XXVIII - Humano: Parte 4

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Will acordou antes de Mike, ele sabia que precisava de um banho, e sabia que um dos banheiros ainda funcionava como resultado do abandono ás pressas do hospício, a companhia de água não fazia idéia do erro.

Então ele se levantou com cuidado e olhou o relógio do seu celular:

05:30.

O sol estava nascendo, seria uma paisagem bonita, se ele não quisesse sair dali, e ele ia achar um jeito, ele estava estudando demonologia como nunca, e ele estava determinado a achar uma saída, e levaria Mike consigo.

O banheiro estava um pouco escuro, apenas alguns raios de sol invadiam o ambiente, Will encontrou o único chuveiro que funcionava. Não era convidativo, tinha algumas teias de aranha e era um pouco embolorado, mas tinha água tratada, e era isso que importava.

Então ele começou a se lavar, estava suado e grudento da noite passada, fazia algum tempo desde a última vez que Will tinha transado, e transar com Wheeler foi foi fodidamente maravilhoso, o menor quase se esqueceu como aquilo era bom.

[...]

- Voce acha que agora é hora de aplicar o plano B?

- Perfeitamente.

[...]

Byers sentiu um enorme rasgo na sua barriga e gritou de dor, depois seus pulsos começaram a ser rasgados, e suas coxas também sofriam cortes, ele gritava e chorava de dor, sentiu os cortes no seu pescoço, o banheiro estava inundado de sangue.

[...]

- Nós sabemos que ser um humano nojento está sendo ótimo para você Michael, mas não vai ser tão fácil, o seu namoradinho vai sofrer agora, o dobro de tudo o que você sofreu, e isso não vai parar, ele vai continuar sendo arranhado, espancado, quem sabe até estuprado por nós, até você voltar a ser quem era antes.

Acordei assustado, eu tinha tido um pesadelo com Will sendo atacado no banheiro, mas o maior susto foi quando eu vi que Byers não estava ao meu lado.

Não foi um sonho, foi uma visão.

Eu me levantei e vesti a primeira cueca que eu vi no chão, corri até o banheiro a tempo de ver Will desmaiado e cheio de cortes.

- Filhos da puta - eu xinguei e corri até ele, o peguei no colo, estava respirando, mas eu conhecia a dor que ele estava sentindo, podia ser pouco para um demônio, mas para um ser humano, a morte doeria menos.

Eu o carreguei até um dos quartos, peguei um estojo de primeiros socorros e comecei a limpar as feridas, ele iria acordar em breve, e eu não queria que acordasse com dor.

Eu ia ter que contar para Will sobre o que eles me disseram.

[...]

03:15.

- JONATHAN! - Harry gritou assim que entrou no quarto e viu o garoto desacordado no chão, aparentemente sem respirar.

O menino gato correu até ele e socou o seu peito, Byers acordou assustado e puxou o ar que lhe faltava.

- O que houve? - o menor perguntou e ajudou o moreno a se levantar.

- E... Eu não sei, eu estava dormindo, aí eu acordei e alguma coisa começou a me bater - Jonathan falava rápido, ele estava claramente assustado.

- Eles estão muito irritados, não vai ser fácil - o menino gato suspirou.

- Eu quero ir embora, meu amigo prometeu que ia nos tirar daqui - o moreno choramingou.

- Se ele realmente conseguiu entrar, vai ser difícil entrar nessas dimensões, vocês estão bem fundo - Evans respondeu.

- Eu sinto falta do lado de fora, eu sinto falta do Castiel... - ele suspirou.

- Castiel? - o gato arqueou uma sobrancelha.

- Ele ia nos tirar daqui - Jonathan contou.

- Seu amigo? - Harry bufou.

- É, meu amigo... - o moreno riu.

[...]

- Foi tão ruim assim? - James perguntou enquanto observava Steve vomitar pela janela.

- Eu acho que eu não estou vomitando porque eu quero, James Miller - o maior rosnou.

- Você só comeu um pouco de rato, nem chegou na coxa - James parecia indignado.

- MANO, VOCÊ É MUITO NOJENTO! - Harrington se irritou e saiu do quarto.

- Se eu fosse você eu não... - Miller não conseguiu terminar, Steve foi arrastado pelos pés por uma força invisível até o quarto.

- MAS QUE PORRA FOI ESSA? - o maior gritou.

- São cinco da manhã, eles se irritam muito a essa
hora - James riu com a expressão do garoto.

- Nossa, que saco - o cabeludo cruzou os braços.

- Pensei que você tinha se acostumado...

[...]

Will finalmente acordou, ele estava assustado e chorou descontroladamente nos braços de Michael por horas.

- Willie - Mike chamou quando os soluços de Will se tornaram menores - Eu tive uma visão - ele contou.

- Que visão? - Byers fungou.

- Eu vou ter que me tornar um demônio de novo, senão eles vão te torturar... - Wheeler disse e aquilo só fez Byers chorar mais - Eu sou um idiota - o garoto de cabelos cacheados suspirou.

- Eu não devia ter sentado do seu lado, devia? - Will soluçou.

- Não Will, você não devia...

[...]

Max estava em choque com a visão que ela teve, ela tinha lágrimas nos olhos e não conseguia falar nada.

Duas garotas e um garoto, presos por correntes, sendo torturados, eles não morriam, e aquilo não acabava, nunca.

Mayfield não fazia ideia do que era aquilo, mas ela só queria que fosse embora, e quando finalmente foi, ela acordou de um sono de horas, provavelmente o maior tempo de sono que a ruiva já teve, simplesmente porque ela não tinha conseguido abrir os olhos.

Mas para a surpresa de Max, tinha algo sentado no pé da cama dela.

Estava escuro, muito escuro, aquilo era mais escuro que o próprio escuro, era alto, muito alto, usava um terno, e estava curvado.

- O... Oi? - Max balbuciou e quando aquilo virou para ela, ela paralisou.

Ela não conseguia ver o rosto, mas conseguia ver os olhos, eram vermelhos, cheios de ódio, ela se sentiu perturbada, mas não conseguia se mexer, então aquilo se levantou e colocou as mãos calmamente no seu pescoço, começou a enforcá-la, um olhar sádico e frio no rosto.

Então Jane chegou, ela quase gritou, mas em vez disso, se aproximou e soltou algum tipo de ar vermelho com as mãos, fazendo com que a figura negra desaparecesse, deixando Max ofegante na cama, ela finalmente conseguiu se mexer.

- Que porra era aquela?

- Você não vai querer saber...

Fenômenos Paranormais - BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora