X - Entrando no hospício

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Câmera principal ligada.

A câmera foi ligada. Steve estava com a mesma em seu ombro e a sua frente estava os outros três. O grupo estava em frente ao portão do Hospício.

- Bom, hora de entrar no Hospício!

- Preparados? - Todos fizeram uma roda.

- Não.

- Sim.

Jonathan arrombou os portões e os amigos finalmente adentraram no local.

- É agora que a coisa começa a ficar séria - Will apareceu em frente a câmera sussurrando.

- Vão ser 7 dias começando a contar a partir de amanhã, hoje nós vamos nos instalar no local - Max olhava ao redor, conhecendo o lugar.

- Tudo bem! Eu fico no quarto da Jane, Max no quarto 2748, Steve no quarto onde o James disse que sentia respirações em sua nuca porque quero ver se você consegue pegar alguma coisa assim lá e Will fica no quarto do filho dos donos - Jonathan determinou.

- Porque vamos nos separar? Tu está louco é? Mal chegamos e já quer morrer? - Will olhava incrédulo para o irmão.

- Para de besteira. Iremos apenas nos instalar, dormir um pouco e amanhã a gente se encontra e 'tá tudo certo - Max deu um abraço no amigo tentando o tranquilizar. Era nítido a cara de espanto e pavor de Will, ele não queria estar ali.

- Ok gente, tomem essas mini câmeras para vocês relatarem o dia de vocês nos quartos - Harrington colocou três câmeras no chão e cada membro ali presente pegou uma.

- Ok, vamos nos instalar e amanhã 8:30 nós nos encontramos na escada, ok? - Jonathan pergunta e todos concordam.

Câmera principal desligada.

Câmera de Steve Harrington ligada.

A câmera é ligada mostrando uma porta bastante descascada a frente e o garoto a abrindo e entrando no quarto. No centro era possível ver uma cama.

- OIE - o garoto gritou enquanto se jogava em cima da cama dura e provavelmente com ferros aparecendo - AI CARALHO, QUE CAMA DURA! - sua cara de dor era evidente - Nossa, eu sou muito burro, misericórdia.

- Então gente, eu já instalei os meus equipamentos em um quarto bastante tranquilo por agora e isso é bom! Olha meu equipamento alí - a câmera focou em um canto perto de uma mesinha de ferro - E alí tem as minhas coisas - apontou a câmera para o canto oposto - Eu admito que isso vai ser bem interessante, eu nunca captei nada desse tipo e captar essas coisas seria incrível demais - a câmera focava em seu rosto pouco claro por causa da escuridão que pairava o quarto.

- Eu me pergunto bastante o que aconteceu com o James, sabe? Ele era tão fofo e feliz e de repente... Ele se transformou em algo ruim em poucos dias, surreal! - mexia em algo em seu colo - Esse lugar não é infinito, ele tem que estar em algum lugar - mordeu seu lábio inferior e olhou para a câmera - Eu espero que a gente tenha tempo para procurar ele e que a gente não morra antes - sorriu e olhou para trás como se observasse a cama.

- Vou me deitar aqui! - se deitou lentamente na cama e suspirou fechando os olhos - Eu estou exausto gente, acho que vou dormir um pouco aqui, não é muito confortável mas já serve - no mesmo instante seus olhos abriram em olhar de espanto - Porra, tem alguma coisa no meu cabelo. Sei lá... Parece um carinho bem suave - através da câmera se via o quanto o garoto estava arrepiado.

Um barulho soou alto. Com o barulho o garoto deu um pulo para fora da cama gritando.

- Misericórdia! Espero que tenha sido o Jonathan mexendo nos livros dele...

Câmera do Jonathan Byers ligada.

- Oi gente, eu estou aqui no quarto da Jane Hopper e se eu me lembro bem tinha um caderninho bem aqui - Jonathan caminhou até a pequena mesa no canto do quarto - Vejamos o que temos aqui - apontou a câmera para as gavetas já vasculhando cada uma atrás do pequeno caderno.

- Nada! Alguém deve ter tirado - suspirou e se virou olhando o quarto a sua volta. A câmera focava em seu rosto.

- O clima nesse quarto é estranho, eu tenho a sensação que tem alguém aqui comigo me observando - caminhou em passos largos a cama no centro do quarto e se sentou.

A câmera captou a imagem de uma jovem a centímetros da nuca de Jonathan com os cabelos curtos cobrindo seu rosto, era visível apenas o grande sorriso perturbador que rondava o rosto daquela garota. O garoto olhava ao redor do quarto como se quisesse achar algo ou alguma coisa que poderia estar o obervando.

- Mas podia ser pior né? - focou novamente a câmera em sua frente jogando a mochila que estava em suas costas em qualquer canto daquele quarto. A garota que antes o observava tinha sumido - Bom, hoje nós temos uma pequena folga, mas amanhã temos planos e eu já anotei tudo o que temos que fazer aqui. Eu gosto de ser o cérebro da operação, sabe? - deu um sorriso de canto - Gosto de me sentir importante, desculpa.

O garoto se agachou para pegar algo no chão e no mesmo momento um barulho soou alto fazendo Byers dar um pequeno pulo se segurando na cama.

- Nossa, que susto! Espero que tenha sido o Steve mexendo naqueles equipamentos dele...

Câmera da Max Mayfield ligada.

- Olha eu aqui! Espero que isso esteja gravando - a ruiva mexia em algo atrás da câmera sorrindo - Então, eu estou no quarto onde supostamente um paciente se suicidou, animador não? - sorriu irônica.

- Eu já me instalei, olhem - a câmera focou na cama com algumas coisa em cima - Aqui fica a mochila com as minhas coisas, coloquei as minhas roupas aqui na cama mesmo e deixei bem fofinho e confortável. Não tem tomada aqui, eles colocaram tomadas nos anos 60, mas só nos salões principais e nas salas dos médicos, então... Se eu quiser uma tomada tenho que descer lá embaixo e não estou muito afim agora - focou novamente a câmera em si, olhava para o teto e para os cantos do quarto.

- Eu sinceramente não acredito muito em fantasmas, mas me sinto muito sufocada aqui... Espero que seja o tempo - deu de ombros se deitando na cama.

Um barulho soou alto fazendo Max levantar em um pulo.

- Deve ter sido apenas uma janela, esse lugar é velho demais. Tudo deve estar solto.

Câmera de Will Byers ligada.

- Olá! Eu cheguei no quarto do Michael, o filho dos donos desse lugar - a câmera focou no rosto sorridente da garoto - Tem dois minutos que cheguei aqui e já quero sair correndo.

- Olhem isso, nesse quarto tem umas palavras bem bizarras nas paredes - a câmera chegou perto da parede e Will passava seus dedos por cada palavra - E aquela ali é o Michael, gente - ele focou a câmera em uma foto em cima de uma mesinha de ferro no canto do quarto ao lado da cama. O garoto pegou o porta retrato e levou mais perto da câmera - Ele era lindo... Não vou falar muito dele né, vai que ele brota aqui e eu não quero que isso aconteça - soltou um pequeno riso nervoso e voltou a fotografia para o mesmo lugar que se encontrava antes.

- Olhem essas grade na testeira da cama... Estão cheias de marcas de dedos - seus dedos passavam lentamente nas marcas e em um momento um barulho alto soou. Byers se virou rapidamente e a câmera focou em um ponto do quarto totalmente escuro.

- Que não seja nada demais...

Fenômenos Paranormais - BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora