XIII - Dia 3

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Câmera de Max Mayfield ligada.

Max estava deitada na cama e ao lado da garota poderia se ver Will virado para o outro lado. A câmera estava abaixo do seu umbigo.

- Eu ainda não sei explicar o que anda acontecendo aqui. Ontem foi horrível, aliás, desde que a gente chegou aqui está sendo horrível - deu um longo suspiro fechando os olhos.

- O Will pegou no sono não tem uma hora, Steve desmaiou do nada lá embaixo e ainda não acordou... - abriu os olhos fitando o teto - Ele deve ter visto alguma coisa porque eu vi que ele tinha olhado algo atrás da gente e do nada ele caiu. Não sei o que ele viu mas não tenho a mínima vontade de saber... - olhou para o amigo adormecido ao seu lado e virou se levantando. Deixou a câmera em cima da cama e saiu do foco.

- Aquele gato apareceu de novo e está alí dormindo com o Willie - pegou a câmera novamente e focou no gato todo recolhido nos pés do outro. Depois virou a câmera para si e se dirigiu para a porta saindo do quarto - Acho que vou comer alguma coisa lá no quintal, aquele é o lugar mais normal desse inferno - deu um pequeno sorriso para a câmera e desligou.

Câmera de Max Mayfield desligada.

Max andou pelo lugar até chegar nas portas do quintal, andou mais um pouco e se sentou no mesmo banquinho do dia anterior. Tomava com toda tranquilidade seu café, queria pelo menos alí se sentir bem e em paz. Depois de vários minutos pensando em mil coisas, se lembrou da garota estranha que encontrou nesse mesmo lugar.

- De onde você apareceu, Jane? - aqueles pensamentos estavam a infernizando desde o encontro que teve com a garota.

- Chamou?

- JESUS CRISTO, MARIA JOSÉ! - e com o susto, voou café para todo lado - PORRA, VOCÊ TEM QUE PARAR DE BROTAR DO INFERNO! - Max tentava se limpar com o que podia o café em sua roupa.

- Desculpa! Eu estava pegando flores! - se hesitou um pouco mas acabou se sentando ao lado de Max - Oi, Max né? Quer uma? - Jane ofereceu uma rosa avermelhada para a outra que pegou de bom agrado.

- Obrigada! E Sim, me chamo Max - a ruiva deu um pequeno sorriso e levou a rosa ao nariz - Desde que cheguei aqui não prestei atenção nessas rosas. Mas como tu apareceu aqui do nada? Que eu saiba depois desses arbustros tem apenas um muro.

- Bom... Eu sempre ando por aqui, me faz sentir mais viva - olhou para o céu e deu um longo suspiro cansado.

- É muito lindo aqui mesmo, me trás uma sensação boa também - Max olhou para Jane e reparou em uma mancha roxa em seu rosto abaixo de seu olho esquerdo - O que é isso?

- Ah, isso? - tocou em seu rosto, abaixo de seu olho - Meus superiores são um pouco cruéis - deu de ombros como se aquilo não fosse muita coisa.

- Seus superiores te fizeram isso? Meu Deus! E você age desse jeito?

- É que ontem eu me neguei fazer uma coisa que eu achei errada, então eles fizeram isso - Jane olhou para suas mãos entre seus joelhos, seu semblante parecia triste.

- Como assim? Você apanhou por que não queria fazer algo para eles? Jane, você não pode deixar eles te tratarem desse jeito, meu Deus! - Max a olhava com espanto.

- Eu mereço sim, acredite!

- Não merece mesmo, posso te dar um abraço? - Max pediu com um ato de tentar ajudar a garota de alguma forma.

- Pode sim! - Mayfield abraçou a garota mas se sentia estranha, ela não conseguia sentir Jane, apenas uma corrente fria passava entre os seus braços. O abraço foi desfeito e Max não entendia o que tinha acabado de acontecer mas apenas focou na garota a sua frente lhe dando um belo de um sorriso de agradecimento - Obrigada por isso, faz muito tempo que ninguém me abraçava...

Fenômenos Paranormais - BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora