Capitulo 3 - A garota que tinha medo

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Isabela
- Quando chego em casa por volta das seis e meia minha mãe me esperava na porta com uma cara de poucos amigos além de estar extremamente elegante com aquele vestido branco até os joelhos e saltos da mesma cor e um cabelo loiro bem penteado sem falar no batom vermelho que era sua marca registrada.
Susana:- Que bom que chegou querida.
- Mesmo não gostando muito ela precisou aprender linguagem de sinais assim como todos os outros empregados da mansão e sei que na maioria do tempo me ignora então aquela atenção e gentileza parecia fazer parte de outra pessoa não dela.
Isabela:- O que houve?
Susana:- Nada apenas jantar em família.
- Isso sim parecia ser algo estranho já que fazia um bom tempo que não comíamos juntos.
Isabela:- Posso perguntar a ocasião?
Susana:- Na verdade não.
- E assim decorreu o jantar que era servido sopa de legumes com sobremesa de chocolate e mesmo sabendo que dona Susana não comeria essa última parte ainda sim foi divertido ficar e ver sua careta enquanto a sobremesa era servida.
- Olho para meu pai que estava sentado ao nosso lado e parecia despreucupado enquanto comia e me oferecia seus carinhos então achei que fosse o momento certo de perguntar porém minha mãe tinha sido mais rápida que eu.
Susana:- E então querida não vai dizer ao seu pai com quem está saindo?
Borges:‐ O que?Isabela isso é verdade?
- Droga!Precisava de mais tempo para explicar para meu pai sobre ele e não dessa maneira o que me faz suspeitar sobre minha mãe saber sobre meus passos fora da faculdade e de casa.
Isabela:- E um cara que vou apresentá-lo amanhã no jantar beneficente.
Borges:- Então fico feliz em saber disso.
Susana:- Com certeza todos ficaremos.
- Minha mãe sempre estava planejando algo por isso entendia que qualquer coisa haveria de acontecer caso ela quisesse então deveria trazer o mais rápido ele para minha vida e tirar as dúvidas para meu pai que sei que me apoiaria.
Isabela:‐ Pai?Gostaria de perguntar sobre o homem que estava em seu escritório nessa manhã?
Borges:- O que tem ele querida?
- Como falar aquilo sem me entregar ou até a carta em questão escrita por meu namorado?Estava querendo saber onde morava pra tentar recuperar algo que é meu.
Susana:- Algum amigo querido?
- Minha mãe assim como eu perguntando tão inocentemente parecia que não ia para lugar algum porém sabíamos onde isso ia parar.
Borges:- Fernando Vasconcelos um dos maiores CEOs que está finalmente encontrando um momento na sua agenda para vir
em minha casa?Sim querida espero que no fim do jantar ele se torne um grande amigo!
Isabela:- Ele virá amanhã?
Borges:- O convidei pessoalmente hoje no momento que tinha entrado para me visitar só não a apresentei logo porque está sempre com pressa.
Susana:- Jovens.
Borges:- Não se preucupe porque amanhã a noite o conheceremos e espero fechar uma relação forte entre nossas empresas.
Susana:- Sei que fará querido.
- Enxergava em meu pai tudo que faltava em minha mãe como o humor e a maneira de enxergar a vida e acima de qualquer um como me apoiava em qualquer questão fosse com a faculdade ou minha própria vida pessoal,sim ele tinha me dado mais apoio do que minha mãe tentou fazer todos esses anos.
Isabela:- Pai onde esse homem está hospedado?
Borges:- Por que quer saber querida?
Isabela:- Nada apenas curiosidade.
- Eu esperava não comprovar algo com esse homem já que fazia um tempo que não ia no bar e na noite que fui me encontrar com Alim tinha lhe falado que precisava discutir sobre o melhor jeito de apresentá-lo aos meus pais porém não apareceu,assim bebi como se nem houvesse amanhã,sei que foi uma tremenda mancada porém não consegui afogar minhas mágoas de outra maneira e no final da noite acabei me levantando para ir embora e acabei caindo no colo de alguém,nem sei seu nome ou lembrar bem do rosto era um tremendo desafio porque apenas recordava daquele aroma amadeirado e doce ao mesmo tempo forte que também senti no elevador só que o destino não poderia ser tão cruel assim comigo certo?
- Quando terminamos meu pai liga para um dos seus funcionários para discutir mais sobre sua vida financeira e qualquer coisa que envolva pedras preciosas e nem sabia por que me dava ao trabalho de entender como minha mãe falava enquanto o dinheiro entrava não importava as maneiras ou jeitos diferentes de consegui-lo e ao entrar no meu quarto que estava ainda da mesma maneira que o tinha deixado,já tinha falado para as empregadas que gostava de arrumá-lo a meu próprio gosto e com aquelas paredes brancas e a cama de solteiro com os lençóis derrubados e desarrumados sobre ele parecia mais a minha cara do que se estivesse impecável e o banheiro ficava do lado esquerdo com chuveiro e banheira e uma pequena pia de prata,fui tomar um banho e tentar entender as últimas horas quando minha mãe dá o àr da sua graça e mesmo a água estando cheia e cobrindo meu corpo até parte dos ombros com sabão e sais de banho me senti exposta porque de algum jeito ela podia acabar com meus planos de apresentar meu namorado ao meu pai.
Susana:- Não pergunto se posso entrar querida porém me questiono por que não me contou dele?
- Suas mãos faziam sinais e de alguma maneira gostaria de me afundar por completo na água para não precisar comfrontá-la tão cedo só que ambas entendemos que o momento tinha chegado.
Isabela:- Por que não contou para ele?
- Ela estava encostada na parede oposta olhando um momento para o chão de azulejos cinza claro e em outro para meu olhar e minha mãe conseguia drenar toda minha energia quando queria,odiava isso!
Susana:- Eu já o vi algumas vezes.
- Nunca o tinha trazido nem mesmo aqui na mansão o que significa que ela estava me observando,droga!
Isabela:- Está me espionando mãe!?
Susana:- Por favor querida até parece que não fazemos escolhas difíceis pelos nossos filhos,tem mais Isabela eu não aceito essa relação de vocês.
- Minha espinha gela e meu coração bate como se a qualquer momento pudesse sair pela boca.
Isabela:- Meu pai vai me apoiar sei disso!
- Sua risada curta e debochada me faz querer encostá-la para a outra parede e lhe perguntar qual era seu problema!?
Susana:- Seu pai é um bom homem só que faz o que eu quero.
- Como alguém que me deu a vida pode ser tão fria e insensível quanto aos meus problemas!?
Isabela:- Mãe por favor não faça isso.
- Termino de falar e coloco minhas mãos abaixo da água e meu rosto para de fitá-la até que sinto seus dedos levantando meu queixo.
Susana:- Tudo que faço Isabela é por amor quando for mãe vai entender isso.
- Quando vai saindo ela deixa um papel pequeno sobre a pia.
Susana:- Esse endereço e do homem que perguntou mais cedo para seu pai,meu jeito de fazer as pazes com você.

