Zyan apenas sorriu de um jeito que causou arrepios até em Michael.
- Surpresa - ele riu e seus olhos se tornaram negros.
- Você é desprezível - Mike rosnou.
- E você não é? Nós não somos muito diferentes, Wheeler - Zyan caminhou até Mike - Mas você é pior do que eu, você se apaixonou - riu seco.
- Você deixou o Will exposto a ser torturado por sua causa - suas palavras pareciam facadas no peito de Michael.
- Você o machucou, e me chama de desprezível? Faça-me rir.
- Zyan... - Byers disse, sua voz estava trêmula.
- Acalme-se, Will, esse é só o começo - ele sorriu cínico.
- Vocês dois foram avisados, agora vocês vão sofrer as consequências, todos vocês, a guerra começou agora.
[...]
- Ry... Ryan - Jonathan gaguejou.
- Jonathan? - o moreno arregalou os olhos quando ouviu uma voz conhecida atrás dele.
- Harry, eu... - ele começou, mas parou quando viu as lágrimas nos olhos no garoto, ele não conseguiria explicar aquilo, ele beijou outra pessoa, não tinha explicação.
Então Harry saiu correndo, Byers não foi atrás dele simplesmente porque ele se sentia um idiota, ele não gostava de Ryan como ele gostava do garoto gato.
[...]
Evans foi até o topo do prédio, se enrolou em um canto e começou a chorar.
Por que o Jonathan fez isso?
Talvez eu não seja bom o suficiente. Eu sou meio burro.
Os pensamentos do garoto foram interrompidos por uma névoa negra.
- Olá, Harry - a criatura que se formou sorriu.
- O... Oi - o menino gaguejou.
- Vejo que está triste - observou.
- Jonathan beijou outro garoto - soluçou.
- Jonathan Byers, não é? - perguntou.
- Sim - Harry assentiu.
- Ele vai morrer em breve - a criatura contou.
- Não, Não! Ele não pode morrer! - o garoto gato começou a chorar mais alto.
- Infelizmente, ele vai ter que morrer - o ser deu um sorriso cínico.
- NÃO! - Evans gritou o mais alto que ele conseguiu.
- Ele acabou de te trair, você devia estar feliz.
- Eu amo ele, você não entenderia - Harry fungou.
- Bom, tem um jeito de salvar o seu amado - a criatura sorriu.
- Qual? - os olhos do garoto brilharam.
- Se jogue dessa cobertura, agora.
[...]
Jonathan estava irritado consigo mesmo, com Ryan, com a vida.
Ele estava tão irritado que nem percebeu a presença maligna ao seu lado.
E quando percebeu, não teve tempo de gritar, a criatura o jogou na parede e ele sentiu arranhões profundos na sua barriga, ele gritava e esperneava, mas ele não conseguia se livrar daqueles arranhões.
Quando ele sentiu que ia morrer, os arranhões pararam. Junto com o fim dos arranhões, veio um estrondo do quintal.
[...]
Ryan estava confuso sobre o que ele tinha feito, ele nunca tinha sentido atração por homens, aquilo fora repentino e errado, Jonathan estava com Harry.
O livro agora estava nas suas mãos, ele jogava pra cima e pegava despreocupadamente enquanto caminhava.
- Ryan... - alguma coisa sussurrou e ele se assustou.
- Não ouse chegar perto de mim, seja lá o que você for - rosnou.
Mas não foi o suficiente, ele sentiu um enorme soco ser desferido contra o seu rosto, e logo depois algo perfurou o seu estômago com tanta força que ele sentiu nas costas.
- A guerra começou, colega - a voz disse.
Mas Ryan era um anjo, ele não ia desistir tão fácil, ele conseguia ver o que o atacava, então ele deu uma cotovelada na criatura e tirou suas garras de dentro de si.
- Se você quer brigar, nós vamos brigar.
[...]
Max estava comendo a sua última barra de cereal, ela estava preocupada em relação a comida, água era algo que ela ainda tinha, mas a comida tinha acabado.
A garota foi tirada dos seus pensamentos quando ela ouviu um barulho.
Depois do barulho, algo arranhou o seu rosto, fazendo-a gritar.
Depois do rosto, seu pescoço foi arranhado, e quando ela viu, ela estava sendo arranhada por todo o seu corpo, ela gritava e esperneava, tentava fugir, mas algo sempre a colocava de volta na cama.
- MAX! - Jane apareceu e tirou aquela criatura de cima dela, a coisa se irritou e pulou em cima de Jane, mas apesar de não ser forte como um demônio, Jane era um espírito e tinha certa força, então ela empurrou a criatura pra longe e desferiu vários socos no seu corpo.
[...]
Byers correu até o quintal e encontrou Harry no chão, sua camisa cheirava a sangue e seus olhos estavam piscando devagar, ele parecia estar lutando para mantê-los abertos.
- HARRY! - gritou e se ajoelhou ao lado do garoto.
- Jonathan, você está vivo... - a voz do garoto estava fraca, ele sorriu levemente, mas Jonathan estava chorando.
- Harry, por que você fez isso? - Byers soluçou.
- Um deles me disse que você não morreria se eu fizesse - sussurrou.
- Harry, não fecha os olhos, não ouse fechar os olhos - o moreno soluçou e pegou o garoto com cuidado no colo, mas ele tremia demais para caminhar, então ele apenas se sentou com Evans nos seus braços.
- Jonathan, eu não consigo respirar, minha perna e o resto do meu corpo doem - reclamou silenciosamente.
- Eu sinto muito, Hazz... É tudo culpa minha - ele acariciou os cabelos sedosos do garoto enquanto chorava.
- Sabe qual o meu livro infantil preferido? - Harry devaneou.
- O Gato de Botas? - Byers perguntou.
- É, eu devia inventar um livro infantil sobre nós dois - o gato sorriu.
- Qual seria o nome? - Jonathan sorriu triste.
- Um Gato e Um Idiota - ele riu fraco.
E os olhos de Harry começaram a fechar.
- Harry, fica comigo! Harry, não fecha os olhos! HAZZ, POR FAVOR!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fenômenos Paranormais - Byler
FanfictionO Hospício Wheeler foi fechado em 1996, mas por 100 misteriosos anos atrocidades e coisas estranhas aconteceram no local, dizem até que o filho dos donos que desapareceu misteriosamente enlouqueceu e morreu ali. Agora uma equipe de gravação liderada...