendo que tinha acabado de chegar vou saindo depressa só que meu pai me segura pelo braço e lhe explico que precisava sair.
            — Então depressa no elevador que parecia ter alguém já que essa pessoa segura para eu poder entrar e não prestava muita atenção já que mandava outra mensagem para Alim que parecia sempre dizer a coisa certa e mesmo tendo nos beijado poucas vezes aquela aproximação era suficiente para me deixar extremamente feliz.
             — Quando saio apressada para me encontrar com meu futuro marido e digo isso porque na cultura dele tinha me explicado como era rápido a maneira que se conheciam e casavam e por mim beleza porque mal podia esperar para ser sua esposa só que ao procurar a carta que tinha me dado e guardado na mochila percebo que não está mais lá.
            — Resolvo retornar porém ao entrar no mesmo elevador não encontro ninguém muito menos a carta pelo chão e penso comigo"estou perdida."