One Objective: Kill you or Love you

TRINTA E NOVE

Beijar Any era quase tão bom quanto gozar pela primeira vez.. não, quase não. Era tão bom quanto. Os dedos engrenhados em minha nuca, o cheiro do perfume francês, o gosto de sorvete e o toque gélido que fica quente. Suas curvas, seu cabelo. É gostoso sentir seu nariz se tocar com o meu assim que nos viramos, é gostoso sentir sua língua roçar a minha, sua boca morder a minha e largar em breve.

É tão intenso e amável, talvez demoramos tempo demais para nos beijarmos com sentimento. Talvez nos beijavamos apenas por beijar e saciar a dor da libido que nossos corpos tem um pelo outro.

Any suga meu lábio inferior antes de deixar um pequeno beijo casto em minha boca. Respira fundo subindo seu olhar ao meu, sorri. Sorrio de volta pois sou um louco apaixonado por uma mulher extremamente forte.

Deslizo meu polegar por sua bochecha e Any aperta sua cabeça com o pescoço de uma forma fofa. Vocês sabem que era assim que eu a imaginava. Delicada, carinhosa entre vários outros adjetivos, e agora sei que essa mulher pode ser isso e muito mais.

— Não sei se deveria gostar tanto de você, quanto gosto do seu beijo.. — Any disse descendo suas mãos até às minhas.

— Por mim tudo bem.. contando que acabei de me declarar pra você como se estivessemos em um filme clichê da Netflix.. — Ela riu. Tocou a ponta do meu nariz com seu indicador.

— Promete não me julgar? – Afirmei. — Não me machucar? – Apertei suas mãos e deixei um beijo em sua bochecha.

— Prometo Any..

— Promete me amar? — Perguntei. Senti que sua respiração estava presa, e tinha medo de a fazer se afastar.

— Prometo me deixar te amar, Beauchamp.. mas preciso de ajuda.

Algumas horas se passaram, eu estava arrumando minhas coisas para poder ir embora quando ela entrou no quarto de pijama e um pacote de biscoito doritos.

— Onde você vai?? — Ela perguntou se sentando sobre a cama e cobrindo suas pernas. Larguei minha bermuda, indo até a mulher.

— Vou embora.. passei 2 dias e uma noite fora de casa

— Não, você não pode ir.. namorados dormem juntos! — Me puxou para seu colo. Cai deitado em seus braços, quando suas mãos me agarraram.

— Então somos namorados? — Ela riu.

— Sim.. se você quiser, mas ja sabe-

— Preciso ter paciência? — a interrompi.

— Também.. mas você precisa dormir comigo, ficar de chamego e fazer carinho.. — Era tudo muito bom. Engraçado talvez. Nunca pensei que estaria desta forma com a mulher que investiguei por meses. Pelo menos não pensava.

Desde que beijei-a pela primeira vez algo nela grudou em mim. Então tivemos o primeiro encontro. O segundo beijo, viramos alguma espécie de amigos, e fomos até algum tipo de namorados por algumas semanas.. até que sentir seu corpo sobre o meu não era suficiente. Queria sim seu corpo, sua boca e tudo que pode nos causar algum prazer sexual. Mas a verdade é que depois que dormir com Any, eu queria também ter seu coração.

— Então iremos dormir juntinhos, igual namoradinhos que namoram??? — Perguntei. Ela riu após deixar o pacote do biscoito sob o móvel ao seu lado.

— Sim.. somos namoradinhos que namoram ne?! – Afirmei. — Então vamos!

— Preciso de roups limpas Any, não posso ficar aqui por dois dias com as mesmas roupas..

— Tem roupa do Noah no meu closet.. vocês parecem vestir o mesmo, vai lá olhar!

Era estranho tenho que afirmar. Eu lutei contra todos os meus sentimentos acredite, mas no final eu resolvi dar mais uma chance pra mim, e pra ele. Me sentia bem quando escutava sua voz, ou sua risada abafada pela distância.

O soar do interfone invade meus pensamentos melancólicamente, clichês. Não procuro me levantar da cama, sei que Josh irá atender.

Falando em Josh.. Estou com um pouco de medo de como ele irá reagir após o meu primeiro cancelamento depois dele.. ou quando for entregar a documentação no fim do mês, talvez hoje.. como ele irá reagir amanhã, indo na festa de aniversário do Lamar?? Um lugar lotado de assassino e que sabem que ele é da polícia. Santo Deus!

— Any.. – Escutei sua voz. — Soares..

— Diga, Beauchamp! — Vi seu corpo aparecendo na porta. Estava sem camisa e moletom, meu Deus.

— Noah.. bem. seu primo ta subindo

Fiquei gelada e nervosa. Não, não. Noah não pode ser cara de pau de vir aqui depois do que fez, do que disse. Fiquei parada olhando para o rosto do homem loiro a minha frente, pensando no que eu poderia fazer para fugir daquele lugar o mais rápido possível.

— Any..

Josh parecia preocupado. E talvez deveria mesmo, não sei se estou bem pra ver meu primo agora, realmente não sei.

Escuto a porta abrir. Sei que ele está na sala, olhando ao redor e pensando em uma forma "rude" de vir pedir algum tipo de perdão. Noah sempre foi assim, não me perguntem por que, eu também não sei.

Josh sai do quarto e some pelo corredor. Ainda estou deitada na cama em completo silêncio, mas agora observo um ponto específico do quarto, quando a voz famíliar, invade o lugar.

— Gabrielly.. podemos conversar??

— Não, obg.. próximo?? — Disse Any.

Brincadeiras.

Cap minúsculo, dsclp. Mas vem ai glr! Aguardem!