Susana:- Esse endereço e do homem que perguntou mais cedo para seu pai,meu jeito de fazer as pazes com você

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Fernando

- Estava terminando de falar no telefone com meu irmão mais novo que iria chegar amanha de manhã no Brasil e falou que não precisava que eu fosse buscá-lo porque sabia aonde estava hospedado e Bruno parecia sempre saber as coisas muito antes de alguém comentar ou até quando pensava em fazer isso porém tendo vinte e dois esperava que pudesse compreender que era melhor ficar no exterior do que voltar apenas já que muitas das empresas eram comandadas tanto por ele como Marcelo nosso irmão mais velho que estaria aqui em breve.
Bruno:- E então?Estamos conversados?
Fernando:- Como quiser vossa alteza,já que chega amanhã precisará vir a um jantar comigo.
Bruno:- Sabia que gostava de mim porém esse convite cheira a segundas intenções.
Fernando:- Por que diz esse tipo de coisa?
Bruno:- Você se envolvendo em coisas familiares?Nossos pais estariam orgulhosos!
Fernando:‐ Não coloque eles nessa conversa por favor.
Bruno:- Tudo bem cara não está mais aqui quem falou só que existe rabo de saia nisso estou certo?
Fernando:- Talvez vai ter que vim amanhã para saber.
Bruno:- Não perdo essa por nada!
- Desligo com um meio sorriso no rosto e pensando a mesma coisa até que a campainha toca e vou atender a porta e uma agradável surpresa me esperava.
Fernando:- Você?

Palavras silenciosasOnde histórias criam vida. Descubra agora