Capitulo 64 - Um dia de cada vez

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Isabela
          — Não tinha ouvido nada como sempre porém podia interpretar cada gesto ou olhar de pena sobre mim e cada vez que alguém tentava disparar com aquela máscara na minha frente me dava vontade de vomitar e mesmo depois do enterro acreditei que isso iria diminuir até o ponto de entenderem que só queria espaço e vivenciar vivenciar momento de perda.
Susana:– Por que não vai para a biblioteca hum?
            — Minha mãe e meu marido tinham estado a todo momento do meu lado e me perguntando se precisava de algo ou se estava pronta para virar o rosto e não olhar na direção de certas pessoas que faziam questão apenas de aparecer ou tenta forçar simpatia onde não existia e naquele momento era nítido como a água que esse tipo de gente só está aqui mesmo como uma maneira de marcar tabelinha e não porque gostavam verdadeiramente do meu pai.
             — Quando senti os lábios do meu marido na testa e um suave abraço parecia que sentia todas as palavras que tentaria me dizer se aquele não fosse um momento tão delicado e que precisasse da presença deles e desde o começo fui bem direta em não querer me envolver com aquele negócio frio e burocrático que se iniciava antes e depois do enterro só queria permanecer ao lado dos meus entes queridos até o último momento.
              — Alguns momentos depois fui direcionada para aquele enorme lugar onde estava abarrotado de livros e lembranças felizes porque se tinha uma coisa que adorava fazer com meu pai aqui era olhar as gravuras de algumas histórias e ele de alguma maneira tentar me explicar através de mimica tudo que as histórias gostariam de passar e nossa!Outras lágrimas caem fazendo companhia para as próximas e era como se meu coração fosse um enorme buraco que estivesse se enchendo de água naquele momento.
              — Quando senti a mão de alguém e percebi que tanto Bruno como Marcelo tinham aparecido fui rapidamente inundada de emoção e satisfação pelas presenças de ambos e como estou agradecida por estarem comigo.
            — Ao abraçar ambos ao mesmo tempo não fazia idéia se ria ou chorava então por via das dúvidas acabei fazendo a ambos e segurando aqueles que tinham se tornado como irmãos desde que acabei me aproximando deles.
           — Sei que precisava ser forte porém saber que estavam ao meu lado nesse dia tão doloroso fazia o peso ser menor.
Bruno:– Caramba!
Marcelo:– O que foi?
          — Eles eram tão fofos que conversavam até em libras perto de mim para que  de algum jeito não me sentisse excluída e talvez por esses detalhes fosse cada vez mais conquistada por meus irmãos de almas.
Bruno:– Esqueci de acompanhar o Alim até a porta!
Marcelo:– Que coisa hum?
Bruno:– Cala a boca!
Isabela:– Nem se preucupe porque fiz isso para você e pediu para falar que te ligava uma hora dessas.
Bruno:– Certo"Isa"muito obrigado.
           — Aos poucos a coloração das suas bochechas haviam ficado vermelhas como tomates e mesmo tentando disfarçar consegui captar muito bem.
Isabela:– Espero que dê tudo certo com ele e a esposa na Turquia.
Bruno:– Agora você está desejando o melhor para eles?Já se esqueceu do que aconteceu!?
           — Era impressão ou ele tinha ficado um pouco chateado com aquilo?Bem não posso fazer nada além de aproveitar para ver os próximos capítulos porém estava adorando vê-lo assim e Marcelo também dá um meio sorriso como se estivesse entendendo perfeitamente porém não iria expressar nenhuma palavra.
Isabela:– Na verdade Marcelo espero que minha mãe consiga reconstruir sua vida e com esse bebê a caminho e também as joalherias talvez encontre alguém bacana quero dizer com os dias se passando não acha?
           — A testa franzida e a forma que me olhou em sinal de alerta me fez gelar um pouco a espinha e talvez ele fosse de longe o mais assustador dos irmãos só que por enquanto estava adorando tirar uma com a cara de ambos e até mesmo para me distrair com tudo que estava havendo.
Marcelo:– Fico feliz que esteja querendo se divertir as nossas custas cunhada.
Bruno:– Ué?Como assim!?
            — Faço um aceno com a cabeça e dessa vez sorrio alegremente para suas advertências e mesmo sabendo que poderia estar blefando não iria pagar para ver.
Isabela:– E Fernando?
Marcelo:– Não se preucupe logo vai terminar e vim até a esposa.
            — Queria logo ter ele comigo e não posso deixar de pensar que todas essas loucuras que estou passando com minha mãe seriam o peso redobrado em meus ombros se não fosse meu marido.
Isabela:– Não precisa soltar veneno sabia?
Marcelo:– É claro que preciso querida cunhada.
             — Dessa vez vejo Marcelo me dar uma piscadela e em seguida sair da biblioteca.
Bruno:– Para onde pensa que vai?
            — Acho que Bruno não tinha visto que minha mãe tinha entrado e que provavelmente Marcelo iria até ela para torrar sua paciência como ultimamente fazia tão bem.

Bruno:– Para onde pensa que vai?            — Acho que Bruno não tinha visto que minha mãe tinha entrado e que provavelmente Marcelo iria até ela para torrar sua paciência como ultimamente fazia tão bem

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